quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O fascínio contra o Benfica

"Vencer ou mesmo empata com o Benfica é para a grande maioria das equipas portuguesas ganhar a época. Sempre foi assim, independentemente da classificação do SLB. Revela o fascínio inigualável que essas contendas têm para os técnicos, jogadores e sócios do oponente.

Nas últimas jornadas, isso foi por demais evidente. O Feirense 8embora derrotado), o Guimarães (que diferença em Braga) e a Académica jogaram como raramente se vê. Nada a criticar, evidentemente.

O certo é que, num momento crucial, o Benfica não foi capaz de suplantar esta emulação de medianos adversários e destroçou, num ápice, um avanço de cinco pontos. Tenho que reconhecer que, muito mais dificilmente, o Porto os deixaria fugir nas mesmas circunstâncias.

Assim sendo, a Liga atinge o seu zénite antes do jogo contra o russo Zenit. Um clássico entre dois candidatos que, consoante os sonhos ou pesadelos, permite qualquer dos três desfechos possíveis. Não sendo decisivo, vai ser determinante. Um jogo que, como os ingleses dizem, é six pointer. Diria até..., seven pointer porque vai determinar provavelmente o primeiro em caso de terminarem a Liga com os mesmos pontos. E não esquecendo o Braga que - sorrateiramente - está por mérito na luta.

P.S. Influentíssima arbitragem em Coimbra, com penalty claro sobre Aimar transformado numa falta deste! Para já não falar num braço de um academista. Estes nossos árbitros são uns medricas. Fora da grande-área marcam tudo, mesmo o que não deviam marcar. Na zona de rigor encolhem-se como se fosse uma diferente parte do campo. Para Hugo Miguel talvez de... verdes diferentes."


Bagão Félix, in A Bola

Meia bola e força

"Sexta-feira temos o jogo que dá o campeonato, e a recuperação emocional da equipa tem de ser célere, rápida, tão rápida quanto as pernas de gazela de Rodrigo – que tanta falta nos fizeram em Coimbra…

Eu podia chorar os cinco pontos perdidos nas últimas jornadas. Podia queixar-me com veemência da arbitragem e dos dois penáltis roubados à fartazana. Podia repudiar a quantidade de golos falhados, até pelo meu amado Nélson Oliveira. Podia até perguntar ao Míster por que é que o Aimar e o Matic saíram deixando-nos sem miolo, mas sei que resposta me daria Jesus. E sobretudo poderia frisar que há dois homens sem os quais o Benfica é Glorioso mas não é campeão, e um deles ficou no banco em Coimbra e lesionado nas derrotas de São Petersburgo e Guimarães: Javi García.

Mas não. Decidi fazer a minha própria recuperação emocional e estou convicta que no jogo do campeonato os campeões seremos nós. Mesmo com o Emerson a fazer frente ao Hulk – ai que medo só de pensar nas chuteiras cor-de-laranja do defesa a fazer borrada da grossa –, o eixo Artur, Javi, Witsel, Aimar e Rodrigo vai ser imparável. Pouco me importa que Lucho e Janko tenham vindo fazer alguma coisa por uma equipa perdida nas mãos da incompetência de Vítor Pereira. Ao FCP só Pinto da Costa salva. A nós, 60 mil de cachecóis no ar e onze em campo. Subo ao Marquês lá para maio."


Futuro

"From: Domingos Amaral

To: Nélson Oliveira

Caro Nélson Oliveira

Em primeiro lugar, parabéns pela convocatória para a Seleção Nacional. É justo que um jovem e talentoso avançado como tu esteja no grupo dos escolhidos de Paulo Bento. Postiga e Hugo Almeida merecem também lá estar, pelo seu passado na Seleção, mas o futuro é teu. Espero que conquistes o teu espaço, pois vamos precisar de ti em Junho. Portugal não tem uma grande equipa, e está num grupo muito difícil, portanto é essencial o selecionador ter ao seu dispor os melhores.

Ontem, entraste muito bem no jogo e foi pena não teres marcado um golito. Num jogo complicado e pouco espetacular, onde nenhuma das três equipas esteve bem, tu foste um raio de esperança para os benfiquistas e quase iluminavas a nossa noite. Não foi possível ontem, mas será certamente muitas vezes no futuro.

E é no futuro que o Benfica tem de pensar, não no passado. Não vale a pena carpir mágoas sobre o que aconteceu em São Petersburgo, em Guimarães ou em Coimbra. O que aconteceu foi futebol, e neste jogo ganha-se, perde-se e empata-se. Nos dois primeiros jogos, o Benfica não foi melhor que o Zenit ou o Vitória, mas ontem foi melhor do que a Académica, só que os deuses não quiseram dar-nos uma alegria.

De qualquer forma, não vale a pena dramatizar. O campeonato está aberto, faltam dez jornadas, e há três candidatos ao título. Isso não é mau, isso é bom, pois dá mais luta. Preparemo-nos pois, porque aconteça o que acontecer na sexta, vai haver emoção até ao fim.

Mais importante que vencer o FC Porto, é vencer o Zenit, pois essa competição é que pode acabar para a semana. O campeonato continua. Os nossos adversários que não comecem já a festejar."


Racistas, nós?

"André Villas-Boas lançou uma operação de promessa de aquisição de Hulk, no seguimento do “rendez-vous” de Manchester, confiante no desvelo do oligarca russo que há cerca de dez anos vem generosamente ajudando a pagar as contas do FC Porto. A imagem de felicidade que irradiava do reencontro destes belos espíritos tanto podia decorrer das mais-valias que o negócio lhes proporcionará, como da promessa de golos e espetáculo que a categoria do brasileiro oferece.

Mas, para o FC Porto, a saída de Hulk possibilitaria também recuperar o sossego de cânticos mais adequados aos ouvidos sensíveis da UEFA, transferindo para a untuosa Velha Albion a macacada dos urros “Hulk, Hulk, Hulk” que os responsáveis pela comunicação portista tanto apreciam.

A eventual ida de Hulk para Inglaterra poderia levar com ele a graça deste apoio exclusivo, que até podia ser copiado pelos adeptos do City com o já sugerido “Kun, Kun, Kun”, se não estivesse latente esse preconceito de uma nação que nunca soube conviver saudavelmente com a comunhão de raças, a tolerância de credos e a transversalidade social – comparativamente à lusitana, claro. Sem olvidar uma Liga e uma Federação sem fantoches no comando.

Os responsáveis do futebol português, a começar pelos do Sindicato, asseguram que não existe racismo por cá e que a campanha esta semana em curso não passa de uma formalidade, no âmbito das preocupações europeias. Estão errados, evidentemente, pois a xenofobia e a intolerância grassam há décadas no seio dos clubes, não apenas no bàs-fond das claques, mas notoriamente também nas castas mais influentes.

Foi através do futebol que conheci pela primeira vez uma pessoa de cor. Jogava no meu clube, chamavam-lhe José Mulato e marcava muitos golos, no distrital ribatejano. Por aquele tempo, meados dos anos 60, Portugal apresentou a primeira seleção “africana” a disputar um Campeonato do Mundo, assombrando os seus parceiros europeus pela integridade, fraternidade e identidade daquela equipa fantástica, unida por uma bandeira. A Inglaterra, por contraste, só em 1980 e depois de muita discussão integrou o primeiro negro, Vivian Anderson, na sua equipa nacional.

Nas últimas décadas, o desenvolvimento da chamada indústria do futebol gerou elevados custos colaterais, justamente por causa do exacerbamento dos espíritos no sentido da reunião das hostes e no antagonismo preconceituoso dos outrora adversários, hoje inimigos. Nos anos 60, éramos todos portugueses, ainda não tínhamos sido divididos entre genuínos e mouros, por exemplo – expoente da boçalidade regionalista assente na confrangedora ignorância das novas gerações sobre a influência muçulmana na nossa cultura milenar.

A ideia de que o racismo se distingue entre brancos e negros atenua a gravidade da xenofobia latente e justifica que as autoridades fechem olhos e ouvidos à destilação de ódio que ecoa semanalmente na maior parte dos nossos estádios. A banda sonora dos jogos televisionados é, por exemplo, muito mais obscena do que qualquer confusão visual entre Hulk e Balotelli."


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Jaime Graça

Faleceu hoje uma Força da Natureza Benfiquista... Jaime Graça, descansa em paz...

