"Se é verdade que o empate em Alvalade, nestas circunstâncias pontuais, não seria um mau resultado, a verdade é que fiquei desiludido. Este Sporting é muito limitado, não é, senão no discurso, candidato a nada neste campeonato e vive da qualidade e talento de um excelente treinador.
Marco Silva é a grande figura deste Sporting. O único que os sportinguistas respeitam e estimam. O Benfica foi a Alvalade fazer do Sporting uma equipa grande, mostrou respeito e reverência em demasia. Fica a sensação de que se aquela defesa leonina tivesse sido pressionada o Benfica ganharia com facilidade, sem retirar o muito mérito ao treinador leonino.
Bem sei que o empate conseguido desta forma cria um aspecto anímico muito melhor para o lado encarnado, mas de facto não dá os três pontos na luta contra o único rival que temos, o FC Porto.
Ao Benfica faltaram asas (nas alas) para voar para os três pontos em Alvalade. Ola John não é Gaitán e Salvio ainda não está Salvio, em tudo o resto esteve impecável. Seria para mim uma enorme surpresa, quase uma impossibilidade, ver este Sporting a pontuar no Dragão, mas adorava ser contrariado por uma realidade diferente.
Realidade, essa indesmentível, é que Jorge Jesus qualificou o Benfica para a sua 11.ª final na passada quarta-feira. No campeonato nacional só conhece o primeiro e o segundo lugar. Jorge Jesus não ganha sempre, e não ganha tudo, mas com ele o Benfica passou sempre a lutar por ganhar tudo. Quem está sempre no topo ganha muito mais vezes e com Jorge Jesus o Benfica esteve sempre no topo.
Faltam 14 jogos, seis fora e oito em casa para o objectivo do título e quatro pontos é pouco ou é muito em função da atitude e ambição com que esses jogos forem jogados. A forma como se festejou o golo em Alvalade faz acreditar numa equipa muito crente e direccionada nesse sonho de ser bicampeão."
Sílvio Cervan, in A Bola
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