"O leitor conhece aquele incontornável desejo de acelerar o relógio para que determinado suspense seja desvendado? Aquela inquietante ansiedade que nos impede de dormir, ainda que alternemos cinquenta vezes entre um e outro lado da almofada? Bem-vindo ao meu mundo. Estou verdadeiramente em pulgas pela segunda metade da época - e sei que não estou sozinho. Milhões de fãs de futebol espalhados pelo mundo inteiro suspiram saber quem serão os ilustres vencedores das três grandes competições desta temporada: a Liga dos Campeões, o Mundial 2018 e... claro, adivinhou, essa mesma... a Taça da Liga! Devo destacar, naturalmente, está última. A Taça da Liga, subitamente, passou de troféu-da-treta-que-não-interessa-a-ninguém a troféu-de-invejável-prestígio. O desapreço gigante transformou-se em cobiça escaldante. Este ano, todos querem chegar o mais longe possível. Jogadores de colossos europeus lamentam não poderem sequer disputar este célebre troféu - decisivo, aliás, nas contas finais da Bola de Ouro: pobre Cristiano, pobre Messi, pobre Neymar. Enfim, é uma luta taco-a-taco pelo estatuto de troféu mais importante do planeta. De um lado, a Liga dos Campeões, ganha pelo Real Madrid nas últimas duas edições; o Campeonato do Mundo, conquistado, em 2014, pela Alemanha de Neuer, Lahm, Ozil, Kroos, Muller e companhia; e ainda a grandiosa Taça da Liga, levantada na época passada pelo Moreirense, após um golo decisivo de Cauê.
A Taça da Liga - ou Taça CTT, como queira chamar-lhe - é patrocinada pelo maior grupo empresarial no negócio dos correios em Portugal. Faz sentido: este alarido descomunal em torno da competição parece mesmo encomenda."
Pedro Soares, in O Benfica
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