"A UEFA percebeu há muito que a Europa do futebol não é diferente da Europa económica, social e política. A força da instituição tem razão proporcional com a dimensão do mercado. Por isso a Champions League não pode parar no tempo, e assim provoca alterações também na Europa League. Que ninguém fique surpreendido com alterações próximas ao modelo competitivo de ambas. Claro que ser campeão nacional continua a ser importante, cada vez menos para a implementação e negócio das sociedades desportivas de topo, mas decisivo para aumentar a base de apoio no próprio país. Contudo, o mercado globaliza-se e as equipas portuguesas para conseguirem ser competitivas nas provas internacionais têm de aumentar receitas. Como tal, não faz sentido considerar estas competições secundárias em relação ao campeonato nacional. A maior valorização da marca dos seus activos, entenda-se jogadores em primeiro lugar, mas também todos os outros profissionais, e o aumento das receitas directas, justificam que nunca se desista delas.
O Real Madrid - que ainda não perdeu na Champions, tal como o Barcelona - tem nesta competição a possibilidade de vencer um troféu. Mas não são só os merengues nesta situação. Muitos outros lutam também por boa prestação europeia, na salvaguarda do prestígio, entre eles alguns gigantes.
Em relação às equipas portuguesas, o Braga fez muito bem em valorizar-se na Liga Europa, com todos os custos que essa opção tem, enquanto que o Sporting - não desvalorizando a competição, o discurso foi mais na tentativa de retirar pressão - não apostou na mesma. O Porto tentou o impossível e o Benfica entrou no grupo restrito dos quartos da Champions.
A Europa não fez mal a ninguém, bem pelo contrário, fortaleceu quem conseguiu chegar mais longe."
José Couceiro, in A Bola
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