"Um campeonato de medíocre qualidade está a tornar-se uma competição entusiasmante. Chega-se ao Natal com os três grandes empatados, o que, creio, nunca acontecera antes. Tudo isto com um Benfica muito abaixo da nota artística do ano passado e parecendo, muitas vezes, anestesiado por um qualquer efeito insondável, um Porto lento, sem imaginação e sem robustez que o vinha caracterizando, e um Sporting transfigurado, jovial e coeso como há meses não se pensaria possível, ainda que aquém do exagero mediático habitual nestas coisas do futebol.
Na última jornada, os leões jogaram pouco e empataram com um inteligente Nacional. No fim, o presidente do clube exprimiu a sua revolta contra a arbitragem e, como se tal não bastasse, atirou-se aos seus homólogos do Benfica e do Porto. E se me parece que tem razão para se sentir incomodado pelo golo anulado, não compreendo que não tivesse, igualmente, ido à sala de imprensa falar do penalty marcado fora do campo na semana anterior com o Belenenses ou do jogo com o SLB na 3.ª jornada. «A vergonha de ser do futebol» que referiu não deveria ter sentido único.
Infelizmente, este enviesamento - natural no simples adepto - é regra nos três clubes. O lamentável é sê-lo ao mais alto nível, com todos os efeitos em cascata dentro e fora de portas. Depois não se queixem das sequelas.
Começo a duvidar se haverá árbitros para a 2.ª volta. Proença e Benquerença, pelo Benfica, Capela, Duarte Gomes e agora Mota pelo Sporting, paixão pelo FCP (neste caso com a singularidade de já não encontrar o Porto desde Janeiro de 2012!) são ódios de estimação. Venham estrangeiros insuspeitos!"
Bagão Félix, in A Bola
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