"Volto ao Mundial de râguebi. Já aqui escrevi que, embora não dominando certas regras e características deste jogo, me entusiasmei mais com este torneio do que com a overdose de futebol que nos entra pela casa a dentro.
Há dias, li no El País, um excelente texto de autoria de John Carlin, de que aqui transcrevo, com a devida vénia, algumas partes.
Diz o autor: «Depois de ter visto o Mundial de râguebi, o que me aconteceria se o 'disco duro da minha memória' se apagasse e começasse a ver futebol e râguebi pela primeira vez? Para qual dos dois me inclinaria?».
Mais à frente: «O râguebi não é um desporto para loucos. Nem para cobardes. Os jogadores de râguebi sangram, não fingem, e o respeito que têm para com os árbitros e para com os rivais contrasta fortemente com a cultura queixinhas nos campos de futebol. Quando os aficionados do râguebi, são o espelho dos jogadores: menos histéricos e mais generosos na hora de reconhecer os méritos dos adversários».
Chama a atenção de que a própria política não invade o râguebi do mesmo modo que em outros desportos. Exemplifica com o apoio dos ingleses aos Pumas da Argentina na meia-final, em pleno estádio londrino de Twickenham. «Alguém se lembrou das Falklands ou Malvinas?». Em suma - conclui - «provavelmente encantar-me-ia mais pelo râguebi, se tivesse começado do zero. Mas o futebol continua a ser o meu jogo favorito». E refere, curiosamente, uma vantagem sobre o râguebi: «É a de ser fisicamente mais democrático: os atletas baixos e levezinhos tem tantas ou mais possibilidades de triunfar que os grandalhões». E exemplifica com Messi e Maradona."
Bagão Félix, in A Bola
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