"A época de 2015/16 correu ao Benfica melhor do que até os responsáveis encarnados mais optimistas esperariam. Saiu, de forma tumultuosa, um treinador ganhador e acabou por entrar um técnico que se afirmou e terminou a temporada campeão. Ao mesmo tempo, foram chamados à equipa principal jovens promissores, sem que houvesse a certeza do resultado dessa aposta. E tudo saiu bem: Nélson Semedo e Gonçalo Guedes já foram internacionais A, Ederson está na Copa América com o Brasil e Renato Sanches e Lindelof vão disputar o Europeu de França por Portugal e Suécia.
A valorização destes jogadores foi exponencial e o encaixe já feito pelo Benfica (Renato chegará aos 60 milhões e Gaitán rendeu mais 25) permite ao clube da Luz alguma tranquilidade face às propostas que todos os dias chegam a Luís Filipe Vieira.
É por tudo isso que parece óbvio que as notícias que davam o plantel tricampeão à venda são manifestamente exageradas.
Um clube como o Benfica, que quer manter-se competitivo na Europa, não pode, como fazem os emblemas mais ricos do Velho Continente, dar-se ao luxo de manter as unidades mais válidas, virando as costas ao dinheiro. O segredo está no equilíbrio, na capacidade de, através de uma boa prospeção, encontrar jovens promissores e rentabilizá-los, ao mesmo tempo que se vão fazendo evoluir os talentos oriundos do Seixal. No fundo, o segredo está em manter boas equipas, sempre ganhadoras. Sem isso, nada feito. Ao mesmo tempo, vender cirurgicamente, mantendo as contas no são.
O Benfica não está em saldo e essa é uma boa notícia para os benfiquistas."
José Manuel Delgado, in A Bola
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