108 anos de Vitórias


O SL Benfica sempre teve, desde do primeiro dia, uma matriz vencedora, apesar dos muitos obstáculos o Benfica sempre resistiu, e sempre foi vencendo... desde da falta de espaço para treinar e jogar, da falta de dinheiro até para comprar o equipamento mais básico, o Benfica sempre resistiu, e sempre foi vencendo... Símbolo máximo da democracia em tempos de Ditadura, o Benfica observou os seus adversários beneficiarem abertamente da sua 'fidelidade' ao regime, o Benfica resistiu, foi vencendo menos mas soube dar a volta e acabou por vencer quase sempre... Hoje - nas últimas três décadas -, o Benfica vive sobre um bombardeamento constante... no desporto, de todos os obstáculos, o mais ignóbil, o mais asqueroso desportivamente são os resultados 'combinados', os 'arranjinhos', o Benfica tem resistido, não tem vencido sempre, mas vai vencendo de vez enquanto... Hoje, no nosso 108º aniversário é bom recordar que o Benfica unido é invencível. Resistir hoje, é vencer amanhã...
Com união o futuro está garantido, depois de todas as desilusões mais recentes, qualquer outra instituição teria perdido ânimo, teria perdido o norte, a actual vivacidade desportiva e institucional que o Benfica demonstra é fenomenal, podemos até perder batalhas, mas não vamos perder a guerra... a paciência para aturar tanta imundice, é cada vez menor, a ambição de vencer todas as provas contra todos os adversários faz parte do nosso ADN, e nunca será esquecida, pode parecer que a Idade das Trevas nunca terminará, mas a Justiça 'Divina' não tardará, e nós - a massa associativa - cá estaremos, os outros, provavelmente, não...!!!



A arte de biografar Eusébio

"Volto a falar de Eusébio, desta feita a propósito da sua biografia autorizada da autoria de João Malheiro, seu amigo, jornalista e profundo conhecedor da sua vida, do seu excepcional percurso desportivo e das suas qualidades como ser humano.

João Malheiro escreveu um livro de formato pequeno e preço muito acessível, com a chancela da Quidnovi. É um texto ao mesmo tempo informativo e emotivo que se lê de um fôlego e que põe a tónica, de forma objectiva mas também afectuosa, no que tem sido a vida deste herói português que acaba de completar sete décadas de vida, após um sobressalto de saúde que o forçou a um internamento temporário.

Como muito bem salienta António Victorino d'Almeida num dos prefácios a esta biografia, 'Eusébio também faz parte das nossas vidas', o que significa que, independentemente da idade que tenhamos, ele é uma parte de nós, da nossa maneira de sentir o futebol e Portugal. As lágrimas de tristeza e de alegria de Eusébio, ao longo destas décadas, foram sempre as nossas lágrimas, pois ele é uma espécie de companheiro mais velho, um amigo de sempre e o porta-estandarte de uma qualidade humana e desportiva que mais ninguém conseguiu repetir ou igualar, no nosso País ou nas andanças deste mundo global. E é bom que os ídolos das novas gerações não deixam de pôr os olhos em Eusébio, pois ele é, em termos de comportamento como desportiva de alta competição, um exemplo a nunca perder de vista.

Com assinalável poder de síntese e grande sensibilidade, João Malheiro partilha connosco o roteiro de uma vida que vai da infância vivida numa Lourenço Marques colonial até à glória no Mundial de 1966, passando por muitos outros momentos de maior ou menor fulgor que fazem parte de uma história de excepção. Este livro acentua as dimensões menos conhecidas da personalidade e do génio de Eusébio como futebolista. Por isso, dá gosto ler e dar a ler."


José Jorge Letria, in O Benfica

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Episódio 11037 !!!



PS: O video provavelmente será 'apagado', mas enquanto estiver disponível!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Kong! Kong! Kong!

"Como no filme de Peter Jackson, os selvagens gritam histéricos pelo nome do macaco grande ao mesmo tempo que lhe oferecem jovens donzelas na tentativa de lhe acalmar as fúrias: KONG! KONG! KONG!

Os selvagens formam uma turba insana. Vomitam ódio e desespero. Cospem insultos e ameaças. As ordinarices são comuns a todos: homens, mulheres, crianças, velhos... Seguem a cartilha de Chefe Palhaço que admite tratar os melhores amigos como se fossem filhos da mais reles das rameiras. É uma (in)cultura. É uma escola. Quem nela andou não esquece mais. É a escola do sarrafo, do golpe baixo e traiçoeiro, da violência gratuita e injustificável. Os gestos infames repetem-se aqui e ali e os protagonistas são sempre os mesmos: filhos do Madaleno, que se alimenta a fel e a veneno. E de cada vez que os selvagens se lançam sobre os pobres inocentes obrigados a suportar a sua incivilidade, centenas de gargantas repetem o som escabroso: KONG! KONG! KONG!

Talvez, como dizia Mário Filho, a vitória seja uma doença que só a derrota cura. Mas esta é a única forma de vencer os selvagens, o macaco gigante e o omnipresente Palhaço. Ganhar, ganhar, ganhar sempre. Cada derrota, cada queda, cada falha, levanta do outro lado da barricada um clamor estafado: KONG! KONG! KONG!

Por isso não há caminhos de retrocesso. Ganhar é o verbo! Repitam-no teimosamente, sobretudo no presente do indicativo e no futuro. Repitam-no e conjuguem-no. A toda a hora de todos os dias. Só assim o Madaleno se esfumará tão fatuamente como foi a sua existência e os selvagens tresloucados de raiva e estupidez calarão os seus gritos de KONG! KONG! KONG!

Mas, às vezes, o futuro que parecia ser já ali fica um pouco mais longe. É então que se torna necessário encher o peito de uma paciência infinita enquanto se alarga a passada por uma estrada em cujas bermas os selvagens se babam de ranço e esperam que alguém escorregue para lhe morderem o pescoço."


Afonso de Melo, in O Benfica

Atitude



Benfica 3 - 0 Fundão



Finalmente, o regresso do Futsal aos Pavilhões da Luz. Finalmente a 're-estreia' do Ricardinho na Luz!!!

O Fundão sempre foi uma equipa 'chata', com os cortes no orçamento perdeu alguma qualidade no contra-ataque, mas a defender continuam a ser 'irritantes'!!! Por isso, não tivemos o espectáculo que se calhar os Benfiquistas estavam à espera (o Ricardinho ainda tentou...!!!), mas o mais importante era a vitória...

Gostei muito da atitude da equipa do Benfica, que nunca deixou de pressionar alto, mesmo a ganhar... pareceu-me que o Paulo Fernandes, aproveitou este jogo para treinar 'soluções' para os jogos mais complicados que se avizinham, chegou mesmo a colocar simultâneamente na quadra o Ricardinho, o Diece, o César e o Joel!!! Que luxo !!! Com tanta vontade em atacar, o Marcão foi obrigado a algumas defesas de grande qualidade, mas a vitória nunca pareceu estar em perigo, mesmo com uma vantagem curta...

Objectivo (para já): Manter o 2º lugar !!!

Xico Andebol 24 - 28 Benfica


Mau início, rectificado rapidamente, podíamos ter 'matado' o jogo mais cedo, deixámos o Xico acreditar na surpresa, e só perto do fim é que resolvemos a questão... Uma nota para o Pedro Graça que nos últimos jogos 'acordou' para os golos, e para o Candeias que esteve muito bem!!! É agoniante ouvir os relatos dos jogos das modalidades (qualquer modalidade...) do Benfica, na RTP2, principalmente a Norte, não têm vergonha nenhuma (em Braga, em Guimarães, em Espinho, na Maia...), não é novidade, mas saber que são os contribuintes Portugueses que estão a pagar os ordenados a estes aziados Corruptos, 'antis'-Benfica puros, leva qualquer um a perder a compostura...

Estamos em 2º lugar, só falta uma jornada para terminar a 1ª fase, vamos receber o Sporting na Luz, com a vitória esperada, vamos começar a 2ª fase com menos 2 pontos em relação aos Corruptos, que tendo em conta as 'brancas' que esta equipa já teve está época, não é nada mau!!! Por isso mesmo é preciso ter cuidado, o jogo com os Lagartos não vai ser nada fácil, na 1ª volta perdemos e jogámos muito mal, e o ano passado na Luz fomos descaradamente roubados, é que uma derrota do Benfica convém aos Corruptos, porque assim começariam a 2ª fase com 3 pontos de vantagem sobre o Sporting e o Benfica!!!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A farsa... !!!

Académica 0 - 0 Benfica


Após o Gil Vicente-Corruptos, com um Benfica-Corruptos à porta, com a possibilidade de o Benfica em caso de vitória ficar com 8 pontos de vantagem, a 9 jornadas do fim, algo tinha que ser feito!!!

A semana passada, o Xistra já tinha ajudado, mas a exibição cinzenta do Benfica, deixou muitos Benfiquistas 'encolhidos' nas criticas... hoje, o Benfica fez uma boa exibição, foi muito perdulário é verdade, mas correu, mostrou raça, não deixou o adversário respirar, criou muito jogo ofensivo contra uma equipa altamente motivada para defender com tudo e mais alguma coisa, e por isso espero que os Benfiquistas não se 'acanhem', e chamem os 'bois pelo nome'... Não foram só os penalty's, nem foi a permanente impunidade disciplinar aos de Coimbra (que hoje teve os momentos altos, quando o árbitro deu a lei da vantagem ao Benfica, só para não mostrar amarelos aos Academistas!!!), não foram só os foras-de-jogo, foi tudo isso, mais a quantidade industrial de faltas não assinaladas a favor do Benfica junto da área da Académica, e o critério completamente oposto junto da área do Benfica... Hoje não foi incompetência, nem azar nas decisões, hoje o senhor Hugo Miguel e auxiliares vendeu a 'alma' aos 'Papistas', hoje o senhor Hugo Miguel e auxiliares foram prostitutos...!!!

