"Foi com esta frase surpreendente que o director de comunicação da FIFA, Walter De Gregorio, se dirigiu aos jornalistas na conferência de imprensa em que o organismo máximo do futebol mundial reagia à detenção, num hotel de luxo, em Zurique, de seis dos seus dirigentes, acusados de corrupção e de lavagem de dinheiro por uma investigação federal do governo norte-americano.
A notícia de que entre os dirigentes da FIFA já há catorze implicados causou estrondo em todo o mundo e, em especial, nos Estados Unidos, onde, curiosamente, o futebol está longe de ser um desporto com grande popularidade. Apesar deste terramoto, a FIFA decidiu manter a caricata reunião magna da prometida reeleição de Sepp Blatter para mais um mandato como presidente. Entretanto, o ambiente passou a ser de grande ansiedade, até porque a procuradora Kelly Currie anunciou que os resultados da investigação ainda estão no seu início.
Numa comprometedora afirmação oficial, De Gregorio também anunciou que a fonte inspiradora de toda a investigação tinha sido a própria FIFA, com base numa queixa formal feita em finais de 2014. Ora, tanto a procuradora americana, como o diretor do FBI, James B. Comey, anunciaram que esta investigação se reporta a um período de cerca de vinte anos e que começou há mais de três.
Ontem, o New York Times escrevia que a investigação se refere à FIFA nos mesmos termos em que se costuma referir à máfia e aos cartéis de droga. A pergunta legítima e incontornável que o mundo faz, neste momento, é: Blatter ainda pensa que tem condições para continuar a ser presidente da FIFA?"
Vítor Serpa, in A Bola
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