terça-feira, 23 de abril de 2019

Alzheimer (II)

"Os Cartilheiros muito empenhados em repetir ate à exaustão a mentira e manipulação. Nada que surpreenda. Táctica bem conhecida e usada nestes últimos 2 anos, para diferentes efeitos, os métodos de sempre.
Mas numa coisa tem razão o aspirante e moço de recados do porta-voz do crime organizado, Paulo Baldaia, mais conhecido como CartilheiroAsul. Diga-se, aliás, que reúne três grandes valências para a substituição no cargo: Ser pau-mandado, envergonhar a classe jornalística e absolutamente desonesto.
Mas vamos aos fatos. Petit bateu recordes negativos...no jogo do Dragão. A equipa madeirense não fez um único remate e sofreu outro recorde negativo: 25 remates permitidos ao adversário dentro da grande área.
Ai certamente não foi facilitismo. Foi a força do Dragão. A mesma que faz com que tenham mais 10 pontos do que aquilo que devia. #portoaocolo
Outras curiosidades:
Marítimo Vs Porto – 6 remates e 24 faltas
Marítimo Vs SL Benfica – 7 remates e 36 faltas
Continuaremos como sempre a desmascarar a mentira."

Cuidado com o Panda

"É impressão minha ou estamos a abusar um bocadinho na história do Canal Panda?
Já se percebeu a mensagem.
Que existem mais coisas para lá do futebol.
Sou um acérrimo defensor disso mesmo.
Atenção, deixem-me que vos diga o seguinte.
Eu gosto do discurso de Bruno Lage.
Gosto muito, devo acrescentar.
Gosto da forma simples como fala de futebol.
Da lufada de ar fresco que trouxe.
E dos paralelismos que usa com o quotidiano da vida.
Mas é preciso cuidado.
Porque os mesmos que acham graça hoje.
Amanhã cansam-se.
Não foi assim há muito tempo.
Lembram-se do pai de família e homem honrado que treinava o Benfica?
Quando deixou de ganhar tantas vezes ninguém quis saber disso, pois não?
E até já se “gozava” com esse factor.
E o que queriam era um treinador, porque homens honrados também nós somos e tal.
Tenho este defeito.
Ter muito boa memória para coisas que aconteceram há 4 meses.
O Panda e os Super Wings arriscam-se a ir pelo mesmo diapasão.
Discutir um campeonato, como ainda ontem fez, com 4 ou 5 miúdos da formação é incrível.
Para não dizer inédito.
Com um ou dois ainda comprava a ideia.
Com 4 ou 5 não.
Mas a verdade é que os bebés de Bruno Lage vão dando conta do recado.
E se passarem em Braga ficam a 3 jogos de tirarem as fraldas.
Se quer ser treinador de várias épocas no Benfica.
E não de meia, em que esteve quase a ganhar tudo.
É preciso usar algo que também se usa muito com bebés, quando vamos passear.
Um termo.
Ou neste caso.
Meio termo."

Maré Vermelha

"Mais uma final ganha, mais uma etapa cumprida, mais um passo a aproximar-nos da Reconquista! A vitória frente ao Marítimo teve o brilho das grandes noites: exibição de gala, chuva de golos e uma sintonia perfeita entre o relvado e os mais de 52 mil que estiveram nas bancadas (numa 2.ª feira à noite). Jogo perfeito!
Os números da produção ofensiva do Benfica em 2018/19 estão a atingir um patamar raro. É preciso recuar mais de 50 anos (!) para se encontrar uma temporada em que o Benfica tenha ultrapassado os 124 golos que já leva actualmente. Nessa altura, em 1964/65, a equipa de Elek Schwartz completou a época com 157 golos. Era o tempo do Rei Eusébio e de príncipes como Mário Coluna, José Augusto, José Torres e António Simões.
Daí para cá, o melhor registo foi em 2009/10 (estreia de Jorge Jesus), que terminou com os mesmos 124 golos que o Benfica já soma neste momento, mas tendo ainda 4 jornadas por realizar. Se contarmos apenas os jogos do campeonato, os números actuais são igualmente extraordinários: 87 golos já apontados! No novo milénio, apenas por uma vez se fez melhor – 88 em 2015/16, a primeira temporada com Rui Vitória.
Neste caso, para encontrar um número mais alto é preciso recuar a 1975/76, quando o Benfica, então treinado por Mário Wilson, terminou a prova com 94 golos. Três anos antes (1972/73), com Jimmy Hagan, foi a última vez que se ultrapassou a centena de golos: 101.
O registo ofensivo desde a chegada de Bruno Lage (16.ª jornada, a 6 de Janeiro) está ao nível do melhor que o Benfica tem na sua história: 56 golos em 15 jogos, o que dá uma média de 3,73 por jogo. O valor mais alto no futebol europeu em 2019.
Um percurso fantástico com o actual treinador (15 jogos, 14 vitórias e 1 empate), mas que ainda não garante aquilo que é o mais importante. Sabemos que estamos a 4 finais do objectivo e que só lá chegaremos se continuarmos a mostrar a competência e a qualidade que nos trouxeram até aqui.
O jogo de Braga, no próximo domingo, exige o mesmo Benfica que tivemos no Dragão, em Alvalade, em Guimarães, em Moreira de Cónegos, na Vila das Aves, nos Açores ou em Santa Maria da Feira: comprometido, alegre, rigoroso, forte e determinado!
A onda vermelha estará no Minho e será fundamental para esta penúltima final fora do Estádio da Luz. Faltam 360 minutos!

PS: A afirmação internacional do Benfica continua a fazer-se ao mais alto nível. É hoje oficializada, no Museu Cosme Damião, a constituição da ISMA (Associação Internacional dos Museus Desportivos), com o Presidente Luís Filipe Vieira a marcar presença na cerimónia e a receber os representantes de alguns dos mais importantes clubes mundiais. O dia fica ainda marcado, a outro nível, pelo encontro anual com os parceiros comerciais do Benfica, num convívio que anima o dia no Caixa Futebol Campus. Um sinal claro – mais um – da vitalidade do clube."

Lixívia 30

Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 75 (-7) = 82
Corruptos.. 75 (+27) = 48
Sporting... 67 (+21) = 46

A jornada começou com mais uma viagem do Xistra à Madeira!!! A quantidade de jogos apitados pelo Xistra na Madeira, em jogos dos Corruptos ou dos Lagartos é completamente absurda...!!!
Absurdo explicado, logo nos primeiros minutos, quando o Acuña devia ter sido expulso, num pisão evidente, que nem o Xistra e nem o VAR Rui Costa, 'viram'!!!
O jogo foi decorrendo com uma quantidade também absurda de contra-ataques do Sporting, iniciados em faltas não assinaladas... Inclusive, na jogada que 'começou' com o Acuña a fazer penalty: o argentino, primeiro empurrou, e depois 'fingiu' estar interessado em cabecear a bola... (só por acaso os Lagartos não marcaram no contra-ataque)!!!
O golo dos Lagartos também é engraçado: não posso garantir que estava fora-de-jogo, porque a câmara não está alinhada, nem houve 'linhas virtuais', mas não deixa de ser engraçado que o lance seja algo parecido com o golo anulado ao Feirense no jogo contra o Benfica... Com uma diferença: neste não houve polémica!!!