Este é mais um episódio da aparentemente interminável farsa em que se tornou o desporto Português, branqueada permanentemente pelos avençados brochistas dos jornaleiros... que para cumulo se o Benfica no final da época não for Campeão, será aproveitado pelos mesmo de sempre, os 'verdadeiros Benfiquistas', descobrirem as deficiências internas, ignorando todo o lamaçal imundo... O Benfica esta época é muito melhor que qualquer outro adversário, mas mesmo assim é capaz de não ser suficiente para vencer... seja por causa dos rafeiros dos apitadeiros, sejam os controlos anti-doping aos adversários Corruptos, sejam as orações de Presidentes cadastrados a exigirem cólera contra o Benfica, sejam os treinadores avençados que contra o Benfica não se enganam na estratégia ao contrário do que acontece quando convenientemente defrontam os seus verdadeiros patrões, sejam os prémios de jogo chorudos aos plantéis que defrontam o Benfica mesmo quando estão com vários meses de salário em atraso...!!!

Jogo agradável...

Benfica 101 - 74 Barcelos

21-14, 30-19, 23-23, 27-18





Creio que a nota mais importante foi o regresso, após lesão, do Seth Doliboa, na minha opinião o jogador mais importante desta equipa do Benfica, pode não ser o melhor marcador, mas por tudo o que faz, é o jogador chave para equilibrar a equipa, ofensivamente e a defender... a sua ausência nas recentes más exibições (e maus resultados) do Benfica, terá sido fundamental. Espero que este regresso seja um sinal positivo, e que o Sérgio e o Barroso também regressem brevemente...




Durante a semana, foi anunciado a contratação do Marcus Norris. É um veterano, que quando passou por Portugal era um dos melhores jogadores do nosso Campeonato. Recentemente tivemos jogos, onde faltou alguma 'cabecinha' aos bases, sendo que a sua experiência pode ser importante... os seus números na 2ªDivisão Espanhola são interessantes, melhores até que os últimos números do Ben no Benfica. Vamos esperar para ver em que condição se encontra o Norris, as criticas despropositadas que já li, no sítio do costume, por parte de quem admite não ter informação suficiente para ter uma opinião sustentada, não devem ser levadas em conta...


A saída do Ben Reed foi estranha, não sei o que se passou... sei que era um jogador com um feitio muito próprio, com uma vida pessoal colorida, e com bons momentos no campo, algo individualista, mas nos momentos decisivos normalmente assumia a responsabilidade, às vezes até em demasia... é verdade que ultimamente os seus números baixaram muito, as constantes lesões também não ajudavam. Independentemente das razões da saída, como ex-Campeão no Benfica, ficará na memória da secção...

Invictos !!!



Benfica 3 - 0 Vilacondense

25-22, 25-12, 25-10


Terminou hoje a primeira fase, que na verdade pouco ou nada serve para determinar o Campeão, a partir de agora as coisas são mais a doer, as perspectivas são as melhores, é necessário manter a concentração, o trabalho e a ambição...

Juniores - Fase Final - 3ª jornada

Corruptos 3 - 0 Benfica




Os primeiros pontos perdidos da Fase Final, até agora as expectativas até têm sido superadas, portanto este resultado não deve ser visto como uma catástrofe...

Benfica........6
Sporting........6
Braga............6
Nacional........4 (-1 jogo)
Leiria............4
Corruptos......3
Setúbal.........1
Guimarães.....1 (-1 jogo)

Há clubes com sorte...

"O FC Porto está lançado na luta pelo título. Mais do que a derrota do Benfica em Guimarães, foi a eliminação da Liga Europa que abriu crateras na agenda portista para preparar os jogos do Campeonato. Há pois que respeitar um adversário que, mesmo quando perde eliminatórias por 6-1, joga unanimemente muito bem. Há clubes com sorte, porque há outros que quando perdem pela primeira vez 0-1, jogam logo muito mal para a crítica. Quem se deve ter sentido muito apoiado foi Vítor Pereira com a presença reconfortante de Villas Boas na tribuna.

Ainda assim prefiro estar na Liga dos Campeões, em primeiro no Campeonato e nas meias-finais da Taça da Liga. Adoro ter a agenda preenchida. Só lamento mesmo a derrota da Taça de Portugal, essa é que não tem emenda. Jogamos amanhã com um adversário que ganhou por 3-0, apenas menos um que o poderoso Manchester City, ao nosso principal rival esta época, e está no Jamor. Não será um jogo fácil.

Não gostei de várias coisas no jogo de Guimarães, julgo que não poderemos esperar que o título nos caia do céu. Será possível com sofrimento e entrega, porque a qualidade está lá. Um Campeonato é uma maratona e há jogos assim. Um Benfica novamente equilibrado dará conta recado. O jogo com a Académica é determinante para esta época. Entrar em primeiro lugar no último terço do campeonato põe os nossos adversários de terço na mão até ao fim. Benfica e FC Porto vão disputar este Campeonato taco a taco até ao fim, mas é bom ser primeiro, é bom ir à frente e é bom jogar melhor que o adversário.

Só respeitando o FC Porto se pode vencê-lo. Nos últimos 18 anos, os títulos que o Benfica conseguiu não foram em luta directa com o FC Porto, o do 6-3 de Toni e o de Trapattoni foram ao Sporting e o obtido com Jesus ao comando foi em disputa com o SC Braga. Ganhar em luta com o FC Porto é sempre um desafio difícil."


Sílvio Cervan, in A Bola

Não é novidade, mas é sempre bom recordar...

"Conseguir uma entrevista com Marinho Neves não é fácil. Um dos maiores nomes do Jornalismo desportivo do pós-25 de Abril, sempre atraiu muitas polémicas que lhe valeram muitos dissabores pelo que disse e sobretudo, pelo que escreveu. Afastado pelos lobbys da comunicação social por atrair problemas com o "poder", decidiu abrir uma excepção e conceder uma entrevista ao Cabelo do Aimar. E nós agradecemos.


Cabelo do Aimar: O Marinho Neves também tem um “ganda” cabelo como o Aimar. O que acha do Argentino?


Marinho Neves: Gosto de o ver jogar. É rápido, tem qualidade e a sua força deve estar no cabelo como Sansão, porque cabedal ele não tem.

CdA: O grande sucesso Golpe de Estádio é um romance ou uma comédia? O que pretendia com a publicação desse livro, gozar ou informar?


MN: Naquela altura era necessário dizer a verdade e não havia outra forma de o fazer. Penso que consegui estabelecer um diálogo com o leitor, espevitando-lhes a curiosidade. Mas, não conheço nenhum romance que não seja baseado em histórias reais.


CdA: Muitos dizem que esse livro ditou a sua reforma antecipada dos principais meios de comunicação. Mas custou-lhe algo mais, como perseguições, tentativas de envenenamento ou até mesmo de assassinato. Sabe os nomes e os motivos de quem orquestrou esses actos?


MN: Fui de facto perseguido, muito perseguido, ameaçado e continuo a ser. Mas, não é verdade que tenha sido a minha reforma antecipada. Depois da publicação do livro trabalhei no programa da SIC "Os Donos da Bola" e em vários jornais, não obstante me terem tentado boicotar todos os trabalhos que iam aparecendo. Não o conseguiram porque Portugal não se resume à cidade do Porto, e Lisboa nunca me fechou as portas. Cheguei a estar contratado para o jornal "A Bola" e no dia em que devia entrar inverteram a situação. Foi caso único na capital.


CdA: Qual foi o restaurante onde o drogaram? Para que os nossos leitores saibam antes de lá ir comer.


MN: Foi exactamente no mesmo restaurante onde já foram apanhados alguns árbitros portugueses e estrangeiros que foram cear com dirigentes. Uma vez, vinha a sair desse restaurante em Matosinhos e à saída tinha dois jagunços à minha espera. Só não me aconteceu nada porque ia muito bem acompanhado.


CdA: Na sua intervenção no Prós & Contras sobre corrupção no futebol, pareceu bastante incomodado com a maneira jocosa com que Valentim Loureiro se apresentou. O que lhe passou pela cabeça quando o viu a “berrar” que ia ser absolvido porque nunca fez falcatrua no futebol?


MN: Quando fui a esse programa foi-me prometido que teria linha aberta para dizer o que quisesse. Mas, quando me estava a maquilhar, o Valentim Loureiro estava ao meu lado e mostrou-se incomodado com a minha presença. Quando me sentei, senti de imediato que nunca me dariam a oportunidade de dizer o que sabia, não obstante o presidente do Sporting, Dias da Cunha, ter dito nesse programa que tudo o que aprendeu no futebol foi comigo. Depois… foi uma comédia.


CdA: Você tem alguma coisa a ver com o Polvo dos Papalvos, com o Blog da Bola ou com o Tripulha das escutas?


MN: Com "O polvo dos papalvos e "Tripulha das escutas" não. Nem sequer conheço. Já o Blog da Bola, foi com grande emoção que me vi obrigado a encerrar, tantos eram os processos judiciais, todos arquivados porque apresentei provas do que dizia. Mas não deixei de gastar fortunas em advogados e despesas judiciais. Em toda a minha carreira jornalística tive 35 processos judiciais, todos arquivados antes de julgamento com a excepção de um, em que fui absolvido.


