"Há um jogo para ganhar na Madeira, mas sou sincero: o meu subconsciente ainda está a acabar de celebrar a qualificação do Benfica para os quartos de final da Liga dos Campeões. Pelo apuramento, claro, ainda mais relevante por ser o segundo consecutivo para o lote de oito melhores equipas da Europa, mas sobretudo pelo imaculado percurso até esta fase de competição. Sem a artimanha de fazer save antes dos jogos como no Football manager, porque lamentavelmente não existe essa funcionalidade na vida real. Porém, a verdade é que nem tem sido necessário. São 10 vitórias em 12 jogos na Champions League. Nas últimas 2 épocas, nem a nível nacional conseguimos um registo deste calibre. No Ultimate Team do FIFA, eu próprio, que me considero humildemente um dos melhores jogadores do mundo, jamais consegui este score.
Dizem que o sonho comanda a vida, pelo que creio ser correto afirmar que quem comanda a nossa vida neste momento é Roger Schmidt. O mister tem colocado o Benfica no patamar que os benfiquistas há tanto tempo desejam: a carburar em Portugal e a impor respeito na Europa. Mesmo com os deslizes nas taças, penso que o entusiasmo ao dia de hoje está no nível máximo. E isso significa o quê, amigo leitor? Exatamente: nada. O entusiasmo é um combustível extremamente útil, mas não ocupa espaço no Museu Cosme Damião. Por isso mesmo, é crucial que toda esta euforia pela liderança e pela campanha europeia esteja sempre ligada à lucidez de quem tem a consciência de que a felicidade plena apenas se alcança quando um indivíduo com o manto sagrado vestido e a braçadeira de capitão posta se desloca ao centro do relvado para pegar numa taça e erguê-la no ar."
Pedro Soares, in O Benfica
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