"Quando se colocou a hipótese do regresso de Fideo ao Benfica, muita gente torceu o nariz. Tinha 35 anos e vinha de uma temporada infeliz na Juventus, marcada por sucessivas lesões e nenhum título. Eu próprio, confesso, nunca duvidando da sua enorme capacidade técnica, nem do seu comprovado profissionalismo, temia que a condição física já não lhe permitisse apresentar tudo o que sabia, nem corresponder, à imagem que deixara quando de cá partiu, em 2010, rumo ao Real Madrid.
À medida que nos aproximamos da fase final da temporada, é seguro afirmar que superou as melhores expectativas.
Tem, neste momento, quase tantos golos marcados como o conjunto dos pontas-de-lança do Benfica, e os seus números só encontram paralelo se recuarmos até 2019, quando estava a entrar na casa dos trinta, e compunha um tridente ofensivo com Mbappé e Neymar.
Neste seu regresso, tornou-se rapidamente uma bandeira do clube em campo, um ídolo para as bancadas, e um exemplo para os mais jovens.
Rui Costa disse publicamente que Di Maria não lhe fez qualquer exigência salarial, pedindo apenas aquilo que o Clube lhe podia pagar. Aliás, a sua fantástica carreira, naturalmente muito premiada em termos financeiros, parece corresponder antes a um guião estabelecido pelo próprio atleta, com passagens pelos maiores clubes de Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Itália. Ter-lhe-á faltado o Bayern para fazer bingo no futebol europeu. O desejado regresso ao seu Rosário Central confirma a ideia, numa linda história que, também a nível de seleção, tem tudo o que há para mostrar.
O astro argentino termina contrato ao fim desta época. Muito gostaria que ficasse por cá mais um ano. E como o meu Red Pass é no piso 3, não adiantando levar cartolinhas para o estádio, aproveito estas linhas para pedir: Fica, Di Maria!"
Luís Fialho, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!