"Nas ruas mais escuras do futebol português, longe das câmaras de televisão e dos debates a três que nos enchem os ouvidos, há uma realidade que assusta e que continua bem presente. Árbitros agredidos em jogos de amadores e de miúdos, insultos racistas e tudo o mais que achamos impossível de acontecer numa sociedade moderna em 2016.
No fim de semana passado, houve árbitros agredidos por jogadores nos distritais de Bragança e Vila Real e um futebolista alvo de insultos racistas num jogo do Paredes pelos próprios adeptos (grande atitude do presidente do clube, Manuel Cardoso) . No fundo, foi como se tivéssemos recuado mais de 2.500 anos na civilização e estivéssemos a ver espectáculos de violência gratuita e humilhação como havia no tempo da Roma Antiga.
Voltemos ao início. Tudo isto passa ao lado das câmaras de TV e dos debates a três, mas tem tudo a ver com isso. Chegámos ao ponto em que tanta gente com espaço mediático (e hoje em dia, toda a gente tem espaço mediático) acha que pode insultar e faltar ao respeito e passar impune. Logo, todos os idiotas de cada canto deste país acham que podem fazer o mesmo. Neste caso, os maus exemplos vêm de cima."
E por falar no valor educativo da TV, já repararam que antes era só o Valentim Loureiro, mas agora parece que a escola veio para ficar e todos os comentadores urram e insultam os parceiros como se isso fosse dialogar.
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