Com a 'ressaca' da Champions, tivemos nomeações absolutamente vergonhosas para o jogo dos Corruptos:
Ironicamente, não houve grandes Casos... os golos anulados ao Santa Clara foram bem anulados; o golo dos Corruptos foi legal (raridade!!!) e não houve os habituais Vermelhos perdoados aos Corruptos!!!
Mesmo assim, o apito inclinou o campo, sempre que pode: o pé alto do Filipe (seria Amarelo) nem falta foi...; o outro exemplo da 'tendência' foi a última jogada do desafio, onde devia ter sido assinalado uma falta 'perigosa' a favor do Santa Clara e nada foi marcado, mandando todos para o balneário... não fosse o 'canto curto' dar golo!!!

Na Luz, mais uma vergonhosa actuação do Godinho... Valeu rigorosamente tudo: várias agressões passaram em limpo a maior parte sem Amarelos: tanto o Banza como o Fabrício tinham que ver Vermelhos directos...
O Seferovic ainda levou um murro na cara dentro da área... mas pareceu-me involuntário, um 'choque'!!!
No golo bem anulado ao Marítimo... destaco o facto da jogada ter começado com um fora-de-jogo inacreditavelmente não assinalado!!!


Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar
2.ª-Boavista(f), V(0-2), Mota(Malheiro), Nada a assinalar
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho(Sousa), Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
4.ª-Nacional(f), V(0-4), Veríssimo(Xistra), Prejudicados, Beneficiados, (0-7), Sem influência no resultado
5.ª-Aves(c), V(2-0), Rui Costa(Paixão), Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), E(2-2), Capela(Esteves), Prejudicados, (1-3), (-2 pontos)
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Veríssimo(Sousa), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), D(2-0), Soares Dias (V. Ferreira), Prejudicados, (1-0), Impossível contabilizar
9.ª-Moreirense(c), D(1-3), Almeida(Esteves), Prejudicados, (3-3), (-1 ponto)
10.ª-Tondela(f), V(1-3), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
11.ª-Feirense(c), V(4-0), Rui Costa(Mota), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(f), V(0-1), Xistra(Sousa), Prejudicados, (0-2), Sem influência no resultado
13.ª-Marítimo(f), V(0-1), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), V(6-2), Soares Dias(Esteves), Prejudicados, (7-2), Sem influência no resultado
15.ª-Portimonense(f), D(2-0), Mota(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Godinho(Sousa), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
17.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Capela(Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
18.ª-Guimarães(f), V(0-1), Martins(Vasco Santos), Prejudicados, Sem influência no resultado
19.ª-Boavista(c), V(5-1), Rui Costa(Esteves), Prejudicados, (6-1), Sem influência no resultado
20.ª-Sporting(f), V(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Nacional(c), V(10-0), Almeida(Pinto), Nada a assinalar
22.ª-Aves(f), V(0-3), Miguel(V. Ferreira), Nada a assinalar
23.ª-Chaves(c), V(4-0), Mota(Esteves), Prejudicados, (6-0), Sem influência no resultado
24.ª-Corruptos(f), V(1-2), Sousa(Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Belenenses(c), E(2-2), Capela(Malheiro), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
26.ª-Moreirense(f), V(0-4), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Sem influência no resultado
27.ª-Tondela(c), V(1-0), Xistra(Malheiro), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
28.ª-Feirense(f), V(1-4), Pinheiro(Paixão), Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
29.ª-Setúbal(c), V(4-2), Rui Costa(V. Santos), Prejudicados, (5-1), Sem influência no resultado
30.ª-Marítimo(c), V(6-0), Godinho(Esteves), Prejudicados, Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Belenenses(f), V(2-3), Xistra(Capela), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(c), D(2-3), Veríssimo(Paixão), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Setúbal(f), V(0-2), Manuel Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
6.ª-Tondela(c), V(1-0), Godinho(Malheiro), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Veríssimo(Sousa), Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Feirense(c), V(2-0), Rui Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Marítimo(f), V(0-2), Xistra(Sousa), Beneficiados, Sem influência no resultado
10.ª-Braga(c), V(1-0), Soares Dias(L. Ferreira), Beneficiados, (+2 pontos)
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Hugo Miguel(Veríssimo), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
12.ª-Portimonense(c), V(4-1), Mota(Pinheiro), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
13.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Godinho(Esteves), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
14.ª-Rio Ave(c), V(2-1), Martins(Malheiro), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Aves(f), V(0-1), Pinheiro(Soares), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
16.ª-Nacional(c), V(3-1), Rui Costa(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
17.ª-Sporting(f), E(0-0), Miguel(Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar
18.ª-Chaves(f), V(1-4), Almeida(Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Belenenses(c), V(3-0), Godinho(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
20.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
21.ª-Moreirense(f), E(1-1), Sousa(L. Ferreira), Beneficiados, (2-0), (+ 1 ponto)
22.ª-Setúbal(c), V(2-0), Almeida(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
23.ª-Tondela(f), V(0-3), Godinho(Xistra), Nada a assinalar
24.ª-Benfica(c), D(1-2), Sousa(Martins), Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Feirense(f), V(1-2), Soares Dias(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
26.ª-Marítimo(c), V(3-0), Capela(Esteves), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
27.ª-Braga(f), V(2-3), Sousa(Nobre), Beneficiados, (3-2), (+3 pontos)
28.ª-Boavista(c), V(2-0), Rui Costa(Esteves), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
29.ª-Portimonense(f), V(0-3), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (0-2), Sem influência de contabilizar
30.ª-Santa Clara(c), V(1-0), M. Oliveira(L. Ferreira), Nada a assinalar
Sporting
1.ª-Moreirense(f), V(1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(2-1), Manuel Oliveira(L. Ferreira), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Godinho(Sousa), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
4.ª-Feirense(c), V(1-0), Rui Oliveira(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+ 2 pontos)
5.ª-Braga(f), D(1-0), Soares Dias(Veríssimo), Beneficiados, Sem influência no resultado
6.ª-Marítimo(c), V(2-0), Almeida(Sousa), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
7.ª-Portimonense(f), D(4-2), Miguel(L. Ferreira), Nada a assinalar
8.ª-Boavista(c), V(3-0), Xistra(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota(V. Ferreira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
10.ª-Chaves(c), V(2-1), Martins(M. Oliveira), Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Xistra(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
12.ª-Aves(c), V(4-1), V. Ferreira(L. Ferreira), Beneficiados, (4-3), Impossível contabilizar
13.ª-Nacional(c), V(5-2), Veríssimo(Miguel), Beneficiados, Prejudicados, (3-2), Impossível contabilizar
14.ª-Guimarães(f), D(1-0), Godinho(Sousa), Nada a assinalar
15.ª-Belenenses(c), V(2-1), Capela(Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
16.ª-Tondela(f), D(2-1), Almeida(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
17.ª-Corruptos(c), E(0-0), Miguel(Martins), Beneficiados, Impossível de contabilizar
18.ª-Moreirense(c), V(2-1), Rui Costa(Capela), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
19.ª-Setúbal(f), E(1-1), Malheiro(V. Santos), Nada a assinalar
20.ª-Benfica(c), D(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Beneficiados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Feirense(f), V(1-3), Mota(Esteves), Prejudicados, Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
22.ª-Braga(c), V(3-0), Sousa(Martins), Prejudicados, Sem influência no resultado
23.ª-Marítimo(f), E(0-0), Martins(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
24.ª-Portimonense(c), V(3-1), Capela(Esteves), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
25.ª-Boavista(f), V(1-2), Pinheiro(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
26.ª-Santa Clara(c), V(1-0), M. Oliveira(L. Ferreira), Nada a assinalar
27.ª-Chaves(f), V(1-3), Mota(V. Santos), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
28.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Godinho(V. Santos), Nada a assinalar
29.ª-Aves(f), V(1-3), Soares Dias(Capela), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
30.ª-Nacional(f), V(0-1), Xistra(Rui Costa), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)

