"Contas feitas, nos últimos dois jogos Ederson 'deu' pelo menos quatro pontos aos encarnados
Pouco presença na área
1. O Benfica sentiu algumas dificuldades em construir o seu futebol ofensivo na fase inicial do encontro, uma vez que, no meio-campo, as acções dos estorilistas Diogo Amado e Eduardo Teixeira conseguiram manietar Pizzi, o principal alimentador do último terço encarnado. Ainda nesta fase, Rafa apresentou-se pela esquerda e Cervi pela direita, mas rapidamente Rui Vitória percebeu que o argentino sente dificuldades em jogar por este flanco e alterou os extremos. A acrescer as dificuldades encarnadas está o facto de Raúl Jiménez de desposcionar muitas vezes, caindo sobre os flancos. Rafa e Cervi fizeram movimentos interiores, mas notava-se pouca presença na área do Estoril. Apesar do futebol lento na primeira parte, o Benfica ainda criou duas/três ocasiões de golo, mas não conseguiu ir para intervalo em vantagem no marcador.
Vale a pena a contenção?
2. Após o intervalo, de grande penalidade, o Benfica chegou à vantagem. E depois do golo dos encarnados, o Estoril subiu de produção e conseguiu colocar a defesa encarnada em sentido. Percebe-se a opção de Pedro Gómez Rodríguez em jogar com o bloco baixo, mas a pergunta faz sentido: será que vale a pena tanta contenção? De facto, no final do encontro, a vitória sorriu mesmo aos encarnados, pelo que resta saber se uma estratégia mais ousada não teria efeitos mais benéficos para os estorilistas.
O papel de Guedes
3. A equipa da Linha de Cascais, após o golo, como se soltou e encontrou espaços para o ataque. Tal aconteceu porque Gonçalo Guedes, na altura, já estava a jogar mais descaído para a ala, pois Mitrolgou já tinha entrado e encontrava-se na zona central. Com Guedes na ala o Benfica perde agressividade na zona central e não consegue condicionar a primeira fase de construção do adversário, permitindo aos homens do meio-campo, neste caso do Estoril, terem espaço para saírem a jogar. O Benfica só conseguiu estabilizar mais quando entrou Samaris para fechar o meio-campo.
SuperEderson e Jonas
4. Do lado dos encarnados há a destacar Ederson e Jonas. O guarda-redes está numa forma fantástica e fez mais uma defesa tremenda a remate de Tocantins. Contas feitas, nos últimos dois jogos, deu pelo menos quatro pontos ao Benfica. Quanto a Jonas, realmente tem um faro de goleador incrível e em dois lances poderia ter feito golo. Mais tarde ou mais cedo, o melhor marcador dos encarnados na época passada vai entrar no onze e resta saber quem será o sacrificado no onze.
Resumindo o encontro, o Benfica conseguiu uma vitória natural mas não muito segura. Os encarnados continuam a demonstrar maturidade competitiva e denotam muita elasticidade para se adaptarem às circunstâncias de qualquer que seja o jogo. Ontem, foi uma vitória mínimos, sem muita exuberância, mas com eficácia."
Vítor Manuel, in A Bola
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