"O que eu me tenho rido nestas últimas duas semanas com mais um acto de desespero dos ainda dirigentes do FC Porto. Depois de ver a sua equipa de futebol acusar a pressão (e perder pontos) ao jogar depois do Tricampeão, ouço-os a falar de uma Liga Salazar. E é com gargalhadas que apetece responder-lhes, apesar de esse nome só me causar reacções contrárias ao riso. Estarão mesmo a falar a sério? Os homens que mandam um clube que mudou a data inauguração do Estádio das Antas para esta poder coincidir com o aniversário do Estado Novo estão mesmo a falar a sério? É certo que levaram 8 a 2 do SL Benfica nesse jogo e talvez por isso prefiram esquecer o momento, mas também já esqueceram o ano de 1928? É que foi nesse ano, mais de 30 anos antes do que a maioria dos outros clubes, que o FC Porto recebeu do Estado o estatuto de utilidade pública. Andam há décadas a querer colar o imagem do SL Benfica ao triste ditador que andou por Portugal durante mais de 40 anos, mas esquecem-se dos seus inúmeros telhados de vidro: dirigentes que foram funcionários da PIDE, que colaboraram durante décadas com Estado Novo, que fizeram as malas em 1974 quando se começou a respirar em Portugal.
Quando penso no desespero destes portistas e outros antibenfiquistas, só posso sorrir e deixá-los entregues à sua ignorância. É que nos desfiles do 25 de Abril e do 1.º de Maio, em Lisboa, foi um prazer ver tantos Benfiquistas anónimos, como eu, na rua.
É bom sinal quando nos incentivamos rumo à História, ao lado certo da História."
Ricardo Santos, in O Benfica
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