sexta-feira, 31 de maio de 2024

5.ª Campeãs Nacionais

Benfica 14 - 8 Fluvial Portuense

Pentacampeonato, na negra, numa partida que até começou mal, mas mesmo com muitas bolas nos postes, fizemos uma remontada, e ganhámos largo...

Estamos vivos... em mais uma roubalheira épica!

Braga 3 - 6 Benfica

Para o Benfica ganhar um jogo nestas condições, só num cenário dum alinhamento astronómico único e raro! Foi uma Roubalheira gigante, desde do início, até ao fim... Valeu tudo: perdão constante de faltas aos da casa; golos irregulares contra o Benfica; penalty's não assinalados a favor do Benfica; penalty inventado contra o Benfica a segundos do fim.. etc... e ainda tivemos como prémio, o arremesso constante de objetos e líquidos para cima do banco do Benfica, sempre que o Benfica marcava um golo!!! Um festival... além dum ressabiamento gigante de alguns dos nossos ex-jogadores, que contra outros adversários, suam 10%!!!!!

O Mário Silva, geriu a equipa um pouquinho melhor, principalmente na marcação ao Alan e nas poupanças já a pensar num 4x5 (contra) na parte final! Mas a grande diferença esteve mesmo na eficácia, principalmente nas bolas paradas...

A lesão do Robinho na parte final acabou por ter alguma influência no 5x4 do Braga, mesmo sem correr muito o Robinho tem muita influência no jogo deles, nem que seja nas jogadas onde 'oferece' espaço ao guarda-redes para subir!!! Se não jogar na Segunda, poderá ser importante...

Agora pede-se a mesma atitude defensiva, e muita cabeça com a bola nos pés!

Penalty's madrastos...

Benfica 2 (1) - (2) 2 Oliveirense
(Roca)

Perdida a vantagem de jogar em casa, logo no 1.º jogo, em mais uma derrota nas penalidades (tem sido uma razia, os penalty's em todas as modalidades!), numa partida onde fomos a única equipa que tentou ganhar a partida, mas contra os apitos da sra. Sílvia Coelho e dum dos Pintos, é muito complicado! Inacreditável como a Oliveirense parou na 14.ª falta... e como não mandaram repetir o penalty marcado pelo Ordoñez!

Contra o Benfica, já todos perceberam que jogando com tudo lá atrás, fazendo anti-jogo, deixando os ataques chegar ao fim, com remates parvos de longa distância, à espera das bolas paradas, não permitindo transições rápidas ao Benfica, fazendo faltas atrás de faltas, que não são assinaladas, chega para ganhar!!!

🚨 TODA A VERDADE 🚨

Onda...


"Bem…dia fantástico da comunicação social tão ávida que anda em cavalgar a onda da clivagem entre a nação Benfiquista!
Em um lado, artigo a lançar as habituais suspeições sobre o atual presidente,
Em outro lado as primeira declarações do “Dom Sebastião Benfiquistas aka Noronha Lopes”
E em outro lado, entrevista do anterior presidente.
E vou analisar ponto a ponto!
Primeiro as suspeitas que agora recaem sobre Rui Costa, há quase uma década que o MP investiga os negócios do Benfica, há quase uma década que viram e reviram os contratos do Benfica, os emails em que esmiuçaram toda a vida do clube, há mais de uma década que supostamente as assinatura de Rui Costa aparecem em contratos e apenas agora que ele é presidente e após um época de falhanço total é que aparecem as suspeicoes sobre a sua idoneidade por parte do MP?
Somos todos parvos? Quem está a instrumentalizar o MP?
Porque apenas os negócios do Benfica são alvo de escrutínio ao nível que vemos na praça pública há anos?
Quem mexe os cordéis por trás dos bastidores??
Ponto dois, as primeira palavras do “Dom Sebastião”, o principal responsável pela criação de uma separação entre adeptos, porque sim, a obra é sua e das suas táticas de guerrilha comunicacional, em que recorreu a equipas de propaganda política adoptando estratégias eleitoralistas com método norte americano, após a criação do “monstro” fugiu como é seu apanágio e reaparece como qualquer abutre pairando sobre a carcaça de um animal à espera para se alimentar…bravo.
Terceiro, Luís Filipe Vieira que há muito se deveria ter remetido ao silêncio e a sua posição de ex presidente, gaste as suas energias a defender-se das acusações, que bem sei foram fabricadas, que pairam sobre si, e deixe o Benfica em paz, por muito que lhe custe.
Foi rei morto e rei posto, os sócios foram soberanos e infelizmente os que mais apregoam os valores democráticos são os que menos os respeitam!
É por isto circo que estou farto deste modelo gasto de clube dos sócios, queremos ser os melhores dos melhores, mas passamos a vida a debater o sexo dos anjos e a medir pilinhas!
Os grandes clubes mundiais, salvo raras excepções são todos de proprietários, e as exceções são Real Madrid (cuja fortuna do presidente dava para comprar o clube 3/4 vezes), Barcelona…cujo declínio financeiro está à vista e Bayern Munique cujo modelo de negócio alguém há uns anos tentou implementar no nosso clube e foi o que foi…de resto são tudo clubes empresa nas mãos de empresários mais ou menos sucedidos e que alimentam os clubes!
Querem, podem e mandam.
Não ficam nas reféns das vontades destes ou daqueles e isto tanto serve para o bem como para o mal, mas ter medo deste “bicho” papão já não tenho.
Prefiro mil vezes que o Benfica possa passar a ser gerido dessa forma do que nesta luta de egos!
Tenho dito."

