"Bem sei que a comunicação social desportiva tem de preencher os seus espaços, e, numa jornada em que ambos os candidatos ao título venceram de forma clara, em que não houve escândalos de arbitragem (como, infelizmente houvera na ronda anterior), os temas em análises escasseavam.
Vai daí, criou-se um caso em torno dos cartões amarelos a Di Maria e Florentino, que cumprirão castigo em casa com o AVS, ficando disciplinarmente limpos para as três jornadas finais - designadamente as deslocações ao Estoril e a Braga, intercaladas pelo provavelmente decisivo dérbi lisboeta.
A situação de Di Maria era, eu diria, óbvia. O atleta saiu de campo lesionado, estava, como se costuma dizer, 'à bica', e encontrar uma forma inteligente de, digamos, agregar a lesão à suspensão foi apenas um acto de competência estratégica. É claro que a confissão do propósito, podendo originar multas, seria sempre de evitar. Mas o facto em si é inatacável.
Quando a Florentino, confesso que, até ver o cartão eu próprio já estava a ficar preocupado. Trata-se de uma posição nuclear que, ao contrário do Di Maria, e com Manu Silva lesionado, não tem grandes alternativas disponíveis. Há que dizer que o jogo com o AVS (ou AFS, ou Aves, ou lá o que seja) vale 3 pontos, tal como todos os outros. E naturalmente o Benfica tem de o vencer. Mas os desafios tácticos desta partida serão presumivelmente diferentes dos que nos podem vir a ser colocados, por exemplo, no dérbi ou na viagem ao Minho. Florentino é um médio-defensivo. Um recuperador, cujo suplente natural está a meio de uma longa paragem. Ficar sem ele num desses jogos podia custar-nos muito caro. Felizmente houve tempo e ocasião para sanar o problema.
Agora vamos lá então tratar do AVS, jogo em que os 60 mil nas bancadas podem ser determinantes."
Luís Fialho, in O Benfica

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