"Portugal despediu-se da possibilidade de vencer a Taça das Confederações com a sensação de não ter feito a melhor das exibições na partida com o Chile, equipa fortíssima, bicampeã da América do Sul, que junta uma noção exemplar de colectivismo a várias unidades de luxo. Mas os sinais de compromisso dos jogadores lusos (mesmo que alguns tenham denotado cansaço) e de competência do seleccionador (os mesmos princípios de sempre, desta vez Kazan não foi Marselha...) são suficientemente fortes para que o optimismo continue a acompanhar a equipa de todos nós.
Dentro de menos de dois meses regressa o campeonato nacional e com ele inicia-se a aventura do videoárbitro (VAR). Como se viu na Taça das Confederações, continua a haver margem de erro, mesmo que muito mitigado e é bom que nos preparemos para conviver com essa realidade. No Portugal-Chile ficou por assinalar uma grande penalidade contra a nossa equipa e a culpa não foi do sistema colocado à disposição dos árbitros, assistiu-se, isso sim, a um erro humano pouco desculpável e apenas entendível em função da novidade do VAR.
Porém, o balanço, em termos de verdade desportiva, é francamente positivo; o que continua a fazer falta é lutar contra a ideia de infalibilidade, algo que não existe. Digamos que, numa escala de zero a dez, o erro andava pelo quarto e agora passará a andar pelo um. Mas, percebe-se por algumas reacções (e não só por cá...) que, por um lado, continua a fazer falta mais esclarecimento; por outro, tal como sucede no râguebi, seria bom, em nome da transparência, que se ouvissem as conversas entre o árbitro e o VAR."
José Manuel Delgado, in A Bola
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