"Porventura, o leitor, sabe quem foi Américo Monteiro de Aguiar? Não faz sequer uma pequenina ideia? Não? E se eu lhe disser, por exemplo, que toda a sua obra e vida foi dedicada a acolher, educar e integrar na sociedade jovens com passado problemático? Começa agora a ver uma luzinha ao fundo túnel, não é verdade? Pense só mais um bocadinho. Nunca ouviu falar na Casa do Gaiato? Vê como descobriu! É, sim senhor, é o célebre Padre Américo cujos princípios voltaram a ver a luz do dia, depois do lamentável clima de guerra de palavras e actos no meio desportivo nacional. Mas, perguntará o bom leitor, com toda a propriedade, o que tem a ver o Padre Américo com tão lamentáveis episódios que alguma imprensa estrangeira não hesitou em cobrir de ridículo? Se pensar um bocadinho, verá que tudo tem a ver. Com efeito, depois daquelas cenas tristes da gente vá do meu bairro - foram rios e rios de tinta e cuspo que correram pelos media deste cantinho à beira-mar plantados - assistimos, hoje, a verdadeiros actos de redenção colaborante por parte de alguns dos principais intervenientes em tão lamentáveis incidentes, postura essa a que, certamente, não é estranho o fervor religiosos actualmente sentido e decorrente da visita a Portugal do Para Francisco. Todas as propostas que, desinteressadamente, foram apresentadas por tão magníficos personagens, reflectem a filosofia sempre defendida pelo Padre Américo ao longo de toda uma vida, consubstanciada no lema de que «Não existem rapazes maus».
Mas se, eventualmente, por mero acaso, voltarem a tais comportamentos perversos e desviantes, temos a garantia, pelo menos, de que, um pouco por todo o País, existirá sempre uma Casa do Gaiato para reeducar os prevaricadores. Bem haja, Padre Américo!"
Sérgio Abrantes Mendes, in A Bola
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