"Bruno Lage poderá ter, enfim, encontrado a fórmula certa para o principal problema do Benfica 2019/2020, que (exceptuando a Champions...) parecia ter mais que ver com exibições do que com resultados, uma vez que por cá a águia segue apesar das críticas, na liderança da Liga, em prova na Taça de Portugal e com boas hipóteses de seguir em frente na Taça da Liga. A questão não era, pois, se os encarnados ganhavam, mas sim a forma como ganhavam, quase sempre sem entusiasmar adeptos, e dirigentes, (mal?) habituados ao fulgor dos últimos meses da época passada.
Sem Félix e Jonas - desenganem-se os que acham que a saída de um jogador não pode mudar tudo -, Lage esteve desde o início da época à procura da receita mágica que lhe permitisse colocar a equipa a jogar de forma a corresponder às exigências daqueles (e são, na Luz, a maioria) para quem ganhar não chega para impedir assobios. Tentou várias duplas de ataque, até chegar à actual: Chiquinho / Carlos Vinícius. Está a funcionar? Sim. Mas os últimos dois jogos (sim, coloquemos nesta equação Leipzig, onde apesar daqueles fatídicos nove minutos o Benfica teve pormenores muito interessantes) parecem mostrar que talvez o problema não estivesse tanto nos avançados, mas mais atrás. Na Alemanha e ontem Lage apostou num meio-campo sem um seis puro, mas com dois oito, Gabriel e Taarabt, que, não dando à equipa a mesma consistência defensiva, lhe permitem, no ataque, sair da pressão contrária de forma muito mais fácil e muito mais rápida. E livre do colete de forças em que, invariavelmente, se via presa por adversários que já lhe tinham tirado as medidas, a águia solta-se e consegue voar de forma mais exuberante. Não dará, claro, para todos os jogos. Mas para a maioria é mais do que suficiente..."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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