"Escrevo este texto poucas horas antes de começar o jogo entre o nosso Benfica e o Barcelona. Preparo-me para ver ao vivo um jogo entre o melhor Clube do mundo e a que dizem ser a melhor equipa do mundo.
Apesar da subjetividade inerente a este segundo pressuposto, a confiança dos adeptos benfiquistas é grande. Sabemos quais as probabilidades, conhecemos o favoritismo alheio, mas sabemos também que derrotado de véspera é apenas aquele que se recusa a comparecer no local combinado, para se encontrar com o destino na hora aprazada. Esta esperança é natural, faz parte da nossa forma de ser benfiquista. Olhamos com desconfiança para o adversário, mas com confiança para os nossos.
Além disso, sabemos que perante um jogo destes o conceito de que tudo pode acontecer é uma realidade. Muitos, tantos, profetizam (desejam!) um cataclismo benfiquista em tom apocalíptico e em forma de goleada. Outros sabem que, apesar de difícil, é possível ao Benfica evitar as proféticas desgraças. Eu sei que, independentemente do Céu ou Inferno resultantes do confronto, tudo recomeça horas depois, antevendo o próximo jogo, renovando as preocupações e alimentando a esperança. A batalha é hercúlea, do lado do adversário está o Messi, o Iniesta e o Xavi. Do nosso lado está o Aimar (o ídolo do Messi), o público, o benfiquismo, a chama imensa e um conjunto de atletas que já estão habituados a jogar contra vedetas internacionais como Pedro Proença e vedetas nacionais como Carlos Xistra.
Afinal de contas, o que é uma Europa de Platinis e Blatters perante um Portugal de Pereiras, Gomes e Pintos? Apenas uma versão ligeiramente amplificada das adversidades que combatemos diariamente, há três décadas, jogo a jogo, fazendo de cada jogo apenas mais um combate antes do próximo."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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