Anexo(II):
Benfica:
Pinheiro: 4 + 2 = 6
Sousa: 1 + 5 = 6
Esteves: 0 + 6 = 6
Rui Costa: 4 + 1 = 5
Mota: 3 + 1 = 4
Soares Dias: 3 + 0 = 3
Almeida: 3 + 0 = 3
Capela: 3 + 0 = 3
Godinho: 3 + 0 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Nobre: 0 + 3 = 3
Malheiro: 0 + 3 = 3
Martins: 1 + 1 = 2
V. Ferreira: 0 + 2 = 2
Paixão: 0 + 2 = 2
V. Santos: 0 + 2 = 2
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Miguel: 1 + 0 = 1
Pinto: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Godinho: 4 + 2 = 6
Sousa: 3 + 2 = 5
V. Santos: 0 + 5 = 5
L. Ferreira: 0 + 5 = 5
Veríssimo: 3 + 1 = 4
Esteves: 0 + 4 = 4
Almeida: 3 + 0 = 3
Rui Costa: 3 + 0 = 3
Capela: 2 + 1 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
Miguel: 2 + 0 = 2
Soares Dias: 2 + 0 = 2
M. Oliveira: 2 + 0 = 2
Martins: 1 + 1 = 2
Mota: 1 + 0 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
Pinheiro: 0 + 1 = 1
Nobre: 0 + 1 = 1

Sporting:
Martins: 3 + 2 = 5
Sousa: 1 + 4 = 5
L. Ferreira0 + 5 = 5
Miguel: 2 + 2 = 4
Soares Dias: 3 + 0 = 3
Godinho: 3 + 0 = 3
Mota: 3 + 0 = 3
Xistra: 3 + 0 = 3
Pinheiro: 2 + 1 = 3
Capela: 1 + 2 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
V. Santos: 0 + 3 = 3
Esteves: 0 + 3 = 3
M. Oliveira: 2 + 1 = 3
Almeida: 2 + 0 = 2
V. Ferreira: 1 + 1 = 2
Veríssimo: 1 + 1 = 2
Rui Costa: 1 + 1 = 2
Épocas anteriores:

Foguetes de fogo-fátuo

"O primeiro jogo do Benfica na Alemanha para as taças europeias teve lugar em Nuremberga. A temperatura desceu aos 8 graus negativos. O campo cobriu-se de neve. Os alemães ficaram eufóricos com a vitória do seu campeão 3-1. Em Lisboa, foi desmembrado sem piedade e perdeu por 6-0.

Nuremberga: eis uma cidade imponente. Tem aquela faceta sinistra mas com muito de fascinante de ser o local dos grandes comícios do Partido Nacional Socialista de Adolf Hitler. E, por causa disso, escolhido pelos Aliados para sede dos que ficaram precisamente conhecidos por Julgamentos de Nuremberga.
A norte fica a Knoblauchland: A Terra do Alho. Mas este pormenor vem só por chiste.
Sabem qual é uma das alcunhas de FC Nuremberga? 'Die Ruhmreiche': O Glorioso. Malhas que a coincidência tece.
Em 1961, o Nuremberga foi campeão da Alemanha. Era uma equipa forte. Logo no ano seguinte falhou a repetição do título por um triz. Mas venceu a Taça.
Tinha jogadores fisicamente potentes e tecnicamente interessantes, como Flafheneker e Morlock, Wenauer e Strehl.
Nos quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus de 1961-62 caíram no caminho do Benfica. Primeiro jogo na Alemanha.
O Benfica nunca tinha jogado na Alemanha.
Estavam 4 graus negativos no dia 1 de Fevereiro de 1962.
O campo duro, gelado, coberto de neve. E, no entanto, o público arrostou o clima desgraçado. Quase 50 mil pessoas encheram as bancadas por completo.
O nome do Benfica atraía multidões. Era um caso raro de popularidade mundial. Com as suas estrelas vestidas de vermelho cintilante sobre a brancura da neve: Águas, Coluna; Simões, Germano, Coluna...
Mas Eusébio não estava lá.

