"Por razões conhecidas e já debatidas até à exaustão, que não valerá a pena voltar a enunciar, a época 2015/16 revitalizou a rivalidade futebolística entre Benfica e Sporting e, nesta fase, a oito jogos do fim da Liga, os eternos rivais de Lisboa são os mais fortes candidatos ao título, mantendo-se o FC Porto na corrida, é certo, mas de forma mais discreta e menos convicta.
A vertente desportiva desta equação só pode ser bem-vinda: o Sporting dobrou o investimento e tem mostrado, na frente interna, argumentos apreciáveis; o Benfica, enveredando por uma nova política, segue líder em Portugal e vai conhecer hoje rival na Liga dos Campeões. Ambos os emblemas têm sido seguidos, em casa e fora, por um número muitíssimo expressivo de adeptos. No entanto, infelizmente, não há bela sem senão...
O clima social está radicalizado, e o apelo ao bom senso e à contenção deve, assim, constituir uma obrigação. Não me parece curial que se ande a deitar mais achas para a fogueira, salgando feridas que estão por cicatrizar. E menos avisado será fulanizar inimigos, tornando-os alvos de mentes mais fracas e por isso sugestionáveis.
Haverá quem pense que os jogos começam a ganhar-se fora das quatro linhas, no condicionamento dos adversários e demais agentes com intervenção directa nas partidas. Porém, o que conta, o que vale, é o que é feito dentro de campo. Por mais bélico que seja o discurso, não resiste a um golo falhado de baliza aberta...
Citando Marcelo Rebelo de Sousa, «urge recriar convergências, redescobrir diálogos, refazer entendimentos, reconstruir razões para mais esperança»."
José Manuel Delgado, in A Bola
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