"Quantas horas de debate televisivo é que a despedida de Shéu Han vai ter? Alguns minutos, umas peças e comentários, elogios sentidos e unânimes e já está. No actual estado mediático do futebol português, esse é o melhor elogio a Shéu. Dele não vão ouvir barbaridades, insultos a adversários ou golpes palacianos.
A primeira vez que estive com Shéu Han foi num elevador do Estádio da Luz, a caminho de uma emissão do 105x68 na BTV. Foi no início da época passada, e posso garantir-vos que, durante os 30 segundos que fiquei frente a frente com o ídolo, me senti o mesmo Ricardo que ouvia os relatos da rádio nos anos 1980 enquanto o imaginava a espalhar distinção no campo. Eu nem sabia o que dizer.
Shéu Han é um dos grandes responsáveis pelo meu benfiquismo, e vejo nele o comportamento exemplar, na vida e no desporto, que todos os que servem o Sport Lisboa e Benfica deveriam ter. Combatente, justo, intenso, cordial, com arte e saber. Acreditem que isto não tem a nada ver com os 9 Campeonatos Nacionais, 6 Taças de Portugal e 2 Supertaças. É muito mais do que futebol.
O senhor Shéu passou por tudo no SL Benfica. De jogador dos escalões jovens a peça fundamental na equipa principal, de secundário técnico a alma e memória do balneário. Viu o Glorioso nas várias mós, de cima, de baixo, de cabeça fora de água, e sai agora, quando o clube está estável, conquistador e em busca de novos sonhos.
Quando vi a homenagem que o plantel lhe fez no balneário, chorei. É assim que se devem tratar os homens e as mulheres que dão tudo pelo Benfica.
Obrigado, Senhor Shéu."
Ricardo Santos, in O Benfica
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