"A exibição de gala de Gedson Fernandes em Istambul estimulou bastante o apetite dos tubarões europeus e colocou o jovem benfiquista no radar dos milhões. Ao mesmo tempo, o Lyon mostra-se muito interessado em Rúben Dias e ainda num passado recente Rúben Neves rumou a Wolverhampton e um ano depois Diogo Dalot assinou pelo Manchester United. Ninguém terá dúvidas de que é virtualmente impossível a qualquer clube português resistir ao interesse real dos clubes mais ricos, assim estes estejam dispostos a abrir os cordões à bolsa. Mas há uma fronteira que deve ser estabelecida, uma filosofia que case o pragmatismo com o coração e faça com que os nossos emblemas não vacilem logo ao primeiro impulso. Haverá um tempo certo para os jogadores mais dotados cumprirem o seu destino nos principais campeonatos, isso não é, de todo, censurável e a ambição de pisar palcos com maior visibilidade deve ser vista não como mercenarismo, mas com como algo absolutamente legítimo. Mas quando mais os nossos clubes conseguirem vender os direitos desportivos dos seus jogadores mais talentosos numa fase de quase feitos, em vez de o fazerem na fase-projecto (CR7, Bernardo Silva, Cancelo, Diogo Dalot...), melhor será. À atenção de quem de direito...
PS - O SC Braga disse adeus à possibilidade de atingir a fase de grupos da Liga Europa, ao ser eliminado pelos desconhecidos ucranianos do Zorya. Uma desilusão, que se junta ao balde de água fria que tinha sido o afastamento anterior ao Rio Ave às mãos dos incógnitos polacos do Jagiellonia. Não são notícias que indiciem nada de bom para o futebol português."
José Manuel Delgado, in A Bola
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