Um golpe duro no final
As águias patinavam no rectângulo gelado.
Desde o primeiro minuto que a desvantagem foi notória. Costa Pereira teve de arregaçar as mangas. Enfim, é uma força de expressão: alguém arregaçava mangas com um frio daqueles?
Cruz impõe-se na defesa. Não tem medo da envergadura física dos adversários. O Cruz era assim. Não quebrava nem torcia. Era de uma valentia impressionante.
De súbito, a classe do Benfica fez a diferença. Cavém surge solto junto da entrada da grande área de Wabra, chutou com violência. O guarda-redes germânico defende à primeira mas a bola fica a jeito da recarga. Estavam decorridos apenas 9 minutos: tudo parecia fácil para o campeão da Europa.
Engano terrível!
O Nuremberga avança as suas linhas como um exército treinado para uma batalha decisiva.
O jogo começa a disputar-se no meio-campo dos lisboetas.
Pouco antes da meia hora, Flafheneker remata com uma convicção que casou por conveniência alemã com a convicção de Costa Pereira. O avançado estava convicto do golo; o keeper convicto de que a bola iria para fora. Fiou-se no golpe de vista, diriam os comentadores radialistas. Era o empate.
E Muller faria o 2-1 poucos minutos depois.
As coisas complicavam-se.
Mas os encarnados reagem com firmeza. Durante longos minutos os golpes e contra golpes sucederam-se com um denodo apreciável. Simões estava endemoninhado, criava problemas em série aos defesas alemães, mas a defesa benfiquista cometia, por seu lado, erros pouco habituais.
O público aquecia à medida que a temperatura descia de forma vertiginosa. Chegou aos 8 graus negativos.
Não se pode dizer que, na perspectiva dos portugueses, o resultado fosse mau. O Inferno da Luz estava habituado a reduzir campeões à vulgaridade.
Mas, a cinco minutos do fim, num movimento rápido, Flafheneker ganha espaço para o pontapé, e a bola passa por debaixo do corpo de Costa Pereira. A diferença de dois golos complicava o assunto. Numa euforia desmedida, o Nuremberga Zeitung escrevia: 'O Nuremberga deu uma lição de futebol ao Benfica. Varreu virtualmente do campo os portugueses e criou, assim, uma excelente posição de partida para o jogo de Lisboa. A actuação dos seus jogadores foi tremenda!'
Não costumam ser os alemães gente dada a euforias desbragadas. Nem tinham razão para isso.
Quinze dias depois, no Estádio da Luz, o campeão alemão foi desmembrado sem piedade: 6-0 para o Benfica.
Os campeões encarnados eram feitos de uma fibra sem igual."

Afonso de Melo, in O Benfica

Um senhor dentro e fora das quatro linhas

"O comportamento de Shéu foi sempre pautado por uma enorme cordialidade

O futebol, por ser um desporto de emoções à flor da pele, muitas vezes 'puxa' o lado irracional de quem o pratica, por vivê-lo ao limite e querer dele desfrutar ao máximo. Esta frase daria para descrever Shéu, que viveu e desfrutou de todas as emoções que o futebol pode proporcionar. Contudo, a palavra irracional não se adequa. Apesar de ter alinhado numa posição em que há bastante contacto físico, o médio evitava essas situações com a sua qualidade técnica, elegância e invulgar visão de jogo. Notabilizou-se, ainda, pelas boas maneiras e desportivismo.
Passou a infância em Inhassoro, contudo, por forma a prosseguir os estudos, teve de se que iniciou a carreira no futebol, no Sport Lisboa e Beira. Bastaram 'uma ou duas temporadas' para surgir o interesse do Sport Lisboa e Benfica. As duas equipas chegaram a acordo, e para o selar faltava a assinatura do pai do jogador. Este constitui o grande entrave, por desconhecer sequer que o filho jogava futebol. Para agravar a situação, 'o dirigente que o acompanhava teve a feliz ideia de falar nas verbas'. O pai olhou para Shéu de alto a baixo e disse 'não vendo o meu filho a ninguém! Se é uma questão de verbas, compro-o eu!'. O jogador insistiu e conseguiu o seu consentimento.
Em 1970, chegou a Lisboa para representar os 'encarnados'. No ano seguinte, fez parte da equipa de juvenis que venceu o Torneio Internacional, organizado pelo Cagliari, sendo um dos melhores jogadores da competição.
O potencial que demonstrou nos escalões de formação e as boas exibições levaram a que, a 15 de Outubro de 1972, com apenas 19 anos, se estreasse pela equipa de honra. Na época 1975/76, Shéu assumiu-se, finalmente, como titular indiscutível e sagrou-se campeão nacional. A sua influência no futebol 'encarnado' manteve-se por mais de uma década.
Jogador de processos simples e rápidos, tornou-se o 'cérebro' da equipa. Com uma visão de jogo excepcional, encontrava sempre a melhor opção, com vários passes para golo. A sua prestação na final da Taça de Portugal 1980/81 corroborou em pleno com a afirmação, ao fazer as assistências para o hat-trick de Nené. A imprensa ficou deliciada 'em «pantufas», como sempre. Mas de uma eficiência, largueza de vistas, sentido de posição e colocação que o põem no âmbito dessa sua missão específica de «trinco», entre os melhores do futebol europeu'.
Shéu realizou uma carreira sublime, recheada de títulos, todos ao serviço do Benfica, o único clube que representou enquanto sénior. 'Pendurou as chuteiras' em 1989, todavia, ainda hoje permanece 'a dar ao Benfica aquilo que sempre deu: honestidade, sacrifício, amor, carinho e dedicação'.
Saiba mais sobre este esplêndido jogador na área 23 - Inesquecíveis do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Cadomblé do Vata

"1. Terminamos o campeonato com score de 21-0 contra equipas madeirenses... por muito menos, as colónias africanas pediram a independência.
2. João Félix, Ferro e Florentino são neste momento, os melhores jogadores do SLB... Vítor Oliveira é o Rei da II Liga, mas bem pode agradecer a vitória deste ano às lesões do Jonas, Jardel e Fejsa.
3. Sou um tipo altamente nostálgico mas não tinha saudades nenhumas deste Seferovic... acho que ele nem na bancada acertou, quando no final do jogo foi chamado a oferecer bolas aos adeptos.
4. Ao contrário do que muitos Benfiquistas dizem, acho justas as críticas dos adeptos azul esverdeadoa à exibição maritimista... é preciso ver que estamos a falar de dois clubes que este ano ganharam um grande empate contra nós, em 4 jogos.
5. Gosto do Lage porque recuperou o SL Benfica neste campeonato, mas hoje desiludiu-me... porra Bruno, quando poupas o Rúben com 5-0 no marcador, era Taarabt a central, homem..."

A equipa nascida do Canal Panda cujas situações de superioridade numérica parecem saídas de uma tag do Pornhub

"Vlachodimos
É um preciosismo, mas não passou despercebido. A bola sobrevoa a área do Benfica e passa por cima da trave. Luís Costa Branco, refere uma bola que "parecia controlada". Seria apenas um detalhe em qualquer outro guarda-redes, mas não neste grego causador de stress pós-traumático. Em Vlachodimos a bola nunca está verdadeiramente controlada até se manter absolutamente imóvel nos seus braços, ou longe dele, de preferência fora do relvado. Ontem enfrentou um adversário que optou por não expor os nossos níveis de ansiedade.

André Almeida
O problema da maioria das alternativas políticas é que, mais do que um programa, falta-lhes uma ideia clara para o país. O que pensa verdadeiramente o Aliança? E o Chega? E o Basta? E o Agora a sério, Pára? O eleitor e o sócio não são assim tão diferentes: ambos procuram uma deliberação consequente com relativo grau de autenticidade que todos possamos compreender e tornar nossa. O cada vez mais capitão André Almeida tem duas ideias claríssimas para o país em questão: em caso de dúvida, rematar; em caso de certeza, cruzar. Ontem não marcou mas voltou a assistir por duas vezes, confirmando o seu estatuto de líder europeu. Não é afinal isso que queremos para o país? Tens o meu voto, André.

