"Não devia ser surpresa, face ao que se ia percebendo nos últimos tempos de Bruno de Carvalho e por tudo o que foi sendo dito mais recentemente. Mas não deixa de causar impacto saber-se que o Sporting vive dias de grande aperto financeiro, fruto da tempestade perfeita que se abateu sobre o clube.
Nesta conjuntura difícil, os responsáveis leoninos optaram por uma política de transparência, quase que convidando sócios e adeptos a serem parte de uma solução que urge encontrar. Pelo menos, ninguém poderá dizer que desconhecia a gravidade da situação e esse é um passo decisivo para que os problemas sejam encarados de frente.
O retrato financeiro actual do Sporting contrasta com o clima de fuga para a frente de Maio de 2018, quando Bruno de Carvalho estava disposto a pagar cinco milhões de euros por Ricardinho, para reforçar o futsal dos leões. E traduz, com fidelidade, a diferença entre quem governou como se não houvesse amanhã e aqueles que, depois, são obrigados a procurar uma troika que evite males maiores.
A única notícia verdadeiramente boa para o Sporting, no meio de tanta dificuldade, é que o clube, à beira de completar 113 anos, não está em risco. Com uma base social fortíssima, a que corresponde uma militância responsável, que ficou à vista quer na AG destitutiva, quer nas eleições subsequentes, o Sporting resistirá a este vendaval, sem perder grandeza ou dimensão. Porém, sócios e adeptos devem ter consciência de que nenhuma boa solução será encontrada de um dia para o outro. E que esta gestão, que herdou o malefício da dívida, é credora, no mínimo, do benefício da dúvida."
José Manuel Delgado, in A Bola
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