"Final da primeira parte em Paços de Ferreira. O Tetra-campeão perde por um. O Estádio lotado, num sábado de uma noite gelada no Norte de Portugal - quase nove mil pessoas. A imensa maioria benfiquista, o vermelho a dominar as bancadas. O SL Benfica só tinha mostrado fez minutos de vontade de conquistar os três pontos. 'Como dar a volta a isto?' era a questão no pensamento dos adeptos. Mentes retorcidas já pensavam que seria a segunda derrota do campeonato. Comentários ao intervalo punham em causa um ou outro jogador. E até as opções do treinador. A montanha-russa esquizofrénica de sentimentos estava a querer voltar. Mas não. Poderia ter sido o adeus à luta pelo Penta, mas não.
Com uma segunda parte igual ao que nos têm vindo a habituar nas últimas semanas, os onze jogadores de vermelho - mais os heróis vindos do banco - mostraram do que são feitos. Demonstraram o que ninguém pode duvidar: querem ser campeões, vão lutar para ser campeões, vão ser campeões. Jogo a jogo, de fato-macaco vestido ou de fato de gala aprumado para os momentos artísticos. Pressionaram, obrigaram a jogar mal, ganharam duelos, tentaram tabelinhas, aberturas para as alas, combinações umas atrás das outras, remataram, viram os defesas contrários - e o guarda-redes - a dar tudo o que tinham. E marcaram. Um, dois, três golos que nos deixam como estávamos: na luta a dez jornadas do final, com o sonho de uma conquista inédita e histórica cada vez mais vivo.
E sabem o melhor de tudo?
É que não passou pela cabeça de ninguém encenar uma invasão de campo, para adiar o jogo que, ao intervalo, estava perdido. Um orgulho imenso."
Ricardo Santos, in O Benfica
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