CdA: O que faria se lhe dessem a presidência de um dos clubes mais mediáticos de modo a "limpar" o futebol em Portugal?


MN: Mesmo como presidente de um clube podia fazer muito pouco. Primeiro tinha de conquistar a simpatia e a confiança da maior parte dos clubes e só juntos podíamos normalizar o actual sistema. Pinto da Costa demorou 10 anos a montar a máquina enquanto os clubes da capital se degladiavam.


CdA: Que previsão faz para o Futebol Clube do Porto e para o futebol nacional, quando Pinto da Costa abandonar o cargo no clube?


MN: Esse vai ser o grande problema dos portistas. Quando Pinto da Costa acabar, o clube também acaba.


CdA: É do foro público que o Marinho trabalhou para o Sporting contra o “sistema”. Quem foi a primeira pessoa a iniciar essa luta contra o “sistema” no futebol Português?


MN: Quando Dias da Cunha foi eleito presidente do Sporting, depressa se apercebeu da falcatrua que era o nosso futebol. Não sabia para que lado se havia de virar. Fui então contactado pelo seu assessor, Carlos Severino, para ver que disponibilidade tinha para trabalhar directamente com o presidente com a função de o alertar dos perigos que o clube corria. Inicialmente não me mostrei muito interessado, mas por outro lado pensei que poderia lutar por dentro e combater a corrupção, até porque a Polícia Judiciária já me tinha como consultor e não me pagava nada. Aceitei, mediante um bom vencimento e com a condição, por mim proposta, de que se não gostassem do meu trabalho despedia-me sem qualquer tipo de indemnização. Fiquei por lá seis anos, mas no meu segundo ano fomos campeões nacionais, principalmente porque o Sporting sabia com 15 dias de antecedência as armadilhas que lhes estavam a preparar. Um exemplo: 15 dias antes avisei o presidente que no jogo X que antecipava um jogo com o Porto, o árbitro da partida seria fulano e que Beto e Rui Jorge iriam ser espicaçados por esse árbitro durante o encontro para este encontrar motivos para os expulsar. No dia do jogo confirmou-se a minha informação. Num outro caso, num jogo decisivo para a conquista do campeonato, frente ao Boavista, soube que o árbitro da partida tinha ido almoçar com Valentim Loureiro, que era presidente da Liga. Avisei o presidente e todos ficaram em pânico. Não sabiam o que fazer porque não havia provas. Disse-lhes que a única coisa a fazer era Manolo Vidal, antes do jogo, quando fosse entregar as fichas aos árbitros, deveria dizer: "Então o almoço de terça-feira foi bom?" Mais nada. Quando o árbitro ouviu aquela pergunta associou de imediato a intenção do delegado ao jogo e ficou em pânico, contou-me depois Manolo Vidal. Durante esse jogo o árbitro até beneficiou o Sporting e fomos campeões. O árbitro não sabia que provas tínhamos e como era internacional, não colocou a sua carreira em risco. Mas a conquista do campeonato desencadeou uma série de invejas dentro do próprio clube e quando dei por ela estava a lutar contra gente que estava a ser paga pelo clube, mas que queria que este perdesse para conquistarem o poder e poderem fazer os seus negócios. Cheguei mesmo ao ponto de saber que os meus relatórios semanais eram entregues, por gente do Sporting, aos nosso principais inimigos, Porto e Boavista. Não sou nem nunca fui sportinguista e nunca escondi isso. Era apenas o meu trabalho.


CdA: As acções do Sporting nessa luta contra o “sistema” tinham qual objectivo? E as do Benfica? Os lutos pela arbitragem, levar DVD’s ao ministro ou qualquer outro tipo de protesto surtem mesmo algum efeito? Amedrontam o “sistema”?


MN: A primeira coisa que fiz, foi convencer Dias da Cunha de que devia fazer uma aliança com o Benfica se queriam conquistar o poder. Sempre disse que o inimigo do Sporting não era o Benfica, mas o Porto e o Boavista da altura. Consegui. Dias da Cunha fez uma aliança com Luís Filipe Vieira e foi à televisão dizer que as cabeças do sistema eram Pinto da Costa e Valentim Loureiro. Forneci documentos que provavam isso mesmo. O Porto e o Boavista começaram a sentir-se ameaçados e começaram a minar o Sporting por dentro utilizando alguns elementos que hoje continuam no clube. Dias da Cunha não aguentou a pressão e demitiu-se. Pedi a demissão com ele.


CdA: E crê que Benfica e Sporting alguma vez vão lutar em igualdade de circunstâncias com o Porto nos bastidores do futebol nacional? Essa união entre os dois clubes poderia purificar o nosso futebol ou acha que cada qual, à vez, preferem aproveitar o que podem do velho “sistema” que se encontra ainda, residualmente, instalado para próprio benefício?


MN: Para se ganhar e encontrar defesas para os mais diversos ataques, é necessário ter poder. Disse isso muitas vezes a Dias da Cunha. Primeiro tinham de conquistar poder na AF de Lisboa, como fizeram os Dragões na sua cidade. Depois encontrar aliados nas Associações mais poderosas para se chegar ao poder na FPF, mais propriamente na disciplina e arbitragem. Não para fazer o mesmo, mas para fiscalizar e enfraquecer o poder de manobra do seu mais directo opositor. É necessário que os árbitros sintam que estão sob vigilância permanente. Houve casos em que grandes árbitros eram promovidos e mostravam qualidade, mas se não se adaptavam ao sistema, eram despromovidos. Muitos queriam ser honestos, mas o sistema não lhes permitia tal atitude. Os mais vigaristas eram sempre os primeiros a ser promovidos. Para travar tudo isto era necessário ter poder e Benfica e Sporting não tinham um único dirigente na FPF ou na Liga para fiscalizarem a situação ou impor a sua vontade. Vejam o exemplo desta época: O Porto está zangado com o Sporting e Benfica e a época deles tem sido um desastre, imaginem o que seria se Sporting e Benfica fossem aliados. Tem sido assim ao longos dos 20 anos e os clubes de Lisboa não aprendem. Pinto da Costa é um mestre na acção de dividir para reinar.


CdA: Falou nos árbitros. É possível, a um qualquer árbitro, chegar a internacional sem essa tal “bênção” do “sistema”?


MN: Nem pensar. O próprio Vitor Pereira sabe que só está naquele lugar porque tem uma grande flexibilidade de coluna. Quando não for assim acontece-lhe como aos outros. É despedido ou criam-lhe situações que o obriguem a demitir-se.


CdA: O que aconteceu a quem lutou contra isso? Que outras protagonistas do Futebol, para além do Marinho, foram afastadas da ribalta do futebol?


MN: Infelizmente não há muitos mais. Lembram-se do árbitro José Leirós? Denunciou uma tentativa de corrupção por parte do Braga. Nesse dia era pré-internacional e a quem todos apontavam como internacional, mas no final da época, acabou por ser despromovido para a 2ª categoria e depois desistiu. Mas houve muitos mais, mesmo em termos de comunicação social. No programa "Donos da Bola" da SIC, tínhamos 52% de share, ou seja, o programa mais visto desta estação e de um dia para o outro acabaram com ele. Nós estávamos sempre à frente da polícia. A PJ tinha um plantão a ver o programa e com base nas nossas informações fazia buscas à segunda-feira. Nesse tempo o futebol tremeu, mas quem caiu fomos nós.


CdA: Sabemos que se tem dedicado a outras artes, com bastante sucesso até. Pensa ainda voltar a exercer a sua profissão, após ter sido um dos primeiros jornalistas de investigação desportiva ou será que esta nova geração de directores nas publicações continuam a não ter “tomates” para contrariar o poder?


MN: Para mim o jornalismo acabou, mas acabou porque eu quis. Os novos jornais não querem gente com coragem e integra. Querem moços de recados. Serviçais do poder. É como disse Sócrates: "Não me preocupo com jornalistas. Prefiro controlar os seus patrões." Hoje já não é uma questão de tomates, mas sim de atitude. Se tens tomates não tens onde escrever. Eu mesmo tenho o Golpe de Estádio 2 já escrito há mais de 6 meses e quando se soube disso desapertaram-me as rodas do meu jeep. Também sei que a maior parte das editoras estão controladas, assim como livrarias, vejam o que aconteceu ao livro do Octávio. Alguém falou disso??? Quase passou despercebido. É assim que o poder joga.


CdA: Por fim, gostaria de deixar alguma mensagem aos milhares de leitores "anónimos" que este e outros blogs de futebol congregam que repudiam a maior parte dos jornalistas pela falta de isenção inerente?


MN: Entendam melhor os jornalistas. Conheço muitos que gostariam de mostrar coragem, mas ela morre logo na marcação dos serviços."










Um grande Obrigado ao Vitto, autêntico serviço público...

Que farei eu com esta espada?

"Na mesma semana, com época a mais de meio, o nosso Benfica fraquejou e mostrou que não é invencível. Perdemos a invencibilidade na Champions League e também no Campeonato Nacional.

