"A primeira condição para o sucesso desportivo é acreditar que ele é possível. Nós temos conseguido ganhar em modalidades, em competições que há uns anos pareceria impossível. A vitória da selecção portuguesa de futebol que garantiu o acesso à final deixou a maioria dos portugueses em êxtase. Não há dúvidas sobre a capacidade aglutinadora do futebol, um País em torno da sua selecção de futebol.
Não deixo de ficar surpreendido pela capacidade do futebol português atingir resultados de referência na modalidade com maior densidade e universalidade competitiva. Não acredito que estes resultados se devam à sorte. É preciso ter sorte nas condições genéticas para a prática de determinada modalidade, ter sorte em nascer num País em que ela se pratique, ter sorte em encontrar um enquadramento técnico competente, sorte em reunir apoios que permitam a preparação, sorte em acordar bem disposto no dia da competição ou até mesmo sorte em alguns dos nossos adversários estarem num mau dia, mas não chega!
A nossa equipa de futebol não chegou à final do campeonato da Europa por sorte, a Dulce Félix não conquistou a medalha de prata nos 10.000 metros no Campeonato da Europa por sorte, a nossa jovem olímpica Tamila Holub não foi medalha de prata no Campeonato de Europa de natação na categoria de juniores por sorte!
A sorte dá muito trabalho. Com a mesma facilidade com que alguns desvalorizam o resultado pela sorte, alguns aceitam resultados menos bons por obra do azar, do destino. A desculpa do azar é a pior das estratégias para corrigir os erros no futuro. Atrás de cada momento de sorte estão horas de treino, dedicação e superação.
Acredito que o desporto em Portugal pode ser melhor em quantidade e qualidade, basta não deixar isso apenas nas mãos da sorte!"
Mário Santos, in A Bola
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