"O regresso de Jonas à competição, ainda sem ritmo, é certo, mas a revelar sinais de retoma, foi o dado mais relevante da partida de ontem no António Coimbra da Mota, que um Benfica bastante ansioso venceu, não sem ter apanhado um grande susto na recta final. Jonas, após 113 dias de paragem, voltou a pisar um relvado português e isso só pode representar uma boa noticia para a Liga indígena, que deve preservar e acarinhar os jogadores diferenciados que por ela passam. O internacional brasileiro, figura de proa dos encarnados nas últimas duas épocas, é uma das mais-valias para o espectáculo, um futebolista de elite que justifica, muitas vezes, o preço do bilhete pago pelo adepto e, como tal, deve ser acolhido de braços abertos.
Líder da Liga com quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto e cinco sobre o Sporting, o Benfica não mostrou, especialmente a meio-campo, a lucidez dos seus melhores dias e isso deve ser motivo de reflexão para Rui Vitória, que vai ver de poltrona dois jogos importantes que se seguem, a visita do SC Braga pós-Peseiro a Alvalade e a viagem do Chaves pós-Jorge Simão ao Dragão. Para os leões, a tolerância ao desperdício (especialmente quando joga com um rival que lhe ameaça o terceiro lugar, como é o caso dos arsenalistas) está no zero e Jorge Jesus sabe que é nestas partidas que se joga a candidatura ao título. E JJ sabe que defrontar equipas como o SC Braga, que estão entre treinadores, é sempre uma faca de dois gumes: embora o novo técnico não esteja fisicamente presente, os jogadores normalmente empolgam-se, querem mostrar serviço e andará sempre no ar algum efeito de chicotada psicológica."
José Manuel Delgado, in A Bola
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