Rúben Dias
Exibição segura e acima de tudo sem amarelos que o impedissem de jogar em Braga. No final do jogo foi ter com Rene Santos e pediu-lhe a camisola, talvez por nele ter reconhecido os traços rebeldes de um jovem Ruben Dias, aquele que acertava em tudo o que mexia indiferente às consequências dos seus actos. Desejou a Rene as maiores felicidades e meia dúzia de expulsões que o coloquem no caminho dos justos.

Grimaldo
A reedição da dupla com Cervi augurava o pior, mas Grimaldo soube passar por entre os pingos de suor do colega argentino durante boa parte do jogo e ajudar a equipa a avolumar o seu domínio. Foi dos primeiros a abraçar Cervi nos dois golos, mas em vez de lhe dar os parabéns perguntou o mesmo que nós: onde é que andaste este tempo todo? precisei de ti. A merecida assistência para golo surgiria pouco depois com um cruzamento tão perfeitinho para o espaço entre os dois cadáveres do centro da defesa maritimista, onde Salvio aguardava entre stories do Instagram.

Ferro
As suas exibições não são bem futebol. Aliás, se eu quiser ser sério, direi que as apreciações a Ferro talvez devessem ser feitas por alguém da secção de cultura do Expresso e talvez as suas exibições pudessem ser transmitidas na sala M. Félix Ribeiro, a maior da Cinemateca Portuguesa. É verdade que só caberiam 227 adeptos e mais alguns nas escadas, mas imaginem a maravilha que seria ter aquelas poucas com a luzinha do telemóvel acesa numa sala escura.

Florentino
A história é contada num texto notável escrito em 2016 por Claudio Ranieri, que à data guiava o Leicester rumo a um título inédito. O treinador italiano recordava que a energia de N'Golo Kanté na recuperação da bola o obrigou a recomendar contenção. "Abranda, N'Golo. Abranda. Não corras sempre atrás da bola, ok?" O centrocampista francês desobedeceu e hoje é um dos melhores do mundo na sua posição. É, aos poucos, o caso de Florentino Luis, um miúdo formidável que inexplicavelmente ainda divide a primeira página de resultados do Google com uma pizzeria homónima na Rua do Sacramento a Alcântara. Pode não ter os golos ou as assistências de João Félix, e talvez não tenha a graciosidade de um Ferro na salvaguarda dos nossos interesses, mas persegue a bola como se a sua vida dependesse disso e chega quase sempre primeiro. Não há um desarme seu nesta fase da temporada que não nos aproxime uns centímetros de uma daquelas noites de Maio como só nós sabemos.

Samaris
As muitas vidas do Benfica esta época têm em Samaris um dos seus expoentes máximos. Já foi proscrito, suplente mal utilizado, alternativa de respeito, e finalmente titular indiscutível. Pelo caminho fomos esquecendo a pobre imagem que fomos guardando e agora só falta mesmo a renovação, presa por detalhes. Ao que parece, o grego exige a criação de um clube de leitura no balneário e quer começar com um romance de Agustina Bessa Luís.

Pizzi
Foi dele que nasceu grande parte da dinâmica ofensiva de uma equipa nascida no Canal Panda cujas situações de superioridade numérica mais pareceram saídas de uma categoria menos visitada do Pornhub.

Cervi
Sacana do anão calou-nos bem caladinhos. Já tínhamos saudades, Franco. Por muito que me custe, esta activação da Servilusa em forma de futebolista fez dois golos que legitimam o ímpeto de reabilitador social demonstrado por Bruno Lage, mesmo que às vezes o nosso mister irrite um bocadinho com essas justificações.

Seferovic
Por algum motivo o homem não marca penaltis. Desta vez teve uma bola à sua mercê a 5 metros da baliza e nem assim conseguiu marcar, isto depois de ter sido assistido uma dúzia de vezes em boas condições. A única explicação razoável que encontro é Seferovic ter percebido que vinha aí mais um 10-0 e que esse resultado poderia levar adeptos insensatos como eu a reativerem o site da igreja lageana. Se foi esse o motivo para não termos ganho 15-0, então aceito e agradeço por ter-me ajudado a manter os pés na terra.

João Félix
Precisamos de mais 2 épocas deste miúdo genial - deste e dos outros - para ver tudo o que eles serão capazes de fazer ao serviço do Benfica. Quando o dia finalmente chegar e a SAD tiver que libertar o jogador, proponho que o faça em formato reality show, estreando "Quem quer casar com o João Félix?". Não sei se é assim que funciona este programa, mas imaginem uma casa e meia dúzia de concorrentes sedentos do futebol de João Félix. Andrea A., Florentino P. e Enrique C., entre outras concubinas do futebol europeu, declarariam o seu amor livre de impostos ao prodígio recém-sagrado campeão europeu pelo Benfica. Fica a sugestão.

Jonas
Aquele abraço a Bruno Lage foi bonito, em especial porque foi inesperado e pleno de incredulidade. Jamais aqueles dois imaginaram estar um dia juntos fora do relvado a celebrar um belíssimo golo de Franco Cervi. Jonas já não é exactamente futebolista, mas ainda não é bem adepto e não sabe como celebrar fora do relvado. Bruno Lage só recentemente se habituou a conviver de perto com ídolos da estirpe de um Jonas. Mas assim foi, dois homens, plenamente impreparados para um momento de genuína felicidade, a tentarem viver um momento com os que têm por perto. No fundo sou eu depois de beber. Temos todos mais quatro jogos para continuar a treinar.

Salvio
O cabeceamento de Salvio para quem ficou até ao fim foi um justo prémio para os verdadeiros que ficaram até ao final. No próximo jogo em cada teremos um golo de pontapé de bicicleta de Taarabt seguido de uma actuação dos amor electro. Não percam. P.S. - um abraço ao adepto do Benfica que ontem nas redes sociais desabafou ter ficado até ao final para só depois regressar a Valença do Minho. Apeteceu-me dar-lhe um abraço.

Taarbat
Foi suplente utilizado, mas já não há aquela emoção das primeiras vezes, só a certeza de que o clube cumpriu a sua vocação de solidariedade social."

