"Aí está a arbitragem offshore. Ou melhor, offground. Em estilo romano clássico, octaviano. Curiosamente, na Lusa Atenas.
O primeiro alvo foi João Capela. Isso de, em 14 vezes que arbitrou o Benfica, este ter tido 13 vitórias e 1 empate tem que se lhe diga. O árbitro é publicamente exortado a interromper tão suspeita série. Mesmo que, em Maio de 2015, jogando contra o Gil Vicente o então treinador do SLB e agora do SCP tenha dito alto e bom som que «João Capela foi pressionado durante a semana toda, mas demonstrou que é um grande árbitro». Mudam-se os clubes, mudam-se as opiniões, ainda que por interposto dirigente. A propósito, que dizer da série de jogos do SCP arbitrados por Jorge Sousa?
Capela até realizou uma arbitragem sem casos, mas o seu ouvido estava apoquentado pela metralhadora octaviana e condicionado pela letal arma facebookiana que desabrocharia ao seu mínimo deslize.
Isso notou-se sobretudo por via do seu cronómetro, de uma enorme generosidade para com os estudantes. Na primeira parte, três paragens significativas, com fitas e fitinhas do guardião e não só, deram lugar a um mísero minuto de tempo extra. Na segunda metade, as fitinhas do guarda-redes e múltiplas simulações lesionais de quase todos os academistas foram premiadas com 6 m, beneficiando o infractor.
Tudo considerado, porém, não foi por Capela que a Académica não pontuou. É que a arbitragem offshore ainda não é perfeita, mas prevêem-se novos papers para o que resta da Liga. Qual será o pecadilho dos próximos árbitros dos jogos do Benfica para serem objecto de autos-de-fé prévios e sentenciadores?"
Bagão Félix, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!