"Cada vez que vejo uma selecção nacional, descubro uma qualquer diferença no equipamento usado. A começar no futebol, em que se muda a uma velocidade elevada. Não apenas no alternativo que vai do preto ao branco e outras variedades, mas também no principal que inventa tons de vermelho e exuberantes adereços coloridos que mais parecem de um clube.
E, conforme o desporto, encontramos uma verdadeira salgalhada, sem qualquer preocupação de homogeneização. Há dias, a nossa selecção de hóquei em patins, além de exibir uma camisola mais grená que vermelha, teve um alternativo com camisola branca e calções azul celeste (por sinal bonito, quase ao estilo da bandeira monárquica). No atletismo, a dança entre o verde, o vermelho e o amarelo é constante entre provas e, inacreditavelmente, na mesma prova, entre atletas. Se olharmos para o futsal, râguebi, voleibol, andebol ou ciclismo podemos idealizar uma farta paleta de vermelhos, verdes e amarelos em combinações variadas de camisolas, calções e até meias. Uma fartura!
Por que razão não há uma orientação geral definida superiormente que evite esta descaracterização das representações nacionais? Custa assim tanto? Ou o merchandising é também aqui imperativo? Até se podem discutir as cores, que não têm necessariamente que coincidir com as bandeiras. Mas uma vez definidas, ponto final.
Aliás, lembro-me de belíssimos equipamentos que, ao longo de décadas, não mudam no essencial. Por exemplo, a laranja holandesa, a squadra azurra (nestes dois casos nem coincidem com as cores das bandeiras destes países), a mannschaft alemã, o equipamento inglês."
Bagão Féllix, in A Bola
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