SL Benfica - CS Marítimo

"Mais uma goleada. Benfica entrou bem com um golaço na sequência de um canto. O Marítimo não abdicou da defesa sólida, permitindo que o Benfica controlasse o jogo quase todo. O Marítimo acabou por ter apenas duas oportunidades num contra-ataque e num canto, ambas na primeira parte. A partir do terceiro, o Marítimo foi-se abaixo, o Benfica não deixou de atacar, cada vez com mais confiança e os golos foram-se sucedendo. Umas notas sobre o jogo.
1. João Félix. Mais dois golos para inglês (italiano, espanhol, alemão e francês) ver. Primeiro na sequência de um canto rasteiro de Pizzi em que de primeira fuzila o guarda-redes. E depois outro num cruzamento de André Almeida, volta a rematar de primeira sem que a bola tocasse no chão. A capacidade de remate com qualquer um dos pés é extraordinária. Ainda fez uma assistência antes de ser substituído para a merecida ovação.
2. Pizzi. Um jogaço do Pizzi. Muito solto outra vez. A aparecer um pouco por todo o lado. O que não é propriamente uma novidade, mas neste caso o Pizzi fez mais diferença do que o costume. Acaba o jogo com uma assistência e um golo. Esta exibição deixa algumas expectativas para o jogo em Braga.
3. Haris Seferovic. Não foi o melhor dia. Teve cinco boas oportunidades de golo, mas nunca marcou. Acontece aos melhores. É importante não nos esquecermos que nos salvou várias vezes nos últimos dias.
4. Franco Cervi. Passou um pouco ao lado do jogo até que o Félix fez um passe para o espaço e ele finalizou na cara do guarda-redes. Depois ainda voltou a marcar mais um golo com um remate à entrada da área depois de um corte incompleto do Marítimo. Uma coisa é impossível negar. Eficácia teve.
5. Florentino Luís. A fazer aquele jogo que poucos reparam, mas que é fundamental. O Marítimo ainda tentou atacar umas vezes, mas estava lá Florentino. No entanto, não é só a capacidade de desarme que se resume Florentino. A qualidade de passe é impressionante. Para além de não falhar um passe, a bola vai sempre redondinha e de fácil recepção. E agora ainda faltam quatro finais. A jogar assim, vai ser complicado não ganharmos os jogos. Dá gosto ver jogar este Benfica pressionante e sempre atrás do próximo golo. Com esta atitude não há nenhuma equipa capaz de nos tirar pontos em Portugal."

A Arca de Lage

"O Benfica marcou antes do dilúvio, sobreviveu à bátega e resolveu já depois da chuva amainar. No final, 6-0 no marcador, numa 2.ª parte demolidora da equipa de Bruno Lage, e o regresso à liderança do campeonato, perante um Marítimo que se afogou no caudal ofensivo dos encarnados

Os telemóveis espertos, sabemos nós, só não fazem tostas mistas. De resto, até nos dão, por exemplo, a probabilidade de a dada hora haver precipitação. À hora do Benfica - Marítimo, o meu telemóvel esperto falava-me de perspectivas de “chuva fraca” para Lisboa. Mas chuva fraca foi coisa que não se viu na capital. Às tantas, ali pelas 20h30, mais minuto, menos minuto, era dilúvio mesmo, carregado, bíblico. Não durou 40 dias e 40 noites, mas lá agradável não foi.
Não sei se Bruno Lage tem um telemóvel esperto mais esperto que o meu, mas o certo é que o treinador do Benfica parece ter previsto qualquer coisa. Preparou a arca com espécimes vários, uns mais jovens, outros mais experientes, e ainda antes do céu desabar em cima das cabeças de todos nós, já o Benfica tinha meio trabalho feito frente ao Marítimo.
Foi uma daquelas jogadas estudadas, um canto que Pizzi lançou para a entrada da área. Sítio onde apareceu João Félix, ele e o seu peito do pé que às vezes parece uma mira telescópica. O remate saiu seco, forte, colocado. E aos 3 minutos já o Benfica vencia, antes sequer do Marítimo fazer qualquer declaração de intenções.
Todos os golos são importantes, mas este golo de João Félix poderá ter sido um pouquinho mais importante que os outros, apesar de ter sido apenas um em seis, os seis com que o Benfica terminou o jogo. Porque logo a seguir ao 1-0 começou o dilúvio e aguentar um dilúvio com um golo no regaço é melhor do que sem nenhum. E o certo é que foi durante os longos minutos em que a chuva caiu sem parar, e apenas durante esses minutos, que a Arca de Lage abanou um pouquinho mais. O Marítimo experimentou então alguns contra-ataques bem urdidos, Barrera quase marcava num remate forte num ataque rápido, há um golo anulado aos madeirenses, o Benfica perdeu alguma objectividade. Mas quando o sol (metaforicamente, claro) voltou a brilhar, a Arca estava de pé.
De tal forma que, na 2.ª parte, a Arca de Lage tornou-se numa espécie de Bulldozer de Lage. Já com apenas chuviscos a cair do céu, o Benfica arrasou nos últimos 45 minutos. Começou aos 49’, com um remate de Pizzi após abertura de André Almeida que ainda bateu num jogador do Marítimo. Continuou aos 65’, com João Félix a responder com classe a um cruzamento de André Almeida.
João Félix que, salomónico, não se limitou a marcar, também ofereceu e aos 71’ fez a assistência para o 4-0, de Cervi, que faria também o 5-0 num remate cruzado de pé esquerdo. O 6-0 sairia da cabeça de Salvio, após cruzamento de Grimaldo.
Tudo isto perante a total passividade do Marítimo, que não existiu na 2.ª parte. Talvez seja isto que acontece às equipas que forçam amarelos para poupar jogadores: ainda nem se entrou e já se está derrotado. E tudo isto pintalgado com uma série de falhanços de Seferovic, com o suíço involuntariamente a evitar que números como o 10-0 ao Nacional se aproximassem ou repetissem. 
Não foram duas mãos cheias de golos, mas foi meia-dúzia e depois de uma 1.ª parte tão molhada quanto média, o Benfica ligou o turbo, fez esquecer a eliminação da Liga Europa e está de volta à liderança do campeonato, uma semana antes de ir a Braga. Com dilúvio ou sem ele."

Alzheimer ataca jornaleiros !!!

"«Recorde da Liga: madeirenses fizeram um remate»
«Recorde do Jornalismo: jornalistas do Jogo não fazem uma única notícia verdadeira quando se mete Benfica ou Calor da Noite ao barulho»
Se calhar foi pelo Calor da Noite ter jogado todo o jogo contra 10 injustamente que não devem contar os zero remates feitos pelo Marítimo nesse jogo há apenas um mês atrás.
Para quando uma tomada de posição pública das entidades de direito no sentido de obrigar o jornal O Jogo a fechar portas ou a assumirem-se oficialmente como um jornal de um clube?
Que Nojo!"

Whatever works

"S/S Benfica 1998/99 Away (Edição europeia)
A campanha europeia do Benfica na época de 1998/99 acabou em Dezembro. Começou de forma empolgante com uma tareia ao Beitar de Jerusalem num dia quente de verão da Expo 98, seguida de uma derrota em Israel que valeu um puxar de orelhas público de Vale e Azevedo. A fase de grupos arrancou com uma derrota na Alemanha com o Kaiserslautern, uma vitória caseira com o PSV (com um golo sublime de JVP) e uma inqualificável jornada dupla com o HSK (com derrota na Filândia e um 2-2 vergonhoso em casa). A vitória em casa com o Kaiserslautern levou-nos a Eindhoven com o sonho de ainda passarmos, sonho esse que ruiu com um golo de Van Nistelroy aos 88 minutos (depois de estar a ganhar com bis de Nuno Gomes com esta camisola).
A história desta camisola acabam por ser duas que eu me esforçarei para contar de forma resumida, separado-as, de forma original em "História 1" e "História 2".

