"Este fim-de-semana a seco de futebol é péssimo para um Benfica que vinha jogando bem. Tanto pior quanto se trata de fim-de-semana com Taça de Portugal, e onde o adversário que jogará virá de escalão inferior. Jogar já para não apertar a agenda futura era muito melhor. Tenho sérias dúvidas nos resultados de paragens competitivas tão longas. Como exemplo os primeiros jogos pós Natal e Ano Novo são sempre de dificuldade acrescida.
Na próxima quarta-feira, se fosse treinador, poupava jogadores para o jogo de Alvalade. Com a Liga Europa assegurada falta ainda saber o desfecho do jogo de Glasgow. Jorge Jesus sabe que é no Campeonato que reside a ambição maior.
Mesmo com adversários a quem dá muito trabalho ter sorte, há condições para lutar pelo título.
Este FC Porto é mais colectivo, e joga muito melhor, que o outro, de um 'tolinho' a marrar contra defesas sem passar a bola a ninguém, mas este Benfica cria oportunidades de golo em série e dá prazer ver jogar futebol.
Esta equipa pode não ganhar, mas sabe jogar. Contra o Olhanense podiam ter sido seis, mas prefiro ver falhar golos do que não os ver criar.
Com um terço de Campeonato jogado, oito vitórias. Lembro que só senão foram dez, porque Soares Dias anulou um golo limpo na primeira jornada, e Xistra inventou dois penalties em Coimbra /era uma altura da época em que ainda os via). Seguimos em frente na esperança (pouca= que não seja sempre assim e na certeza de que vamos continuar a jogar bem e bonito.
Uma última palavra para Vítor Pereira, técnico portista que fustigado por perguntas de mau gosto sobre vencimentos e rankings de dinheiro, deu bela bofetada, com nível e categoria, para quem julga que na vida só o dinheiro conta ou só o dinheiro motiva. Numa sociedade com tantos a passar tão mal, só pode ser de mau gosto inventar atrito no ranking de privilegiados."
Sílvio Cervan, in A Bola
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