"A estratégia de Bruno Lage resultou, pois com mais presença na área o Benfica marcou
Expectativa e engano
1. Boa entrada do Benfica no jogo, com os primeiros 15 minutos de boa dinâmica ofensiva e prever uma equipa avassaladora, com diversas oportunidades para marcar. No entanto, o Tondela complicou ao máximo e impediu que o Benfica marcasse, fruto duma organização defensiva eficiente e da energia positiva colocada pelos seus atletas no jogo. A expectativa inicial do Benfica causou engano. As águias tiveram muita bola, paciência no seu processo ofensivo, mas foram previsíveis e sem velocidade - os muitos passes errados iam retirando confiança. O Tondela aproveitava, mantendo a equipa compacta e organizada defensivamente e, com muita personalidade, a sair cada vez com mais critério e perigo em situações de transição ofensiva. A primeira parte acaba com o Benfica a precisar de velocidade para chegar à vantagem e os homens de Pepa a acreditarem que poderia levar da Luz um resultado positivo.
Trocas dum lado critério doutro
2. Após o intervalo, o Benfica continua pouco acutilante mas com mais presença na área, fruto da entrada de Seferovic. O suíço juntou-se a Jonas no ataque e obrigou o Tondela a defender mais atrás e com uma linha defensiva com mais um jogador, pois o ala do lado da bola encaixava e fazia o quinto jogador dessa linha. Do lado do Benfica, João Félix e Rafa saiam dos corredores laterais para o central, libertando esses espaço para André Almeida e Grimaldo e, dessa forma, os encarnados poderem explorar o jogo interior e o passe frontal através destas constantes trocas de posição. No entanto, tal não tinha resultados práticos, pois o Tondela continuava a defender bem e a assustar com saídas rápidas e com muito critério. É então que Xavier obriga Vlachodimos a uma grande defesa e Jonas responde. Mas quem marca é Seferovic, após um grande cruzamento de Grimaldo. A estratégia de Bruno Lage resultou, pois com mais presença na área o Benfica chegou à vantagem, com um excelente cabeceamento do suíço.
Dinâmica e rigor
3. Para o Benfica, melhor o resultado do que a exibição, sem a dinâmica ofensiva doutros jogos, com alguns passes errados com falta de velocidade no processo ofensivo. Defensivamente, também foi perceptível que o jogo não foi muito bem conseguido, pois os encarnados permitiram aos beirões saírem em ataque rápido e contra-ataque. Por outro lado, a equipa de Pepa, foi muito rigorosa a defender e sempre muito perigosa a atacar - depois de estar a perder, ainda dispôs duma clara oportunidade de golo e de conseguir outro resultado."
Rui Duarte, in A Bola
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