Há dois momentos em que as lideranças se distinguem: no momento da vitória, da segurança, e no momento da derrota, da ameaça. Nesses dois momentos, o líder tem o poder, tem a Excalibur. Tem a obrigação de, tal como o Conde D. Henrique no poema pessoano, olhar para a espada que tem em mãos e perguntar-se o que fazer com ela. Poderíamos, se não fôssemos Benfica, manter a espada na bainha, não agir, entregarmo-nos à frustração da derrota e, acreditando na campanha montada na mediocridade dos editoriais encomendados, fazer do pessimismo e do desânimo o caminho. Uma vez que somos Benfica, este caminho não é, não pode ser, opção. Seguimos em frente na liderança do campeonato e estamos obrigados a vencer adversário após adversário, com a convicção de que nenhum deles fará, como pontualmente fazem com alguns dos nossos rivais, do jogo uma farsa com vencedor antecipado. Deste modo, resta-nos lidar com a perda da invencibilidade como uma oportunidade para regressar ao bom hábito das vitórias. Resta-nos cumprir este propósito com humildade, a mesma que serve de base para se fazer uma caminhada digna; com ousadia, a mesma que distingue o conformadinho (assim mesmo em diminutivo) do inconformado; e, essencialmente, com uma entrega total, aquela que transforma homens em heróis.

Temos a espada em mãos, logo, o único caminho a seguir é, tal como no poema pessoano, erguê-la e fazer. Menos do que isto é trair o que há de Benfica em cada um de nós. Enfrentemos o futuro, sem medos."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O criador

"O Criador é submisso. O Criado obedece. O Criado ladra quando o Palhaço manda ladrar. O Criado é sinistro: cola-se às sombras dos túneis de onde surge para insultar e agredir. Os túneis são um vício: têm recantos escuros, e humidade, e visco. Eles gostam de túneis: sentem-se bem em lugares onde passam despercebidos e atacam pela calada; lugares onde não há testemunhas das suas acções cobardes. Eles são como fungos: a sua violência começa por ser silenciosa, mas espalha-se à maneira dos cancros. Eles entranharam-na como uma doença. A violência está-lhes no sangue, o insulto vulgarizou-se como um hábito quotidiano. É essa a sua natureza ignóbil. Invertebrados como o Criado foram amamentados a lodo e a fel. São seres inchados e adiposos: chouriços de pus. De gente têm pouco: ou nada.

O Criado é capaz de se arrastar nu pelas ruelas de Mafamude e de Crestuma, roçando no empedrado os joelhos ensanguentados, e gritando num desespero de ansiedade para que o levem a sério: «O Palhaço é Deus!» E é. Para ele é. Deus criador de todo o minúsculo e enviezado mundo que ele conhece. Para o Criador, o Palhaço é o génio acima de todos os génios. Por ele está disposto a tudo, menos a um gesto decente.

O Palhaço manda cuspir, ele cospe; o Palhaço manda vituperar, ele vitupera; o Palhaço manda escoicinhar, ele escoicinha. O Criador impacienta-se por ordens. A sua existência resume-se à vassalagem. É a ser espezinhado pelo Palhaço que o Criado se sente bem. Não quer ir para além da sua pequenez de verme. Quando, num túnel, pela milésima vez, ataca uma vítima desatenta com a boca cheia de palavrões e os cascos prontos para o coice, não pensa noutra coisa senão no reconhecimento do Palhaço. E, no recôndito do seu cérebro caliginoso, lembra-se: «Para a próxima venho de carro para o túnel. Posso atropelá-los como faz o Dono. É mesmo um génio!»"


Afonso de Melo, in O Benfica

Lixívia Extra-Forte IXX

Tabela Anti-Lixívia Extra-Forte:
Benfica.......48 ( -3)...51
Corruptos...46 (+1)...45

Braga..........43 (+4)...39
Sporting.......35 (0)...35


Esta semana 'atrasei-me', a vontade de escrever foi pouca!!! Vou tentar ser rápido...
É verdade que o Benfica facilitou o trabalho do Xistra e companhia, mas não posso deixar de relembrar: a falta que está na origem do golo do Guimarães não existe. Até podia discutir em teoria o contacto do Maxi, mas em situações exactamente iguais na área contrária, nada assinalou - relembro só uma falta sobre o Nolito logo no primeiro minuto!!! No lance sobre o Rodrigo, acho que não foi penalty, o defesa Vitó, quase sem querer toca na bola, o Rodrigo toca na bola e esta bate no pé do adversário quase ao mesmo tempo, que derruba o Rodrigo, é um lance no limite, mas aceita-se...!!! Mas o pior deste jogo nem foram estes dois lances, foi a dualidade de critérios constante durante os 90 minutos, assinalando tudo junto da área do Benfica, assinalando muito pouco, ou quase nada, junto da área do Guimarães, além do absurdo critério disciplinar, permitindo tudo aos Vitós, para depois nos últimos 15 minutos, para 'cortar' o ritmo de jogo, mostrar amarelos a tudo e todos!!! Uma nota para o estado deplorável do relvado. Portugal está em seca profunda mas em Guimarães parece que tem chovido muito. Estas tácticas não são novidade, aliás prevejo uma situação idêntica para Coimbra...!!! Uma última referência para a ausência do Urreta, supostamente por causa de uma gripe!!! Não gostei.

Em Setúbal o mais relevante foi a total passividade da equipa da casa, um autêntico jogo treino... nada de novo!!! Como não tive paciência para ver o jogo, confio na analise do Luís Fialho que afirma que ficou um penalty por marcar a favor dos Corruptos por Mão do Ricardo Silva!!! Nos poucos minutos que vi, assisti à mostragem de um amarelo ao Amoreirinha. Se o critério em Guimarães tivesse sido o mesmo, ao intervalo já o Benfica estaria a jogar em superioridade numérica!!!

Os Lagartos voltaram a 'chorar'!!! Com um comunicado ridículo... De todos os lances só o penalty sobre o Ricky me parece justificado, de resto só 'palha' para condicionar as próximas arbitragens!!!

Em Barcelos o Braga ganhou sem sobressaltos.

Anexos:


Benfica
1ª-Gil Vicente(f) E(2-2), João Ferreira, Nada a assinalar
2ª-Feirense(c) V(3-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Nacional(f) V(0-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4º-Guimarães(c) V(2-1), Duarte Gomes, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Académica(c) E(4-1), Vasco Santos, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
6ª-Corruptos(f) V(2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Paços de Ferreira(c) V(4-1), Bruno Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
8ª-Beira-Mar(f) V(0-1), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
9ª-Olhanense(c) V(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado
10ª-Braga(f) E(1-1), Proença, Prejudicados, (0-2), -2 pontos
11ª-Sporting(c) V(1-0), Capela, Prejudicados, Sem influência no resultado
12ª-Marítimo(f) V(0-1), Sousa, Nada a assinalar
13ª-Rio Ave(c) V(5-1), Bruno Esteves, Nada a assinalar
14ª-Leiria(f) V(0-4), Cosme, Nada a assinalar
15ª-Setúbal(c) V(4-1), Malheiro, Prejudicados, Sem influência no resultado
16ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
17ª-Feirense(f) V(1-2), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
18ª-Nacional(c) V(4-1), Jorge Sousa, Prejudicados, Sem influência no resultado
19ª-Guimarães(f) D(1-0), Xistra, Prejudicados, (0-0), -1 ponto

Corruptos
1º-Guimarães(f) V(0-1), Olegário, Beneficiados, (0-0), +2 pontos
2ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Leiria(f) V(1-4), Capela, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Setúbal(c) V(3-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Feirense(f) E(0-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
6ª-Benfica(c) E(2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Académica(f) V(0-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
8ª-Nacional(c) V(5-0), Cosme Machado, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
9ª-Paços de Ferreira(c) V(3-0), Hugo Miguel, Beneficiados, Sem influência no resultado
10ª-Olhanense(f) E(0-0), Capela, Prejudicados, (0-1), -2 pontos
11ª-Braga(c) V(3-2), Soares Dias, Prejudicados, Sem influência no resultado
12ª-Beira-Mar(f) V(1-2), Xistra, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
13ª-Marítimo(c) V(2-0), Duarte Gomes, Prejudicados, Sem influência no resultado
14ª-Sporting(f), E(0-0), Proença, Nada a assinalar
15ª-Rio Ave(c), V(2-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
16ª-Guimarães(c), V(3-1), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
17ª-Gil Vicente(f), D(3-1), Bruno Paixão, Prejudicados, Impossível contabilizar
18ª-Leiria(c), V(4-0), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
19ª-Setúbal(f) V(1-3), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado

Sporting
1ª-Olhanense(c) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2ª-Beira-Mar(f) E(0-0), Fernando Martins, Nada a assinalar
3ª-Marítimo(c) D(2-3), Proença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
4ª-Paços Ferreira(f) V(2-3), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
5ª-Rio Ave(f) V(2-3), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
6ª-Setúbal(c) V(3-0), Cosme Machado, Nada a assinalar
7ª-Guimarães(f) V(0-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
8ª-Gil Vicente(c) V(6-1), João Capela, Beneficiados, Sem influência no resultado
9ª-Feirense(f) V(0-2, Gralha, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
10ª-Leiria(c) V(3-1), Manuel Mota, Beneficiados, Impossível contabilizar
11ª-Benfica(f) D(1-0), Capela, Beneficiados, Sem influência do resultado
12ª-Nacional(c) V(1-0), Vasco Santos, Nada a assinalar
13ª-Académica(f) E(1-1), Rui Costa, Nada a assinalar
14ª-Corruptos(c) E(0-0), Proença, Nada a assinalar
15ª-Braga(f) D(2-1), Capela, Nada a assinalar
16ª-Olhanense(f) E(0-0), Vasco Santos, Nada a assinalar
17ª-Beira-Mar(c) V(2-0), Duarte Gomes, Nada a assinalar
18ª-Marítimo(f) D(0-2), Nada a assinalar
19ª-Paços de Ferreira(c) V(1-0), Jorge Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado

Braga
1ª-Rio Ave(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
2ª-Marítimo(c) V(2-0), Soares Dias, Beneficiados (1-0), Sem influência
3ª-Setúbal(f) V(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados (0-0), +2 pontos
4ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Costa, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f) E(1-1), Pedro Proença, Nada a assinalar
6ª-Nacional(c) V(2-0), Xistra, Nada a assinalar
7ª-Leiria(f) D(1-o), Marco Ferreira, Nada a assinalar
8ª-Feirense(c) V(3-0), João Ferreira, Nada a assinalar
9ª-Académica(f) E(0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
10ª-Benfica(c) E(1-1), Proença, Beneficiados, (0-2), +1 ponto
11ª-Corruptos(f) D(3-2), Soares Dias, Beneficiados, Sem influência no resultado
12ª-Paços de Ferreira(c) V(5-2), Marco Ferreira, Nada a assinalar
13ª-Olhanense(f) V(3-4), João Ferreira, Nada a assinalar
14ª-Beira-Mar(f) V(1-2), Rui Costa, Nada a assinalar
15ª-Sporting(c) V(2-1), Capela, Nada a assinalar
16ª-Rio Ave(c) V(2-1), Sousa, Prejudicados, Sem influência no resultado
17ª-Marítimo(f) V(1-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
18ª-Setúbal(c), V(3-0), Hugo Pacheco, Nada a assinalar
19ª-Gil Vicente(f), V(0-3), Hugo Miguel, Nada a assinalar

Até porque já não estávamos habituados

"SEMPRE que, por esse mundo fora, o cidadão brasileiro Edson Arantes do Nascimento diz qualquer coisa, logo lhe responde o cidadão argentino Diego Armando Maradona, normalmente mandando-o calar.

Os dois já deixaram de jogar faz tempo mas os adeptos, por esse mundo fora, continuam a tomar partido por um ou por outro, fervorosamente. Trata-se do infindável despique desportivo e ideológico em que Pelé e Maradona se embrulharam até porque nem um nem outro têm a certeza absoluta de qual deles foi, na verdade, o melhor do mundo.

Compreende-se. Se não houvesse dúvidas nunca se teria prolongado a discussão entre os dois muito para lá das quatro linhas do campo de jogo, como concordarão. E sempre que Pelé fala - e Pelé é, sem dúvida, o mais falador dos dois -, Maradona responde-lhe invariavelmente com frases em torno do mote «calado és um poeta».

E é aqui que devo dizer-vos, em face de tudo o que vi e ouvi, que sou partidária de Pelé a jogar e de Maradona a falar. E nunca vice-versa. Embora, também em face de tudo o que vi e ouvi, frequentemente me sinta partidária de Maradona quer a jogar quer a falar.

Esta semana, numa entrevista ao site da FIFA, Pelé confessou não ter ficado espantado com o colapso do seu Santos frente ao Barcelona na final do último Mundial de clubes. «Tenho visto jogar este Barça, fazem-me lembrar o Santos dos meus tempos, ou o grande Benfica, o Ajax, o Milan e o Real Madrid. Foram equipas que marcaram as suas eras», disse o antigo astro brasileiro.

O elogio é estrondoso e de certeza que não houve um benfiquista que não se tenha sentido feliz. A verdade é que, mais uma vez, o menos antigo astro argentino tem razão quanto a Pelé. Mais lhe valia ter ficado calado. Ou, melhor dito, mais nos valia ter ficado calado.

Na opinião de Maradona, sempre que abre a boca, Pelé borra a pintura e estraga a vida a alguém. Foi precisamente o que se voltou a verificar. Desde que Pelé pôs «o grande Benfica» nos píncaros da lua, o Benfica perdeu dois jogos de seguida, coisa que não acontecia há muito e que não estava nos planos de ninguém.

Nestes últimos dois dias já ouvi muitos benfiquistas historicamente pró-Maradona a reclamar indignadamente contra Pelé.

-Se tivesse ficado calado!

-A culpa é tua que nunca dizes nada de certo!

-Agouraste!

Coisas assim.

Também já ouvi muitos benfiquistas filosoficamente pró-Pelé a dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

-A rapaziada estava cansada.

-Ainda não vinham completamente descongelados.

-É que nem o Xistra precisou de se esmerar.

Coisas assim, ainda que diferentes das primeiras.

De fundamental, em São Petersburgo e em Guimarães, aconteceu que o Benfica se tivesse tido um bocadinho de sorte até tinha conseguido empatar os dois jogos. De essencial, com o Zenit, o Benfica não mostrou tarimba para segurar o 2-2 a escassos minutos do fim e com o Vitória, o Benfica não mostrou nem força nem acerto para o assalto do final do jogo. Esteve perto... mas nada.

É natural que os benfiquistas se sintam levemente descoroçoados com estes dois desaires consecutivos. Até porque já não estávamos habituados. Mas até pode ser que aconteça que estas duas derrotas não venham a ter o menor impacto negativo no percurso da equipa nesta temporada de 2011/2012.

Basta que o Benfica elimine o Zénite e vença o campeonato nacional para que, no balanço da temporada, se possa dizer sem fugir à verdade que as derrotas de São Petersburgo e de Guimarães foram apenas curiosidades para compor as estatísticas.

É pedir muito? Que o Benfica afaste o Zenit e seja campeão, será pedir muito?

Não sei, não sabe ninguém, como no fado.

E é por isso que vamos aguardar, a ver se acontece ou não acontece.

E voltamos a Pelé e a Maradona. Para, desta feita, e por uma única vez, dar razão a Pelé e utilizar as suas palavras. Porque em qualquer década, em qualquer época e em qualquer século, «um grande Benfica» não hesitaria em responder como se lhe pede, ou seja, em grande, a estas últimas contrariedades. De um pequeno Benfica, já não se pode esperar a mesma coisa.


PEGANDO no mesmo mote... Um grande Benfica não pode consentir que o jogo da segunda mão com o Zenit para a Liga dos Campeões se transforme num vulgar Benfica-FC Porto para as nossas questiúnculas internas e tudo por causa de um vulgar Bruno Alves qualquer.

Seria, sobretudo, uma grande perda de tempo, para não falar da desconcentração que tal desconserto implicaria.

A entrada de Bruno Alves sobre Rodrigo foi muito dura. Há quem defenda que com um árbitro mais sensível o jogador até poderia ter sido expulso sem que fosse um escândalo. Mas o árbitro do jogo de São Petersburgo era sueco, gente de outra cultura mais fria, e entendeu o lance como um despique acidental entre dois jogadores porque, certamente, não lhe passa pela escandinava cabeça que possa haver jogadores que lesionam outros jogadores de propósito.

E nisto estou com o árbitro sueco. E com Jorge Jesus e com Luisão que desvalorizaram o caso reduzindo-o a uma incidência não pecaminosa do jogo. É normal que o treinador e o capitão do Benfica saibam como não é importante nem fulcral fazer do Benfica-Zenit na Luz uma manifestação absurdamente ruidosa contra um especialmente escolhido jogador adversário que, por coincidência, foi jogador do rival interno do Benfica.

O Zenit é de São Petersburgo não é o Zenit de Bruno Alves. Deixemo-nos, portanto, de menoridades. E concentremo-nos naquilo que é, realmente, importante: fazer o Benfica regressar a uns quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Por ter imitado um cão quando marcou um golo ao FC Porto no jogo de São Petersburgo, ainda na fase de grupos na Liga dos Campeões, Danny foi massacrado pelos adeptos portistas com vaias constantes quando o Zenit foi ao Dragão. E, quando o jogo acabou, lá o vimos regressar às cabinas com os ouvidos cheios mas com a satisfação de se ter qualificado com a equipa para a fase seguinte da prova.

Danny foi agora chamado a depor sobre este caso de desamor entre os benfiquistas e o seu compatriota português e foi muito sucinto a expressar a sua ideia: «É uma estupidez passar o jogo a assobiar o Bruno Alves». Danny sabe como poucos do que está a falar.

No entanto, dificilmente passará Bruno Alves despercebido no jogo da Luz, isto se o treinador o colocar em campo na equipa titular.

Se ainda houve alguns - poucos - benfiquistas puristas que se disponibilizaram a acreditar que a entrada de Bruno Alves sobre Rodrigo não foi maldosa, perderam toda a fé na inocência humana quando, no dia seguinte, viram o jogador comodamente sentado no camarote presidencial do Dragão a assistir ao jogo entre o FC Porto e o Manchester City.

