"O Benfica existe para ganhar. Apenas para ganhar.
Foi a ganhar que cresceu. Foi a ganhar que se tornou popular e gigantesco, que nos cativou e envolveu.
Diz-se frequentemente que perder e ganhar é desporto. Mas não é só de desporto (muito menos de indústria ou de comércio) que se fala quando se fala de Benfica. É de amor. É de paixão. De uma paixão sem limites, que não admite outra coisa que não a vitória, que somente aceita a glória absoluta.
Somos Tricampeões nacionais. Mas se em Maio de 2017 não festejarmos o Tetra, ninguém então se lembrará dos Maios anteriores. Todas as conquistas passadas serão pouco mais do que meras peças de museu. Dignas de orgulho, mas carentes de sentimento.
Serão outros a festejar, ou a verde, ou a azul. Já não estamos habituados. Custa-nos, só de imaginar o cenário.
A estes axiomas, que nos moldam a alma, e que nos exigem superação constante, acresce um contexto estratégico muito peculiar. Temos um dos rivais desportivamente moribundo, à procura de uma oportunidade para se reerguer. Temos outro em bicos de pés, a tentar afirmar-se por todos os meios - mesmo os mais estapafúrdios e indecorosos. Depende de nós deixá-los, ou não, renascer das cinzas. Depende de nós estabelecermos, ou não, um ciclo de manifesta hegemonia no Futebol português, que pode levar décadas a ser quebrado, mas que, no sopro de uma temporada menos conseguida, rapidamente se esfumará como areia que se escapa pelos dedos das mãos.
O Benfica não irá certamente ganhar todos os campeonatos até ao fim das nossas vidas. Mas há alguns que não pode perder. O próximo é um deles."
Luís Fialho, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!