"Se as menininhas de Moscovo não quisessem que lhes fizessem olhinhos às perninhas bem feitinhas, bastava que não usassem calções tão curtinhos
Moscovo – Muitas menininhas se passeiam pelas ruas de Moscovo! Loirinhas, branquinhas, lavadinhas como se tivessem passado por uma barrela de sabão azul e branco. Muitos cãezinhos trazem pela trela as menininhas loirinhas de Moscovo: eles aos saltinhos, elas compenetradas com os seus bichinhos, fazendo-lhes festas nos focinhos.
Algumas das menininhas de Moscovo preferem cavalinhos: é vê- -los, a elas e a eles, trotarem pelos passeios, alegres e certinhos, os cavalinhos soltando as suas poias que nos obrigam a pisar o chão com todo o cuidadinho.
Muitos soldadinhos há nas ruas de Moscovo! Impecavelmente fardadinhos de camuflado para se distinguirem dos polícias, esses mais sozinhos. Já não há, como outrora, os generais velhinhos que faziam tilintar no peito um nunca mais acabar de medalhinhas.
Muitos vizinhos vão à pesca nos laguinhos do Parque Gorki! Pacientemente agarrados às caninhas enquanto outros, menos certinhos, se deitam na relva agarrados a garrafinhas de vinho à espera que o sono chegue com a brisa que se põe pela tardinha.
As menininhas, loirinhas, branquinhas, lavadinhas, atraem os olhares cobiçosos dos estrangeiros libidinosos que viram os pescoços, doidinhos para lhes seguirem as passadas atrevidas, convidativas, apertadinhas.
Ora bolas! Se as menininhas de Moscovo não quisessem que lhes fizessem olhinhos às perninhas bem feitinhas, bastava que não usassem calções tão curtinhos. Como diriam as nossas avozinhas em tempos que já lá vão, tivessem juizinho. Cá por mim, nessas coisas não alinho. E sigo o meu caminho. Mas pelo beicinho..."
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