"O domingo prometia ser gordo em emoção e não desiludiu: grandes jogos, muitos golos e, era quase certo, mudanças na tabela classificativa. E como se deve começar sempre por quem vai à frente, as primeiras palavras vão para o FC Porto, que, embora não tão exuberante como de costume - por culpa, também, de um audacioso Rio Ave -, garantiu triunfo escasso mas preciso, porque lhe permitiu ganhar pontos a dois dos três perseguidores - ainda por cima aos que estavam mais perto, o que equivale a dizer que o dragão diz adeus a 2018 com uma liderança mais confortável.
A quatro pontos, agora em segundo lugar, vem o Benfica, que ontem mostrou estar, de facto, no tal processo de retoma tão badalado por Rui Vitória. Não só pelo facto de ter vencido o SC Braga (talvez ontem os bracarenses tenham dado o primeiro sinal de que falar do título seja, afinal, prematuro...), mas, acima de tudo, pela forma como ganhou. A míngua de golos dos jogos anteriores deu lugar à fartura e a Luz acabou a aplaudir uma águia que ontem pareceu renascer - tal como o seu treinador, que terá exorcizado os fantasmas que, era evidente, o pareciam perseguir.
Verdadeiro derrotado desta última jornada do ano foi o Sporting. Se Guimarães (onde mora uma equipa muito bem orientada por Luís Castro) era visto como o mais difícil teste de Marcel Keizer desde que chegou a Alvalade... o holandês chumbou. De novo incapaz de ficar com a sua baliza a zeros, o leão não conseguiu, desta vez, mostrar a exuberância ofensiva que vinha evidenciando. Travou a fundo, caiu para o terceiro lugar e voltou a lançar dúvidas sobre se, embora espectacular, a filosofia de ataque total do seu treinador, com claras fragilidades defensivas, é adequada a todos os jogos..."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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