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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Racismo e sangue

"Semana difícil esta, que começou com as palavras racismo e sangue.
A primeira palavra, racismo, manifestou-se na sua expressão mais vil e primária, com a cor da pele a marcar a diferença e a justificar, uma vez mais, a injustiça, a crueldade e a violência gratuita. Escrevo estas linhas a olhar pela janela do estádio para uma estátua especial de um monstro sagrado, o nosso Eusébio, o 'King' de todos! Não era branco, nem ligava a isso, a imortalidade trouxe-lhe o bronze, oxidado, escuro como ele, mas as mãos do povo, de todos os povos, acariciam-no no correr dos dias e dos anos, descobrindo um dourado luzidio que lhe revela a alma de ouro! Nem imagino a sua reacção se, no tempo daquele Portugal triste e injusto, que remetemos às memórias do passado, o apupassem no campo. Mas isso não acontecia, nem no extinto Portugal colonial. Veio a acontecer nos nossos dias, no Portugal evoluído e solidário que afirmamos ser, talvez para nos abrir os olhos e convocar a mudar comportamentos! Pela nossa parte, temos vários projectos que combatem o racismo e a xenofobia em todo o país junto de milhares de jovens.

A segunda palavra, sangue, não ecoou pelas redes sociais, mas chegou até nós em apelos sofridos de responsáveis de unidades de saúde a pedir ajuda na recolha de sangue. Os stocks nacionais estão perigosamente baixos, e os incidentes repetem-se. Desta verdadeira urgência nacional pouco se diz pelas vozes do mundo, por isso muito há a fazer por todos nós. O Benfica sabe bem disso e lançou uma campanha de apelo à doação de sangue, encabeçada por um jogador do plantel A, com um pedido simples: Dê sangue: há uma vida à sua espera!
Nós sabemos o valor da vida e também sabemos que só juntos podemos resolver este problema e salvar a vida de cada um com o sangue de todos. Iguais ou diferentes, nestas alturas nem aos racistas importa, porque todos sabemos que indiferentemente à cor que nos cobre a cara, a cor que nos vai nas veias é vermelha como o Benfica. É que ouro por dentro, só mesmo o eterno Eusébio!"


Jorge Miranda, in O Benfica

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