Veni, vidi, vici

"Chegar, ver e vencer. É este o pensamento principal que deve estar presente na cabeça da equipa do Benfica no dérbi de sábado.

Chegar com a confiança da exibição de terça-feira, conscientes de que a qualidade individual de cada jogador é perfeitamente capaz de fortalecer o nível coletivo. Temos músicos, precisamos de ser uma orquestra. E ninguém está tão bem preparada como nós para compor belas melodias, porque somos os únicos com o privilégio de ter um maestro a presidente.

Chegar e ver os adeptos vestidos de vermelho e branco nas bancadas e fazer da sua paixão uma inspiração do primeiro ao último segundo. Tal como na primeira volta. A força vinda da alma dos benfiquistas, sem megafone e sem tambor, é o melhor combustível para os nossos jogadores terem energia suficiente para aguentar 3 ou 4 jogos seguidos.

Chegar, ver e vencer para manter bem vivo o objetivo de bicampeonato, num estádio onde o Benfica tem sido a equipa com maior sucesso em jogos da Liga. Em Alvalade, o Benfica tem 34 vitórias, 22 empates e 33 derrotas no histórico de confrontos a contar para o campeonato. É curioso, porque se fala tantas vezes em salão de festas fazendo alusão aos duelos do Benfica na Luz com o FC Porto, apesar de o Benfica ter mais do dobro das vitórias (44 vitórias, 27 empates e 19 derrotas) nestes duelos, mas este registo de resultados em casa do Sporting tem tanto destaque na imprensa como o meu registo de resultados a jogar FIFA com os meus amigos. Talvez seja pelo facto de que estes dados têm pouca relevância. Queremos todos chegar às 35, mas apenas e só porque queremos chegar aos 39."

Pedro Soares, in O Benfica