"Antes de começar esta crónica, informo que não sou adepto de nenhum clube. Há muitos anos seguia fervorosamente o Eusébio, daí, acompanhar o Benfica. Agora sigo o Mourinho e Ronaldo. Não tenho simpatia por nenhum clube, o meu clube é a selecção nacional, isso permite-me ter um perspectiva, fora do grande confronto cultural FC Porto – Benfica, Norte – Sul. No fundo sou um agnóstico de clubes. Eu não sou hipócrita nem suspeito, não tenho necessidade existencial afirmando, que sou do FC Porto ou do Benfica.
O meu filho é portista, desde que nasceu, pois há uns anos atrás, o FC Porto era quase sempre campeão, o S. João festejava-se, antecipadamente, na Av. dos Aliados e ele achava um piadão, quando era pequeno.
O Benfica venceu o campeonato nacional e mereceu-o. Foi a equipa mais regular, oscilou na parte final do campeonato, mas aguentou-se. Foi um título sofrido, mas saboroso, há quatro anos que não o vencia.
O Benfica fez uma grande temporada, para além, do título chegou aos quartos-de -final da Liga dos Campeões, eliminado pelo finalista Inter de Milão.
Como não sou adepto de nenhum clube procuro analisar o futebol com algum desprendimento e sem clubite. Para mim, num jogo de futebol há adversários, não há inimigos. Uma coisa são as conversas de futebol, desafiando alguém de outro clube com uma piada, outra coisa é insultá-lo.
Pelo que me apercebi, nas redes sociais a forma como alguns adeptos do FC Porto se insurgiram pelo Benfica ter sido campeão é lamentável. Há adeptos que não aceitam que o Benfica tenha sido campeão, fazem uma rejeição que merece um estudo psicológico.
Também é verdade que muitos benfiquistas têm a mania que são os melhores e os maiores, mas não o são. Às vezes, vencem outras vezes perdem. Normal no futebol.
O Benfica venceu desta vez, para a próxima se verá. O FC Porto pode já no Domingo vencer a Taça de Portugal, arrecadar mais um troféu e dar uma enorme alegria aos seus adeptos.
O futebol não pode ser o W.C. dos nossos problemas, das nossas frustrações, da nossa falta de educação e dos nossos piores instintos. No fundo, o futebol esconde o que é a realidade da nossa sociedade.
Quando assisto a um jogo de futebol a frase que ouço mais frequentemente é " filho da p***" dirigida, quer ao árbitro, quer aos adversários. No fundo as emoções ficam ao rubro entre o amor ao nosso clube e o ódio ao clube adversário. Estes extremos radicalizam a forma como se deve entender o futebol que não passa de um entretenimento. O futebol não é um jogo de vida ou de morte, para isso jogam à roleta russa.
Nunca deixarei de ser uma pessoa para me tornar um fã. Um fã só vê um lado do prisma, mas temos que ver os outros lados.
A linguagem de alguns dirigentes não ajuda a relativizar uma derrota ou uma vitória e, passam a vida em discussões estéreis que não resolvem nada e nem dão solução.
Num estádio haver alguns ânimos exaltados e polémicas são normais, o problema é quando passam para o dia-a-dia.
O futebol é um desporto maravilhoso e emocionante, mas não deve servir para alimentar ódios. A alegria de um clube não serve para humilhar o rival.
Quem gosta de futebol deve felicitar o Benfica e dar-lhe os parabéns!
Nota: a estrelinha de Mourinho desta vez não funcionou."
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