História 1:
Dezembro de 1998. Coimbra. 4ª matrícula na Faculdade. 2ª vez que tinha deixado crescer o cabelo. 
Faltavam duas horas para o início da partida em Eindhoven e a ansiedade já não me deixava em paz. 
Não me saía da cabeça o borreganço com os filandeses.
Deambulava na zona da Praça da República, já tinha espreitado todos os CDs na discoteca do C.C. Golden e não conseguia parar quieto. Ia ver o jogo no Restaurante Troica, isso estava decidido. Faltava decidir o que fazer nas duas horas que faltavam até ao jogo. Ao lado do Troica havia um barbeiro. À antiga. O corte de cabelo custava 400 escudos se não estou em erro. Entrei.
- "Pente 4 sff."
- "Tem a certeza?"
- "Tenho! Vou rapar o cabelo que tenho pelos ombros e o Benfica vai ganhar a Eindhoven"
Foi quase...
História 2:
Com a eliminação do Dinamo Zagreb e passagem à próxima eliminatória, avancei para a compra desta camisola que já estava há largos meses na wishlist do ebay, tendo em conta que não faria sentido repetir camisolas já usadas este ano e não tendo mais camisolas de versão europeia disponíveis.
Apercebi-me de forma tardia que esta viagem à Alemanha traria menos impacto que o normal: o facto do jogo ser 5ª feira santa apenas consumiria meio dia de férias e com as miúdas de férias em Castelo Branco, a logística familiar estaria bem mais simplificada.
Resultado: viagens mais caras. O habitual. Há uma citação do filme cable guy com Jim Carey que envolve hesitação mas não vou trazer para aqui...
Para combater o dano, resolvi apanhar o voo no Porto, fazendo escala em Lisboa, para partir para Frankfurt. E sim, ficava mais barato, já incluindo o preço do autocarro, da inevitável francesinha e dos danos morais inflingidos pelos colegas de viagem por, estupidamente, não querer ir de directa para a Alemanha.
O dia de jogo teve o ritual habitual quando se viaja: deixar rapidamente as tralhas no hotel e partir forte para o pré-jogo. Almoço bem calórico e as primeiras canecas debaixo de um sol fabuloso e botões de camisa marotos. O caminho para o estádio foi feito através dos autocarros designados para o efeito, com partida no meeting point indicado. Bonita experiência de chegada ao recinto, onde foram viradas mais umas cervejas de forma firme e confiante.
A chegada ao estádio, depois de contornadas as vicissitudes dos bilhetes para sectores diferentes, encontrei uma grande companhia para o jogo e um grande ambiente no estádio. Foi abismal. Antes, durante e depois do jogo.
Foi o jogo em que mais cantei. Foi o único jogo em que fomos abafados.
Saí sem voz, sem as meias-finais mas com o coração cheio e com um enorme orgulho em perceber que consigo fazer parte do chamado "futebol positivo" que o Markus me referiu depois e me deixou boquiaberto mais uma vez.
Perdemos na Alemanha. Pela terceira vez comigo na bancada. 
Desta vez não foi tareia. Foi uma eliminação de uma competição europeia com o mesmo número de golos marcados e sofridos. São as regras.
Com um golo em fora de jogo. Não são as regras mas é bem melhor que a porcaria do VAR.
No campo faltou um bocado de garra no início (e a pressão alta que o Lage nos habituou). Faltou Rafa ao jogo. E a bola do Salvio que bem podia ter ido para dentro.
Foi quase...

Sem arriscar muito por generalizações, a ideia que tenho do povo alemão é ser frio mas respeitador. E mais uma vez, a experiência que tive na Alemanha foi essa: à entrada do estádio, estávamos a beber cervejas normalmente no meio deles. Cada um na sua. A única abordagem que tive foi um rapaz, que pela sua tez não deveria ser germânico, que me disse:"Love your shirt. And with Joao Pinto on the back. Just perfect". E foi à vida dele.
Não tenho pretensão nenhuma em influenciar ninguém nem contribuir para a eterna discussão do que é melhor ou pior. Mais do que procurarmos o melhor, gosto de pensar que devemos encontrar o que se adequa e encaixa melhor em nós. O chamado "Whatever Works". Pegando na referência, o genial filme do genial Woody Allen com os não menos geniais Larry David e Evan Rachel Wood (mais ao nível da carinha laroca, confesso) tem uma tradução para português que, a meu ver, não é genial. Mas neste caso, encaixa perfeitamente: o futebol na Alemanha "tem tudo para dar certo".
Para mim, a experiência de ver futebol na Alemanha é incomparável.
Por isso, sempre que o Benfica jogar lá, farei todos os possíveis para estar presente.

Whatever Works - https://www.imdb.com/title/tt1178663/?ref_=nv_sr_1?ref_=nv_sr_1

PS: Daqui a pouco mais de duas hora jogamos em casa com o Marítimo. Passem pela antevisão do jogo.
Para mim e até ao fim destes cinco jogos, a receita é simples: todos nus!"

