"Após a ausência no Mundial 2014, por causa de uma lesão quando estava melhor forma da carreira, El Tigre tem finalmente a oportunidade de deixar a sua marca no maior palco de todos.
É um dos pontas de lança mais marcantes da sua geração, com 288 golos na sua carreira futebolística e 29 golos pela selecção colombiana, da qual é o melhor marcador de sempre. Numa carreira preenchida com títulos individuais e colectivos, falta a Radamel Falcao ainda deixar a sua marca na maior competição do mundo do futebol. Será agora?
Após a Colômbia ter falhado o apuramento para o Mundial da África do Sul, em 2010, tudo parecia estar pronto para "El Tigre" brilhar em 2014 no Brasil. A cumprir a sua primeira época no então projecto milionário do Mónaco - após quatro anos no FC Porto e Atlético de Madrid onde para muitos se afirmou como o melhor ponta de lança do mundo - Falcao dava mostras de estar no auge da sua forma e, com um elenco de suporte de luxo (com James Rodriguez à cabeça) prometia fazer mossa.
Desejo que se esfumou a 22 de Junho de 2014. No que era suposto ser uma eliminatória sem história da Taça de França contra uma equipa das divisões inferiores, o defesa do Chasselay, Soner Ertek, tentou tirar a bola ao avançado com uma entrada de carrinho. Sem que nada o fizesse prever, tudo mudou, quando Falcao caiu mal e, agarrado à perna, deixou uma nação com o coração nas mãos.
Apesar das esperanças que se foram alimentando numa possível recuperação milagrosa, o médico português que operou o colombiano, José Carlos Noronha, confirmou o pior: rotura do ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo e, pelo menos, seis meses de ausência. A consternação foi tal, que o presidente da Colômbia visitou o atacante que, ao longo da recuperação, chegou a "pensar em abandonar o futebol", como contou ao site da UEFA.
A ausência da sua estrela não impediu a Colômbia de chegar aos quartos-de-final do Mundial, mas a via sacra de Falcao continuou por mais tempo. Após dois empréstimos sem sucesso ao Manchester United e Chelsea, em que pouco jogou, El Tigre parecia estar longe do seu melhor e as suas exibições pela selecção teimavam em não se aproximar do nível anterior. Até que Leonardo Jardim apostou no avançado como o ponta de lança experiente da jovem equipa do Mónaco que, surpreendentemente, ganhou o campeonato francês e, mesmo sem a explosão de antigamente, os golos voltaram a aparecer. Que o digam clube e selecção.
Agora com 32 anos, e de volta à titularidade indiscutível e com golos importantes pela selecção, chegou finalmente a oportunidade de ver um dos grandes nomes do jogo no maior palco de todos. Que seja bem-vindo."
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