"O Benfica foi feliz ao empatar com o Porto. Manteve 5 pontos para os adversários, ainda que o caminho para o tetra continue difícil e longo.
O clássico decorreu (antes, durante e depois) com elevação. Para isso, muito contribuíram os dois treinadores, homens elegantes no trato e sem soberba no temperamento e estilo. Bem como uma excelente arbitragem, à boa maneira inglesa.
O FCP efectuou uma primeira parte de grande nível, perante um Benfica que - como é habitual, mas incompreensível - entre sempre no Dragão muito receoso. Mesmo assim, as boas oportunidades do FCP foram travadas por Ederson e a única do Benfica foi impedida pelo poste. Na segunda parte, depois do excelente golo de Diogo Jota, surgiu um Benfica mais equilibrado e calibrado. Para tal, muito contribuíram as substituições de Vitória e as de Nuno Espírito Santo, habituais quando um treinador quer defender um golo de diferença. O treinador do FCP trocou os 3 melhores jogadores em campo (exaustos, talvez) por defesas e médios defensivos. A consequência foi um deles - Herrera - ter feito um canto infantil e dois dos suplentes do Benfica (Horta e Lisandro) produzirem, com mestria, o golo do empate.
O Benfica teve agora a sorte que, na época passada, não teve na Luz contra o FCP. E expiou o fatídico minuto 92. O de Kelvin e o do Chelsea, entre outros. E também de outros jogos no Dragão em que a vitória do Porto surgiu no fim (o ano passado e em 2006 com o golo aos 92m de Bruno Moraes). Desta vez, foi o Porto a provar o veneno. É difícil, mas o futebol alimenta-se também dos minutos 92. Afinal, ninguém está imune aos acasos no ocaso das partidas."
Bagão Félix, in A Bola
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