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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Ainda a seleção, com saída de leão


"Portugal vai à fase decisiva da Liga das Nações, em linha com o seu talento, mas não com o rendimento. Outra tivesse sido – e bem podia ter acontecido – a dimensão da derrota em Copenhaga e de nada valeria a chuva de golos em Alvalade, até porque surgiu tardiamente. Mais uma vez, o resultado final, com os números após prolongamento, foi muito melhor a exibição. Se não forem corrigidos erros recorrentes a desilusão estará ao fundo da rua e o selecionador na porta de saída.
E não, Rafael Leão não passou a ser “o” problema. Aliás, chega a ser incrível que um jogador tão louvado - e que tantos reclamavam a titular como condição necessária a que Portugal atingisse outro nível – surja agora como fator individual de insucesso. É certo que, aparentemente, Leão não muda, o que é uma pena, dados os argumentos incomuns de que dispõe. Mas tem sido igual com Roberto Martínez ao que foi com Fernando Santos (que por isso nunca fez dele titular absoluto) e mantém com Sérgio Conceição a mesma atitude que se lhe anotava com Paulo Fonseca (que por isso lhe prescreveu uma primeira cura de banco). Mas o problema maior é sempre tático, e na situação em concreto passa pela utilização de dois extremos que existem essencialmente para acelerar e cruzar, na intenção repetida de servir um ponta de lança solitário. Leão, Neto e Conceição (os três utilizados) nunca surgem a partir do corredor contrário para atacar finalizações, e mesmo Bruno Fernandes, o médio mais ofensivo, finaliza muito mais à entrada da área que no interior dela, como segundo avançado. A opção seria errada mesmo com o melhor Cristiano Ronaldo, embora esse disfarçasse muita coisa. Hoje já não disfarça, nem as suas próprias limitações, nem, por maioria de razões, as do coletivo.
E o mesmo se aplica quanto ao ataque à profundidade – o espaço nas costas da linha defensiva rival - que qualquer equipa com ambição tem de manter como ameaça latente em cada momento de um jogo. Ou seja, o adversário nunca fica confortável ao subir linhas porque sabe que alguém atacará facilmente esse espaço (pense-se, como exemplo próximo, em Gyokeres, embora Pavlidis e Samu também possam ilustrar a questão, ou alguns dos que os rodeiam no ataque dos três grandes, como Trincão, Bruma ou Pepê). No caso da seleção portuguesa, Ronaldo já não ataca o espaço como antigamente e mais ninguém o faz a partir do corredor central ou em diagonais de fora para dentro. A equipa surge-nos recorrentemente como se às voltas num labirinto. Por isso foi diferente o jogo quando Trincão, Diogo Jota e Gonçalo Ramos estiveram juntos em campo e não apenas por haver (e havia) mais espaço. É que passou a haver também, e em simultâneo, um extremo a ligar jogo por dentro e como qualidade para definir perto da baliza, um avançado de toda a largura e especialista sair do corredor para surgir como segundo avançado, e um ponta de lança que já atingiu a maturidade e que atinge eficácia tanto nos movimentos de apoio a quem vem de trás como no ataque certeiro a zonas d finalização. Roberto Martínez afirma que o jogo não mudou no prolongamento. Mas mudou, para melhor e essencialmente no momento ofensivo, nada que tenha a ver com a patranha vazia dos duelos, da agressividade ou da intensidade. Aliás, que sentido faz valorizar tanto a reação à perda ou a recuperação de bola numa das seleções mais bem apetrechadas para não perder a bola e desgastar os adversários no esforço de recuperação. Aliás, apostar num meio-campo para jogar, com Vitinha e João Neves ou Vitinha e Bernardo, só faz mesmo sentido se for para construir a identidade a partir do momento com bola. Para fazer o contrário há outros jogadores. E em quase todas as seleções do mundo."

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