Houve uma grande indignação geral vermelha. Sinceramente, não a compreendo. Mas onde é que queriam que o Bruno Alves se tivesse sentado?


O FC Porto ficou a 5 golos de poder vencer a eliminatória da Liga Europa que teve de disputar com o Manchester City. Não foi, portanto, um despique equilibrado por mais que se tente puxar pela grande primeira parte do FC Porto no Dragão e pela grande exibição do FC Porto até ao último quarto de hora em Inglaterra.

Na verdade, o Manchester City controlou os 180 minutos em causa com uma autoridade e um Know-how que lhe advém da qualidade superior dos seus jogadores e da mestria do colectivo. O City de Mancini é, sem dúvida, a equipa mais italiana de Inglaterra ainda que de italiano só tenha o treinador. E chega. Pelo menos, chegou.

No Dragão, o City entregou o jogo ao FC Porto e quando se viu a perder deu a volta ao marcador com uma facilidade imensa. Ontem, encontrou-se a ganhar antes do primeiro minuto do jogo e fechou a loja. Deixou os campeões portugueses trocarem a bola de trás para a frente e vice-versa mas nunca perdeu o controlo da situação. Terminou o City em cinismo, massacrando o adversário com golos quando o tempo se começava a esgotar.

O FC Porto continua sem conseguir ganhar em Inglaterra. Mas o que impressionou mais ontem nem foi isso. Foi ver um FC Porto a jogar contra uma equipa de top da Europa sem ter argumentos para tal. E também a isso já não estávamos habituados."


Leonor Pinhão, in A Bola

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Na perseguição...

Benfica 5 - 2 Braga
Rodrigues(3), Cacau, Sérgio



Depois de um invulgar 0-0 na 1ª parte, repetindo o jogo com os Italianos, tivemos uma 2ª parte muito boa, com o João Rodrigues em grande destaque, a marcar e a assistir...
Depois da derrota dos Corruptos a semana passada, será de esperar que a 'máquina' queira voltar a ganhar uma vantagem confortável!!! O critério na marcação de faltas neste jogo, foi completamente absurdo... aliás os dois golos do Braga nasceram de livres directos, após o Benfica chegar ao limite das faltas...

Sem espinhas !!!




Benfica 35 - 21 Belenenses





Depois de assistir a jogos destes, torna-se difícil compreender os maus resultados que esta equipa, de vez enquanto nos presenteia!!! O adversário rapidamente ficou com o espírito quebrado, mas a jogar assim, não perdemos nenhum jogo em Portugal...!!!

O diabo a 4 na Rússia

"Depois do diabo do jogo em Guimarães, ainda São Petersburgo: o diabo a 4. Vejamos:

1.º diabo: o terriço em que se tentou jogar. Um regresso insólito aos pelados. Lembro-me do chinfrim à volta do Bósnia-Portugal. O então batatal foi um horto luxo quando comparado com aquela porção de tundra russa sarapintada de umas ervas rasteiras, musgos e liquenes. A UEFA - advogada do diabo - sempre tão sensível quando um jogador tira a camisola ao festejar um golito, foge como o diabo da cruz quando se joga num daqueles baldios.

2.º diabo: Bruno Alves que, adaptado àquela terra não estrumada, entendeu, no seu estilo terra-a-terra, distribuir de motu próprio uma castanhas bem quentes para aquecer a anca e o pé de um tropical brasileiro espanhol. E que, por artes de um outro diabo, não viu a cor do cartão mandá-lo para o diabo. É caso para se dizer venha o diabo e escolha. No dia seguinte apresentou relatório em casa do dragão: o diabo seja cego, surdo e mudo, limitei-me a ser viril.

3.º diabo: o árbitro que, certamente por simpatia metistofélica ou por ter vendido a alma ao diabo, resolveu ajudar o Benfica castigando Aimar... para que este possa jogar nos quartos de final. O cartão amarelo, que não lembra ao diabo, foi tão patético que, com tal critério, iam todos para o balneário enquanto o diabo esfrega um olho.

4.º (diabo): Shirkov que depois de marcar duas vezes ao Porto, resolveu repetir a dose ao Benfica. Um jogador com classe que, espero, deixe de ser um diabo à solta e se sinta perdido no inferno da Luz. Não vá o diabo tecê-las. O Benfica europeu não pode entregar a alma ao diabo."


Bagão Félix, in A Bola

Futebol e... Atletismo

"1. Cumprimos (e com excelente nota artística) mais uma jornada a caminho do título (esperemos...), com uma vitória clara (mais uma!) sobre o Nacional. Mas o meu fim-de-semana foi praticamente todo ele dedicado ao atletismo. E com grande agrado. Nas tardes de sábado e domingo, em Pombal, assisti ao regresso do Benfica ao título nacional de Pista Coberta, que não ganhava desde 1995. Foi confirmado o título de pista do Verão passado. O Benfica volta a ser o primeiro em Atletismo (para já, no sector masculino) e, a par da classe dos nossos atletas, agradou-me especialmente o espírito de equipa existente, com todos os atletas a apoiarem quem estava em acção e a festejarem, no final, as respectivas vitórias. Na manhã de domingo estive em Espinho, integrado na nossa equipa de veteranos que disputou o Campeonato Nacional. Aí, mais importante que os resultados (e a nossa equipa até deu nas vistas) é o convívio. E a jornada não poderia ter terminado melhor: o último atleta a actuar foi o nosso Adriano Gomes, 89 anos bem rijos, a completar a equipa da estafeta de 4x200m do escalão dos 75 anos, naturalmente última a chegar mas com todo o pavilhão a aplaudir e muita gente (entre os quais numerosos atletas de outras equipas) a gritar 'SLB, SLB, Glorioso SLB'. Bonito e até comovente!

2. Não é surpresa, mas é agradável saber: o Benfica foi o 21.º clube europeu com mais receitas na época de 2010/11 e aquele que lidera entre os campeonatos mais pobres, fora das cinco grandes ligas. Entre os 30 primeiros, apenas o Ajax (26.º) também não pertence a essas cinco ligas. E o nosso Clube consegue esta classificação com uma mísera receita de televisão de 8M €, que corresponde apenas a 8% do total de receitas. São vários os clubes que dependem da TV em mais de 50% e, não considerando as receitas televisivas, o Benfica é o 12.º clube com mais receitas, superando mesmo o Inter, Liverpool, Manchester City, Juventus ou Marselha.

Mantendo-nos na Champions, é bem possível que daqui a um ano estejamos a referir uma entrada no top-20 e, quando as nossas receitas televisivas reflectirem o verdadeiro valor do Benfica no mercado televisivo, o pulo será bem maior."


Arons de Carvalho, in O Benfica

Numa noite de sábado

"Sábado à noite, o nosso Benfica jogou com o Nacional e o jogo transformou-se em arte. Isto por mérito das duas equipas e para privilégio dos adeptos que encheram a nossa Catedral. O Nacional foi uma equipa honesta, jogou um futebol positivo, em prol do espectáculo e procurando, sem antijogo, ganhar. O Benfica foi brilhante.

No relvado, a geometria rigorosa das movimentações tácticas foi pano de fundo para a expressão do génio individual. Nolito foi a ousadia do futebol de rua, do futebol desconcertante. Gaitan regressou aos melhores momentos e deixou-nos uma jogada daquelas que, sabemos quando a vemos, servirá de mote à convocação da memória, apenas para podermos dizer “estava lá e vi”. Rodrigo faz-nos acreditar que qualquer jogada, independentemente da zona do campo, é potencialmente um golo do Benfica. Aimar é Aimar, é o nome acima do título do jogo. Na Luz herdou o número de Rui Costa, na Argentina herdou o número de Maradona. Isto basta para fazer dele um predestinado e de nós, espectadores, privilegiados.

O público vibrou, sofreu, aplaudiu e, acima de tudo, sorriu. Ficou com a convicção de que tinha visto longos minutos de futebol supino. A exibição do nosso Benfica teve largos minutos de uma qualidade genuína, que nem a azia de um ou outro ‘opinadeiro’ conseguiu macular.

No entanto, houve um elemento que se esforçou por não estar à altura da dignidade do jogo. Foi aquela figura que conseguiu enervar o público, os jogadores do Benfica e o próprio treinador. Foi a personagem que nos fez sair do Estádio com a certeza de que, para sermos campeões, não nos basta ser melhores… temos de ser muito melhores do que os adversários. Particularmente dos adversários que jogam com um apito na boca."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Democracia versus Populismo

"A matriz democrática do Benfica acompanha-o desde o seu nascimento, resistiu à ditadura, e precedeu à liberdade trazida pelo 25 de Abril. É por isso algo que, enquanto benfiquistas, nos deve orgulhar, por muito que outros tentem reescrever a história à medida das suas conveniências.

Essa Democracia ficou expressa nos diversos actos eleitorais que escolheram líderes e trilharam o rumo do Clube, sempre de acordo com a vontade das maiorias, mesmo quando essas escolhas se revelaram erradas - como, por exemplo, em 1997, quando uma maioria circunstancial se deixou seduzir pela demagogia, à revelia dos que, corajosamente, mas sem sucesso, tentavam avisar para os perigos de tal escolha.

