"2018 ficará conhecido como o ano em que o produto futebolístico na televisão faliu intelectualmente.
Bem vindos a 2018. Bem vindos à Era da informação. Não é de agora, há vários anos que estamos nela. À Era em que há sempre alguém, algures, a ler-nos ou a ouvir-nos (não, este não é um texto Orwelliano), que saberá sempre mais do que aquilo que transmitimos. Que é mais competente do que nós no nosso próprio trabalho. Sem ironia. Há mesmo.
2018 é também o ano de novo Campeonato do Mundo e o ano em que se percebeu, definitivamente, que o atual modelo televisivo futebolístico está esgotado. Este é, também definitivamente, ao fim de mais de uma dúzia de jogos, o Campeonato do Mundo da falta de preparação. Quem será o Campeão do Mundo? A luta vai bem lançada. Todos os dias alguém parece esforçar-se para oferecer o maior desconhecimento possível sobre aquilo que se vai jogando na Rússia. E isso não é fácil.
Um pouco por todo o Mundo as críticas repartem-se. Em Espanha ninguém consegue ouvir José António Camacho a comentar jogos de futebol. Por Inglaterra, cujo modelo até tem sido tão elogiado recentemente, poucos são os que consideram que os analistas televisivos a trabalhar para o Mundial oferecem mais do que um barrigudo de 50 anos de Peterborough.
Perante uma competição onde o que impera é o futebol e onde não existem vouchers, providências cautelares e denúncias anónimas que compensem o que realmente importa, se percebe a falência do modelo televisivo português. Se percebe o quão formatado está o produto futebolístico em Portugal e o quão difícil está a ser para a esmagadora maioria dos comentadores falar, realmente de futebol e acrescentar algo mais, servir como mais valia. Porque... ver? Ver (quase) todos vemos. Ouvir, (quase) todos ouvimos.
Algures, seja onde for, alguém sabe mais do que eu. Isso é certo. Numa era em que a análise e todo o futebol possível está à distância de um clique e, não mais, de um comando de televisão, não faltam especialistas. Não faltam nichos. Facilmente haverá alguém que sabe tudo sobre o futebol da Arábia Saudita. Sem ironia. Há mesmo. E o Mundial de 2018 que vai sendo disputado na Rússia deixou a nu que a televisão portuguesa não está preparada para a época que vivemos. O produto futebolístico há muito faliu em Portugal e é quando o acessório não entra em campo que isso realmente se percebe.
2018 pode ser, ainda assim, um ponto de viragem. Assim se espera perante tamanho espectáculo confrangedor que praticamente três vezes ao dia nos entra casa dentro. Em 2018 prepara se para entrar no mercado português a Eleven Sports que, ao longo dos últimos dias, tem adquirido parcelas importantes do mercado futebolístico como a Liga dos Campeões, a Liga Espanhola ou a Liga Alemã. Não se sabem ainda os moldes em que a Eleven Sports irá entrar no mercado. Preferivelmente, a criação de um novo canal televisivo seria, à partida, uma desvantagem para o consumidor, mas uma possível melhoria significativa à qualidade da oferta existente actualmente, porque a concorrência sempre foi a principal razão para a melhoria dos serviços prestados.
Para a memória vai ficar o facto de, 2018, ter sido o ano em que se jogou o Campeonato do Mundo da falta de preparação. O ano em que grande parte das transmissões falharam em acrescentar valor. Não tenho dúvidas. Houvesse, como na BBC, botão para retirar o som dos comentários e houvesse forma de medir a "audiência" de tal possibilidade facilmente o público faria sentir a sua insatisfação. Em 2018 quer-se mais. Muito mais. Quer-se maior entendimento, mais profissionalismo e mais preparação. Porque ao contrário do que se vai vendo em campo, fora dele, aos microfones, a lição está longe de estar bem estudada. Felizmente é 2018. Há alternativas."
Bem vindos a 2018. Bem vindos à Era da informação. Não é de agora, há vários anos que estamos nela. À Era em que há sempre alguém, algures, a ler-nos ou a ouvir-nos (não, este não é um texto Orwelliano), que saberá sempre mais do que aquilo que transmitimos. Que é mais competente do que nós no nosso próprio trabalho. Sem ironia. Há mesmo.
2018 é também o ano de novo Campeonato do Mundo e o ano em que se percebeu, definitivamente, que o atual modelo televisivo futebolístico está esgotado. Este é, também definitivamente, ao fim de mais de uma dúzia de jogos, o Campeonato do Mundo da falta de preparação. Quem será o Campeão do Mundo? A luta vai bem lançada. Todos os dias alguém parece esforçar-se para oferecer o maior desconhecimento possível sobre aquilo que se vai jogando na Rússia. E isso não é fácil.
Um pouco por todo o Mundo as críticas repartem-se. Em Espanha ninguém consegue ouvir José António Camacho a comentar jogos de futebol. Por Inglaterra, cujo modelo até tem sido tão elogiado recentemente, poucos são os que consideram que os analistas televisivos a trabalhar para o Mundial oferecem mais do que um barrigudo de 50 anos de Peterborough.
Perante uma competição onde o que impera é o futebol e onde não existem vouchers, providências cautelares e denúncias anónimas que compensem o que realmente importa, se percebe a falência do modelo televisivo português. Se percebe o quão formatado está o produto futebolístico em Portugal e o quão difícil está a ser para a esmagadora maioria dos comentadores falar, realmente de futebol e acrescentar algo mais, servir como mais valia. Porque... ver? Ver (quase) todos vemos. Ouvir, (quase) todos ouvimos.
Algures, seja onde for, alguém sabe mais do que eu. Isso é certo. Numa era em que a análise e todo o futebol possível está à distância de um clique e, não mais, de um comando de televisão, não faltam especialistas. Não faltam nichos. Facilmente haverá alguém que sabe tudo sobre o futebol da Arábia Saudita. Sem ironia. Há mesmo. E o Mundial de 2018 que vai sendo disputado na Rússia deixou a nu que a televisão portuguesa não está preparada para a época que vivemos. O produto futebolístico há muito faliu em Portugal e é quando o acessório não entra em campo que isso realmente se percebe.
2018 pode ser, ainda assim, um ponto de viragem. Assim se espera perante tamanho espectáculo confrangedor que praticamente três vezes ao dia nos entra casa dentro. Em 2018 prepara se para entrar no mercado português a Eleven Sports que, ao longo dos últimos dias, tem adquirido parcelas importantes do mercado futebolístico como a Liga dos Campeões, a Liga Espanhola ou a Liga Alemã. Não se sabem ainda os moldes em que a Eleven Sports irá entrar no mercado. Preferivelmente, a criação de um novo canal televisivo seria, à partida, uma desvantagem para o consumidor, mas uma possível melhoria significativa à qualidade da oferta existente actualmente, porque a concorrência sempre foi a principal razão para a melhoria dos serviços prestados.
Para a memória vai ficar o facto de, 2018, ter sido o ano em que se jogou o Campeonato do Mundo da falta de preparação. O ano em que grande parte das transmissões falharam em acrescentar valor. Não tenho dúvidas. Houvesse, como na BBC, botão para retirar o som dos comentários e houvesse forma de medir a "audiência" de tal possibilidade facilmente o público faria sentir a sua insatisfação. Em 2018 quer-se mais. Muito mais. Quer-se maior entendimento, mais profissionalismo e mais preparação. Porque ao contrário do que se vai vendo em campo, fora dele, aos microfones, a lição está longe de estar bem estudada. Felizmente é 2018. Há alternativas."
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