"Fernando Gomes, presidente da FPF, vice-presidente da UEFA e membro da Comissão Executiva da FIFA, tomou posição pública sobre o estado a que chegou o futebol português. Em primeiro lugar, louve-se a coragem de Fernando Gomes, que podia refugiar-se na sua zona de conforto e deixar correr o marfim. Porém, não foi isso que decidiu fazer, apontou os responsáveis dentro do universo dos dirigentes portugueses e disponibilizou-se para fazer parte de uma solução que urge implementar.
Merece destaque o que disse em relação aos clubes, «deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio»; o que afirmou quanto às críticas à arbitragem, «essas críticas, que muitas vezes são inspiradas em dirigentes com as mais altas responsabilidades, potenciam o ódio e a violência. São, quase sempre, uma forma de tentar esconder insucesso próprios, além de constituírem actos de cobardia»; e o que apontou aos poderes públicos, «o Estado não pode ignorar estes sinais de alarme: a arbitragem sob ameaça e constante crítica; a violência entre os adeptos; o ódio entre clubes, espalhado por redes sociais e órgãos de comunicação social».
Depois de Fernando Gomes afirmar que «existem sinais de alarme no futebol português», aguardam-se com expectativa as reacções da Liga de Clubes e do Governo, ambos desafiados para se empenharem com outro vigor numa solução que ponha fim a este estado de indignidade. Também seria interessante ouvir o que têm a dizer aqueles que «têm deixado que os seus símbolos e a sua história sejam capturados para a apologia do ódio»."
José Manuel Delgado, in A Bola
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