A vontade dos sócios é, pois, o alicerce em que o nosso Clube sempre estabeleceu, e continuará a ser ela a determinar o futuro, mesmo num contexto fortemente mercantilizado como o do Desporto actual.

Não podemos, porém, confundir as coisas. De um lado está a soberania dos sócios, que escolhem os dirigentes de forma democrática e livre. De outro está a legitimidade que, a partir daí, esses dirigentes têm para tomar decisões que lhes cabem, e sobre as quais irão ser responsabilizados a seu devido tempo.

Temos um bom exemplo, nos nossos vizinhos e rivais, de como um clube gerido de fora para dentro pode resultar numa manta de equívocos de inclinação suicida. Recordemos como fecharam a porta a um treinador chamado José Mourinho, e como, anos mais tarde, também deitaram fora o actual seleccionador nacional. Em ambas as situações, o poder da rua sobrepôs-se ao poder eleito, criando um caldo onde a gritaria epidérmica levou a melhor sobre a ponderação sensata. Obviamente, o grande prejudicado foi o clube.

Não é isso que queremos para o Benfica. Aqui decide quem foi eleito para o fazer, até porque mais ninguém tem o conhecimento integral dos dados relativos a cada decisão. Numa altura em que há assuntos importantes sobre a mesa, é também importante que não nos esquecemos dos exemplos aqui evocados."


Luís Fialho, in O Benfica

A evidência dos números

"Há sempre números que dizem mais do que as palavras, embora as palavras sejam insubstituíveis quando se trata de definir estratégias e de expor ideias. Falemos então de números. O Benfica, com 102,5 milhões de euros de receita na última época temporada, está à beira de entrar para o clube dos 15 mais ricos do mundo, o qual é liderado pelo Real Madrid, logo seguido pelo Barcelona e pelo Manchester United. O Benfica encontra-se em 21.º lugar, com um encaixe de receitas notável para o contexto nacional.
Significam estes números que o Benfica tem gerido bem a sua actividade e sobretudo conseguido mobilizar público para os estádios, o que corresponde sempre a uma parcela relevante das receitas obtidas. Este ano, com uma dinâmica de vitória cada vez mais consolidada e com a presença promissora na recta final da Liga dos Campeões, tudo leva a crer que esta tendência para o crescimento se mantenha e se acentue.
O Benfica consegue estar de boa saúde quando a regra, em tempo de vacas magras, não é essa, com tendência, aliás, para se degradar.
Consultando os números em que assenta esta lista milionária, verificamos o peso dos principais campeonatos europeus, podendo extrair-se dessa leitura a seguinte ilação: apesar da profunda crise estrutural que afecta a Europa, este continua a ser o grande continente do futebol enquanto desporto-espectáculo-indústria, com uma cobertura mediática que o globaliza e transforma, neste domínio, em permanente referência mundial. O saldo apresentado pelo Benfica representa um aumento de quase quatro por cento em relação ao valor alcançado na temporada anterior. Para tanto terão contribuído, para além da presença na Liga dos Campeões, a forte e mobilizada massa de apoio com a qual o Clube conta e que é claramente pluri-etária, já que nas bancadas se encontram pessoas de todas as idades, com idêntico grau de entusiasmo. É bom sinal, porque, quando o Benfica está bem, Portugal consegue ficar melhor."

José Jorge Letria, in O Benfica

Valores

"Naquele tempo Jesus chegou à 100.ª vitória pelo Benfica e Cardozo aos 200 golos da sua carreira. Só na Liga leva 14, sem ninguém à sua frente. Mas que se cuide o Tacuara: Rodrigo e Nolito estão igualmente entre os cinco melhores marcadores. O Benfica lidera e agora já fala da vaga de frio que vai por aí nestes termos: menos cinco no Porto, menos oito em Braga, menos 16 no Funchal e em Alvalade.

Talvez por ser cenário de tantas celebrações, o jogo do Benfica com o Nacional levou à Luz mais de 53 mil espectadores e foi uma festa. O segundo golo, com o fantástico slalom de Gaitán e a finalização de Cardozo, foi daquele que valem o bilhete do jogo. Mas depois que bilhete daria para ver o golaço de Rodrigo?

Em tempos de crise, com o País mergulhado cada dia em nova onda de depressão, o Benfica foi sujeito de uma notícia positiva mas escassamente divulgada: um estudo da Deloitte coloca o Glorioso em 21.º lugar da tabela dos clubes com mais receitas, à beirinha de entrar para o Top 20 da Football Money League. A própria Deloitte reconhecia a imensa base de apoio de adeptos do Benfica como a maior riqueza do Clube. Mas o Benfica é um Clube e uma sociedade com os pés assentes na terra e que faz da credibilidade o seu activo mais seguro. Não tem off-shores nem poços de petróleo debaixo do relvado para fazer disparar até aos 18 milhões o preço de um jogador da defesa nem para comprar 20 'reforços' numa época. Vende, claro que vende, porque essa é uma valiosa receita de um Clube de um País com a dimensão de Portugal. Vende activos aos quais acrescenta mais-valias. E compra. O mais recente reforço do Benfica deu mais uma grande alegria ao Clube, à equipa e à bancada: Pablo Aimar fica mais um ano no Benfica."


João Paulo Guerra, in O Benfica

Eusébio

"Eusébio está hospitalizado pela terceira vez em dois meses. A experiência diz-nos que esta frequência é um mau indício e que serão bem-vindas todas as preces para um final feliz, que lhe permita vencer mais este desafio e viver com qualidade junto da família e amigos.

Ele é um ídolo de várias gerações, mas em particular dos que começámos a ver futebol por volta de 1966, o ano em que este desporto maravilhoso despertou definitivamente à escala mundial, graças ao simultâneo desenvolvimento da televisão e das transmissões via-satélite.

A tendência para comparar jogadores de décadas diferentes é um erro comum, em que alguns deles por vezes também se envolvem. Maradona e Pelé, por exemplo, digladiam-se há 25 anos, por vezes com a aspereza picaresca dos velhos dos Marretas. Mas até nos dias que correm a competição incontornável entre Ronaldo e Messi desassossega, alimenta paixões cegas, mas também ajuda ao negócio a ascender ao nível da deificação, sempre irracional e alienante.

Eusébio assumiu muito naturalmente e por decreto popular trono e cetro, adotando com o tempo uma postura majestática, levemente despretensiosa. Gosta que o tratem por “King”, observa os súbditos com paternalismo e, durante muito tempo, gozou de uma abrangência que vem agora sendo posta em causa nalguns ajustes de contas com a história, nomeadamente em relação à sua conturbada relação com o Sporting. Mas nunca invejou a projeção de eventuais herdeiros, tal como no seu tempo soubera relativizar o sucesso em função da grandeza de outros, como Di Stéfano ou Bobby Charlton.

Quem com ele tenha convivido algum tempo e nalgumas missões do seu desempenho de embaixador honoris causa deste país guardará a admiração imensa pela capacidade exemplar de partilhar confiança, vontade e bonomia. Vontade de vencer, em particular, que soube sempre transmitir às equipas do Benfica e da Seleção Nacional, por vezes em ambientes da maior descrença.

Tal como acontece em tantas outras áreas da vida pública, o país não tem aproveitado as suas figuras desportivas de referência, ao contrário do que acontece em praticamente todos os países. É um problema estrutural que decorre da baixa formação desportiva dos nossos dirigentes políticos, que também já emanam hoje das claques e do fanatismo emblemático – fazendo-nos prever, sem margem de erro, que o pior ainda estará para vir.

Mas Eusébio tem uma estátua, um torneio e um reconhecimento público que não carece de mais investimento, nem atenções, embora nem sempre tenha sido assim. A reaproximação promovida pelo atual presidente do Benfica veio retirá-lo de um ostracismo social que afeta realmente todos os ídolos de sucessivas gerações, sem condições de resistirem à voragem do tempo, às modas passageiras e aos epifenómenos que abalam ciclicamente os círculos mais mediatizados. E o seu prestígio inabalável nunca necessitou de qualquer retoque, abono ou aditamento, porque representa uma fase da história em que, sem a mediatização dos nossos tempos, a transparência era total e os dirigentes eram sérios e, sobretudo, responsáveis."


Na defesa da 'nossa' Taça...




Benfica 3 - 1 Fonte Bastardo


25-19, 20-25, 25-21, 25-14



Estou muito curioso para saber qual será o nosso adversário nas Meias-finais da Taça, depois do Guimarães, do Sp. Espinho e agora do Fonte Bastardo, só falta Castêlo da Maia, e depois jogamos a final com a Ac. Espinho ou os Vilacondenses!!!


Hoje, abanámos um pouquinho, mas soubemos reagir, a confiança é muita...

Juniores - Fase Final - 2ª jornada

Benfica 2 - 0 Setúbal



Isto está a começar bem, mas ainda faltam muitos jogos, nada está decidido... o próximo jogo é no antro dos Corruptos, que estão com a corda no pescoço, portanto não será fácil (nunca é!!!)...


Benfica.........6

Braga............6

Nacional.........4

Sporting.........3

Leiria............1

Guimarães.....1

Corruptos......0