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sábado, 21 de maio de 2016

De Ederson antichampanhe ao belo adeus de Gaitán

"Poderia ter sido final com desfecho muito mais discutido se o Marítimo tivesse marcado ao menos numa das oportunidades que criou, logo a abrir. Ederson, por duas vezes, fantástico, não consentiu. E, num ápice, o Benfica virou tudo de pantanas, despachando o assunto ao atingir 3-0.
Houve intenso despique entre os dois sectores defensivos... No mau sentido: a ver qual deles dava mais fífias! O costume na retaguarda do Marítimo... - segunda pior defesa no campeonato. Insólito na do Benfica! - segunda melhor. Ontem, as sequelas de vibrante festa pela conquista do título nacional foram notórias e quase toda a equipa de Rui Vitória (naturalíssimo, quiçá inevitável). Mas, imediatamente à frente de Ederson, foi demasiado o desacerto, chegando a desconchavo. André Almeida terá feito a pior exibição da sua carreira! Luisão teve a justíssima homenagem de regressar nesta final, em vez de Lindelof; só que o seu ritmo competitivo muito se ressente da longa baixa clínica. Jardel aflito para camuflar desgaste da temporada ampliado pelas tais sequelas... Ausência de Eliseu razoavelmente superada pelo jovem Grimaldo (ataca muito bem). O médio mais defensivo (Samaris rendeu Fejsa) não foi pilar, contribuindo para fases de caos naquele sector. Intensíssimas emoções de toda a época descarregadas nos dias de grande festa, tão próximos desta final.
Porém, o menino Ederson, profundamente contra tais champanhes, elevou-se a gigante. Com soberbas defesas, foi o primeiro a ganhar esta final. Antes, e até depois, de a eficaz classe dos avançados esfarrapar tão frágil defesa madeirense... (o todo do Marítimo, ontem como, por regra, no campeonato, merecia outra retaguarda!).
Tricampeão, sétima conquista da Taça da Liga (com 6-2), muito boa carreira na Champions: grande época do Benfica, agora sob batuta de Rui Vitória.
Equipa e adeptos despediram-se de Renato Sanches e de... Nico Gaitán. Sim, a comoção deste, soltando lágrimas logo ao entrar em campo e, ainda mais à saída, disse tudo! E Gaitán fez questão de colocar requintes de génio no seu belo adeus a 6 anos no Benfica.
Renato e Nico...: será muito difícil substituí-los."

Santos Neves, in A Bola

1 comentário:

  1. Uma crónica cheia de azia.
    Também foi muito difícil substituir o Matic, o Enzo, o A. Gomes, o Di Maria, o Garay e etc.
    O problema deles é que sabem que nós vamos substitui-los com competência.

    CARREGA BENFICA!

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