"A QUEM INTERESSA O RETROCESSO
NO CONTROLE ANTIDOPING?
1. Foi no período em que o ex-PJ Rogério Jóia presidiu à ADoP, entre junho de 2014 e junho de 2019, que se realizaram a esmagadora maioria dos testes que levaram a UCI a castigar violentamente a equipa de ciclismo W52-FC Porto, conduzindo à sua inevitável e irremediável extinção.
2. Foi na gestão do mesmo responsável que foram implementados, em força, os passaportes biológicos, que são a forma mais eficaz de garantir o controle antidoping. Quando a UEFA determinou que 8 atletas de cada plantel teriam que ter passaporte biológico, já o ex-responsável da ADoP os tinha implementado em Portugal para a totalidade dos jogadores dos plantéis das equipas da primeira e segunda Liga.
3. Foi na gestão do mesmo responsável que os clássicos passaram a ser obrigatoriamente controlados (sempre antes e depois dos jogos). Quando não saíam no sorteio dos três jogos de cada jornada sujeitos a controle, passava essa jornada a ter quatro jogos controlados.
4. O controle fora de competição tem sofrido, também ele, um revés: fazem-se muito menos ações e controlam-se muito menos atletas por ação. Com o decréscimo destes controlos, o atual presidente da ADoP voltou a ser convidado de honra para a final da Taça de Portugal, o que tinha deixado de acontecer com o inspetor Rogério Jóia a partir do momento em que este os aumentou.
5. O incómodo da ação de Rogério Jóia levou a que o seu mandato não fosse renovado por pressão de responsáveis dos organismos que tutelam o nosso futebol e até - pasme-se - do Comité Olímpico Português, que tudo fez para que fosse dispensado, não se percebendo porquê, já que o doping nunca foi tão combatido como no período em que presidiu à ADoP.
6. Sabendo-se que o principal objetivo do controle antidoping é a preservação da saúde dos atletas, pergunta-se a quem interessa o retrocesso desse controle em Portugal. Não é certamente ao Benfica, que venceu 4 dos 5 campeonatos correspondentes ao mandato de Rogério Jóia à frente da Adop."
Isto é agenda.
ResponderEliminarAssunto sério para as páginas dos jornais.