"Hoje, o primeiro joga com o último. Favas contadas? Nem pensar. Num campeonato onde o quarto classificado está mais perto da zona de descida (13 pontos) do que do líder (16 pontos) tudo se pode esperar. Se para a luta pelo primeiro lugar a cosia vai ser decidida entre duas equipas, o acesso às competições europeias e a fuga à despromoção vão envolver os 16 restantes emblemas. E quando se fala de pouca competitividade do campeonato, está o assunto arrumado. É certo que, ao longo das últimas décadas, a comunicação social e os comentadores que puxam pelos tons de verde continuam a insistir em três crónicos candidatos ao título de campeão nacional, mas não estará na hora de meter os pontos nos is? Há dois candidatos a campeão em Portugal todos os anos: o Sport Lisboa e Benfica e o FC Porto. O Sporting CP surge a espaços - e durante pouco tempo - com essa ambição, mas os últimos 40 anos são claros em relação ao lugar que tem no futebol português.
SC Braga e Vitória SC são as equipas com mais possibilidade de evoluir para outro patamar, podendo pensar em conquistar alguma coisa a médio e longo prazo. E aqui nem vamos incluir as surpresas de cada época, como o actual Famalicão ou o Paços de Ferreira de outras temporadas. É assim o futebol português, e quem continua a propagandear três candidatos só o pode fazer por cegueira, falso fair play ou insegurança. E com as actuais verbas ganhas na Liga dos Campeões, a tendência é para que o fosso seja cada vez mais fundo entre os dois de cima e os restantes.
No fim é que se fazem as contas, como é óbvio, mas a verdade está à frente de todos. Uns encaram-na, outros enterram a cabeça na areia."
Ricardo Santos, in O Benfica
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