"No último dia 25 de Abril, fez um ano que a equipa de juniores do SL Benfica conquistou a primeira UEFA Youth League da sua história, ao derrotar a equipa do Red Bull Salzburgo por 6-0.
Com esta conquista, houve muitos adeptos benfiquistas que ficaram naturalmente deslumbrados com a qualidade que esta equipa possuía, exigindo que vários jogadores desta equipa fossem aposta na equipa principal a breve prazo. E a verdade, é que essa mesma oportunidade não tardou a surgir para alguns.
Na altura, Henrique Araújo e Tomás Araújo já tinham jogos disputados pela equipa principal, Martim Neto e Diego Moreira fariam a sua estreia na última jornada do campeonato diante do FC Paços de Ferreira, sendo que todos eles viriam a cumprir a pré-temporada pela equipa principal.
Estes eram aqueles jogadores nos quais se depositavam mais expectativas a curto-prazo. Aqueles de que se esperava que viessem a causar um maior impacto na equipa principal. No entanto, o tempo tem mostrado que não tem sido bem assim.
O sucesso de uma equipa de formação não é definido pelos troféus que esta conquista, mas sim pela quantidade de jogadores que não só consegue promover para a equipa principal, mas também que conseguem atingir o nível mais elevado no escalão sénior.
Muitos adeptos de futebol têm dificuldade em perceber que existe uma diferença brutal entre o futebol formação e o futebol de alto rendimento. Independentemente do quão talentosa seja uma equipa de miúdos de 17/18 anos, apenas uma pequena fracção de jogadores dessa equipa conseguirá ser bem-sucedida ao mais alto nível.
Isto, porque na transição para o futebol sénior, existe uma infinidade de factores que interferem na evolução de um jogador, seja de forma positiva ou negativa. Factores físicos, técnicos, táticos, mas acima de tudo, factores mentais e extra-campo.
E neste caso, há vários jogadores nesta equipa que têm sido tema de conversa, mas não pelas melhores razões. Martim Neto, Diego Moreira e Luís Semedo estão em final de contrato e não se mostram dispostos a renovar, sendo que estes têm sido muito pouco utilizados ao longo da época. Cher Ndour já esteve na mesma situação, mas o médio italiano nunca deixou de ser opção regular na equipa B, tendo já chegado a fazer a sua estreia pela equipa principal diante do Vitória SC, de maneira que há razões para acreditar que esta situação esteja encaminhada.
Mesmo assim, tendo já passado um ano após a conquista do troféu, pode-se dizer que esta geração de jogadores tem tido relativo sucesso. Mas o mais surpreendente é que os responsáveis pelo sucesso desta geração até ao momento, são dois jogadores dos quais não se esperava que tivessem impacto na equipa principal a tão curto prazo.
António Silva fez a pré-temporada pela equipa principal e seria lançado na quarta jornada do campeonato diante do Boavista, superando Verthongen na hierarquia de defesas-centrais do Benfica e aproveitaria as lesões de Morato, João Victor e Lucas Veríssimo para mostrar todas as suas qualidades.
Já João Neves – que nem estaria disponível na Final Four da Youth League devido a lesão – integrou os treinos da equipa principal na pausa para o Mundial e aos poucos, foi somando minutos pela equipa principal, sendo que já é titular há três jornadas consecutivas e pelas exibições que tem rubricado, não deverá perder o lugar no que resta da época.
Mas o mais incrível nestes dois jogadores, é que apesar do talento e da maturidade que possuem, estes também têm a mentalidade desejada para vestir a camisola do Benfica. São dois jovens talentosos, mas também são profissionais exemplares e com a cabeça no lugar. Ao contrário de outros."
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