"O tema principal de capa na edição de ontem em A BOLA foi naturalmente dedicado à final da Taça da Liga. Luisão quer a sétima foi o título escolhido para o destacar. Feliz, não tanto por corresponder ao anseio da nação benfiquista, nem por sublinhar a considerável margem de favoritismo que era atribuída ao emblema da águia, mas sobretudo por assinalar a titularidade do capitão, a segunda no corrente ano, em jogo em que se decidia um título: sem margem para errar.
O Benfica, apesar de ter vencido com inteiro merecimento, viu-se obrigado a bater-se com adversário que justificou o estatuto de finalista, colocando em campo toda a sua capacidade de argumentação técnica, táctica e física; e quem dá tudo quanto pode a mais não é obrigado. Foi o que o Marítimo fez, 90 anos depois da conquista do Campeonato de Portugal, em 1926, a única que está representada na sala de troféus do clube madeirense.
No domingo, sagrou-se campeão nacional pela 35.ª vez e, ontem, o Benfica ergueu a sua sétima Taça da Liga, só não detendo o domínio absoluto na competição porque o Vitória de Setúbal,em 2008, com Carlos Carvalhal, e o Sporting de Braga, em 2013, com José Peseiro, igualmente vencedores, não o permitiram.
Grande final, com oito golos, um espanto em qualquer parte do Mundo, admirável espectáculo futebolístico, fantástico vencedor, digno vencido e empolgante despedida de época para benfiquistas e maritimistas. Também arbitragem de qualidade e enorme ambiente no Estádio Cidade de Coimbra. Assim, sim, o futebol interpretado com este fascínio é único. É o futebol jogado, simplesmente. O outro, o falado, não entra nesta história..."
Fernando Guerra, in A Bola
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