"A Liga dos Campeões está a tornar-se numa prova 'aborrecida', ao estilo 'pequeno não vence'. A partir do momento em que o dinheiro ganhou peso determinante (não o tinha quando o FC Porto a ganhou em 2004), os nomes dos semifinalistas pouco mudaram. Nas épocas mais recentes o quadro piorou devido ao estranho 'enfraquecimento' dos clubes ingleses (não por falta de dinheiro, mas por maus investimentos, dos quais não retiraram retorno desportivo na proporção dos milhões gastos). Basta olhar para as meias-finais dos últimos quatro anos para verificar a presença constante de Bayern Munique e Real Madrid. E o Barcelona apenas falhou uma vez esta fase (eliminado pelo surpreendente At. Madrid). Depois, houve lugar a um 'convidado especial', papel desempenhado por Chelsea, B. Dortmund, At. Madrid e Juventus. Nem o riquíssimo PSG conseguiu, até agora, romper com esta lógica.
É por isso que a 1.ª mão dos quartos-de-final devem ser vistas como uma 'luz de esperança'. Desta vez, o Real Madrid está mesmo em xeque, depois de perder 0-2 em Wolfsburgo, e o At. Madrid volta a ter reais possibilidades de 'enganar' o Barcelona, mas bonito mesmo seria o Benfica conseguir superar o colosso de Munique. Teríamos a 'vingança' dos pequenos. Não agradaria à UEFA, aos investidores nem aos maiores operadores televisivos, mas lembrar-nos-ia uma vez mais que o futebol, de vez em quando, tem capacidade para romper com as lógicas instaladas. No caso do PSG-Man. City, o verdadeiro jogo dos milhões, não se pode aplicar a questão da dimensão financeira, mas apenas a histórica.
O mais provável é que este sonho se transforme em pesadelo e que entre os semifinalistas encontremos os suspeitos do costume. Não é difícil imaginar um 'pisão' do Real aos alemães, como é fácil perceber que o Barcelona raramente faz um jogo sem golos, pelo que o At. Madrid teria de ser gigante ao ponto de marcar três. O 3-1 que o FC Porto aplicou há um ano, no Dragão, ao Bayern pode servir de motivação ao Benfica, apesar de as condicionantes serem bem diferentes. Aliás, virar o resultado de 0-1 nunca foi fácil, apesar da aparente simplicidade de 'bastar' um golo, o que nem é verdade. Uma certeza: as meias-finais já têm 'convidado especial' - PSG ou Man. City."
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