"Eu - Em Itália dizem que Gedson pode estar a caminho do Inter.
Diogo, conterrâneo do Veríssimo e do Olegário - Acho o Gedson um valor seguro para a equipa. Está a ser mal aproveitado. Acho que podia dar... mas se for por 40 milhões, sim.
Eu - Se o plano fosse vender Gedson e ir buscar Weigl, fazia uma procissão a Fátima a pé.
Diogo, conterrâneo do Veríssimo e do Olegário - Almancil / Fátima ahahaha.
Eu - Gedson por Weigl? Arranco já amanhã para cima, é só avisarem.
Diogo, conterrâneo do Veríssimo e do Olegário - Weigl não vem para Portugal.
Eu - Pois isso sei eu. Não aposto 600km a pé assim sem mais nem menos.
Esta transcrição de um diálogo tido no dia em que o interesse do SL Benfica em Weigl foi primeiramente noticiado, mostra bem o que é vida de adepto fala-barato: constantes chapadongas nas fuças para aprender a estar calado. E no fundo, é isto: ainda mal chegamos a 2020 e já empenhei a sola dos calcantes numa aposta que tinha tudo para correr bem. Há uns anos passei uma tarde bem regada com uns amigos, a descarregar uma caixa de chumbinhos de espingarda de pressão, contra um caracol estático numa parede a 3 ou 4 metros, enquanto ele se ria dentro da carapaça por ninguém lhe ter acertado. Numa conversa há 2 semanas, como que lhe acertei num olho, com ele bem enrolado na casinha que traz ás costas.
Em abono da verdade, a vinda para Portugal de um internacional alemão de 24 anos, titular de uma equipa de topo da Bundesliga era uma hipótese tão estapafúrdia como acreditar que eu consigo ir do Algarve a Fátima sem ajuda motorizada. Quando falava com o conterrâneo do Veríssimo e do Olegário, Julian Weigl tinha acabado de marcar um golo ao RB Leipzig perante a Muralha Amarela do moderno Signal Iduna Park lotado por 80.000 espectadores. Se tudo correr bem, antes do final de Janeiro vai marcar um golo ao Paços de Ferreira no Caixote Amarelo do vetusto Estádio da Mata Real que deverá estar cheio com 9.000 almas.
Portanto, fruto de uma daquelas improbabilidades físicas do Universo, mas que inacreditavelmente acontecem, vejo-me hoje na infeliz posição de, a fim de evitar a vergonha desprestigiante de não cumprir uma aposta, desejar que um cracalhão da classe de Weigl chumbe nos testes médicos por se descobrir que é alcoólico, ou tem as rótulas feitas em paté de camarão, ou tem uma mulher feia (já vi, não tem)... e até podem ser todos verdade, porque vamos lá a ver... 20 milhões por Weigl? Por 15 milhões vendíamos nós jogadores da equipa B há meia dúzia de anos. Como não pensar que os alemães nos estão a passar a perna?
Independentemente de todos os problemas e dúvidas que este reforço me acarreta, não posso deixar de referir que é uma contratação gigante, não só pelo valor desportivo do rapaz, como pelo significado da vinda de um teutónico titular do Borússia Dortmund na flor da idade para o Sport Lisboa e Benfica, que pode mesmo abrir portas a outras brincadeiras deste género. E pelos vistos a onda de renovações com revisão de vencimentos que assolou o plantel do Benfica tinha uma razão: dar lastro no balneário, para a chegada de atletas com ordenados acima da média."
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