Arbitragem: fugas de informação, as origens e as soluções

"O assunto do momento em termos de arbitragem é efectivamente esta “fuga de informação” no que à divulgação das nomeações diz respeito, algo que nesta fase final do campeonato acrescenta um ruído nada saudável e traz de novo à tona os eternos climas de suspeição que giram em torno do sector. Hoje gostava de reflectir sobre este assunto em duas vertentes: fazendo o enquadramento das nomeações, pelo facto de não serem logo tornadas públicas, e adiantando uma breve explicação dos aspectos burocráticos que envolvem este processo, desde a nomeação à chegada do árbitro ao estádio para onde foi nomeado.
Desde cedo que se percebeu que um sector como a arbitragem, quanto mais fechado for e secretismo tiver, maior será o ruído e a especulação causados, daí que “abrir as portas” e tornar público o que se faz e como se faz é, de uma maneira geral, muito mais proveitoso para a imagem do sector. Dentro dessa linha, as nomeações do Conselho de Arbitragem (CA) desde há muito tempo que eram tornadas públicas no mesmo dia em que eram enviadas para os árbitros. O que este CA, a dado momento, constatou foi que face ao período de tempo que mediava entre o dia da nomeação e o jogo propriamente dito, os árbitros e respectivas famílias começaram, quer pelas redes sociais, quer em alguns casos de forma presencial, a serem ameaçados e coagidos. Nesse sentido, foi pensado protegê-los tornando secreta a divulgação dos nomeados, que são divulgados apenas no dia do próprio jogo. 
O facto é que esta medida veio a revelar-se positiva, pois nunca mais essas ameaças e coacções ocorreram, regressando assim uma paz aparente ao sector até ao dia do jogo. Mais: as especulações e críticas feitas nos mais diversos órgãos de comunicação social, assim como da parte dos clubes em relação aos árbitros nomeados, deixaram de ter espaço e tempo nas conversas.
O panorama, contudo, mudou radicalmente e passou a ser assunto a divulgação da folha oficial dos nomeados ainda antes de ser tornada pública. Conclusão: todo o sector voltou a ser descredibilizado por causa desta fuga de informação, passando de novo a haver um clima de desconfiança. No meu ponto de vista, e uma vez mais muito bem, o CA tomou uma medida que vai acabar com esta discussão e torná-la num “não assunto”, passando de novo a divulgar de forma atempada as nomeações.
Só espero, que em simultâneo, sejam tomadas medidas preventivas no sentido de os árbitros que forem nomeados para os jogos dos “ditos grandes” sejam apoiados e protegidos, pois neste momento e contexto do futebol português, é importante ser-se proactivo.
Esta fuga de informação, porém, é possível de acontecer, porque entre a nomeação e a ida para o jogo existem várias entidades envolvidas no processo logístico e burocrático. Basta perceber que a equipa de arbitragem, quando recebe a nomeação, tem de enviar de volta, em função do dia e hora do jogo, um plano de viagem, que contempla (entre outras coisas) a hora a que a empresa que conduz os árbitros vai buscar cada um dos elementos, ou seja, tanto a Liga, como a empresa que transporta, como o próprio motorista destacado, ficam a saber os nomes dos árbitros. Depois é só enquadrar isso com os horários dos jogos e é fácil relacionar o nome com a nomeação. E se o jogo for nas ilhas, há bilhetes de avião a comprar com a designação nominal, assim como os transportes terrestres a utilizar após a aterragem, entrando neste processo também as unidades hoteleiras onde ficam alojados.
Para além disso, como os árbitros não são profissionais e muitos trabalham por conta de outrém, basta um árbitro ser nomeado para um jogo à sexta-feira ou à segunda-feira para fazer com que tenha de pedir dispensa no seu trabalho — logo, patrão e colegas ficam a saber para onde vai.
Ou seja, são muitas as possibilidades de fuga de informação, por isso não me espanta nada que, no meio deste processo, escapem as nomeações. De qualquer forma, fez bem o presidente do CA ao tentar resolver, nas instâncias próprias, um problema que poderia ganhar maior dimensão. E se, por um mero acaso, se vier a comprovar que esta fuga de informação surgiu de dentro do próprio sector, que sejam tomadas medidas exemplares."

Griezmann e Benzema: o menino querido e o mal-amado do futebol francês

"Dois talentosos avançados franceses, ambos estrelas em Madrid. Terminarão aqui as semelhanças entre Antoine Griezmann e Karim Benzema.
Nesta edição comparamos o novo documentário sobre a estrela do Atlético de Madrid e da selecção francesa, lançado pela Netflix há cerca de um mês, e comparámo-lo a outro, também disponível na mesma plataforma, sobre Benzema, proscrito dos Bleus, mas principal figura do Real nesta época pós Ronaldo – bem a propósito, o 9 merengue apontou o único hat-trick desta época no passado domingo no 3-0 ao Athletic Bilbao.
Tal como as personalidades de «Grizou» e Karim, estes docs sobre os dois craques do futebol francês têm diferenças bem vincadas.
Antoine Griezmann – The Making of a Legend tem uma narrativa inspiradora e simplista, enquanto Le K Benzema mergulha nas controvérsias de uma personalidade que em França desperta amores e ódios.
Vale a pena ver e comparar a história do menino querido com a do mal-amado do futebol francês.

Antoine Griezmann – The Making of a Legend
Género: documentário
Realização: Amal Doghmi
País: França
Duração: 60 minutos
O rapaz loirinho da Borgonha não nasceu em berço de ouro, mas tornou-se numa espécie de menino bonito do futebol francês.
A história de Griezmann tem um lado de superação: nascido numa família humilde e visto como demasiado franzino, foi recusado por vários clubes até emigrar na adolescência para o País Basco, onde, sozinho e longe da família tardou a afirmar-se nos escalões jovens da Real Sociedad.
Seria já como profissional no Atlético de Madrid que Antoine, filho pródigo da pequena cidade de Mâcon, viria a tornar-se numa estrela do futebol mundial, destacando-se também como uma das grandes figuras da seleção francesa que viria a sagrar-se campeã do mundo em 2018 e vice-campeã europeia em 2016 – naquele título perdido em casa contra Portugal.
Sem ter o físico de um superatleta, Antoine tem a fisionomia de um rapaz comum, mas talento de sobra.
Para lá disso, é extrovertido, bem-humorado, diverte-se com a alegria contagiante de uma criança a cada celebração de golo. Tornou-se numa personagem familiar, apodada carinhosamente de «Grizou», num alvo apetecível em termos publicitários, sendo óbvio apontá-lo como um dos símbolos da reconciliação do público francês com a sua selecção.

Le K Benzema
Género: documentário
Realização: Florent Bodin e Damien Piscarel
País: França
Duração: 120 minutos
Em determinada medida, Benzema é a antítese de «Grizou». Se um une, outro divide o público francês. Se um é o «garoto propaganda» dos Bleus, outro foi condenado ao ostracismo na selecção gaulesa… Em comparação com Antoine Griezmann – The Making of a Legend, Le K Benzema tem o dobro da duração e também o dobro da densidade em termos de argumento.
Karim, rapaz de ascendência argelina que cresceu num bairro de Bronn, na periferia de Lyon, tem uma personalidade forte e não é avesso a polémicas.
Este filme, mostra esse lado controverso, abordando por exemplo o escândalo sexual que envolveu uma alegada chantagem ao seu companheiro de selecção Valbuena – caso em que Karim acabou absolvido –, que levou à sua exclusão até hoje da selecção francesa.
Benzema, um dos maiores goleadores do futebol mundial (que representa o Real Madrid pela 10.ª época), aparece como alguém que não nega as origens e que está disposto a vincar a sua posição, seja na defesa de algumas amizades perigosas que tem desde a adolescência, seja na recusa em murmurar o hino francês, apesar de ser aconselhado a tal para evitar a pressão mediática.
Cristiano Ronaldo, Florentino Pérez ou Zinedine Zidane, tido como confidente e amigo de Karim, prestam o seu depoimento neste documentário, em que o seleccionador francês Deschamps e também o ex-primeiro-ministro francês surgem como vilões no caso da exclusão de Benzema da selecção."