Di María, 'mal' que vai por bem?


"Sem Rafa e sem o argentino, Roger Schmidt perde quota individual no seu modelo

Roger Schmidt não encontrou soluções para uma equação difícil. Por um lado, equilibrar o que Di María desequilibrava atrás, por outro desequilibrar ofensivamente onde havia profundidade a menos com a saída de Grimaldo. O problema não terá sido gerir demasiados craques, apenas a soma desses dois problemas e de um outro: Fideo era demasiado impositivo, pela ligação a Rui Costa e pela qualidade de execução, para estar em segundo plano.
Se tivesse sido por essa inabilidade na gestão dos melhores, Neres não teria acabado a temporada a titular, ao contrário da anterior, durante a qual o alemão nunca teve receio em deixá-lo no banco. Schmidt montou então o trio de apoio a Gonçalo Ramos da seguinte forma: João Mário, Rafa e Aursnes. E correu bem.
Só que os tiros ao lado do Benfica sobretudo à esquerda, na demanda pelo sucessor de Grimaldo, mas também no direito, com Bah a reforçar a ideia de uma propensão para lesões que obrigaria a ter suplente à altura, forçaram o norueguês a pisar terrenos recuados, logo depois de se esgotar a tentativa Morato. Ainda que melhor solução, Aursnes foi apenas minimamente competente e assim tornou-se necessário acrescentar talento ao ataque. Daí Neres, mesmo com todas as dificuldades no momento sem bola, minimizadas com a recuperação de Florentino, que não chegaria para tudo e ainda não evitou, ele próprio, um ou outro momento de desnorte. Antes ainda, com João Mário à esquerda, mas sempre com Rafa e Di María, e um avançado menos voluntarioso do que aquele que hoje veste as cores do PSG, o castelo de cartas não podia apanhar uma mera brisa que se desmoronava.
A confirmar-se agora a saída do argentino, logo depois da de Rafa, Schmidt contará com menor quota individual no modelo e terá forçosamente de recuperar dinâmicas coletivas. O que poderá ser bom, apesar de parecer paradoxal. Nem que seja por não ter conseguido esse equilíbrio com Di María em campo.
Se conseguir de certa forma substituir a velocidade de Rafa e escolher bem o avançado, um definidor por excelência, que trabalhe do ponto de vista da pressão e também chegue veloz à baliza – as transições são fundamentais no processo Schmidt –, o ponto de embraiagem poderá ser mais facilmente encontrado. A equipa voltará a estar mais junta, confortável e confiante. Mas isso também implica ter os laterais certos. Ou seja, mais erros, mesmo com uma prospeção debilitada e aparentemente sem soluções à vista, não serão perdoáveis.
Há ainda a incógnita João Neves. Se sair, e porque Aursnes dificilmente será médio centro de equipa de ataque posicional bem vincado, obrigará certamente a um outro Enzo. E não só está também de regresso Schjelderup, como há que aproveitar Rollheiser, Prestianni (a ficar) e Marcos Leonardo. Schmidt não pode passar ao lado do talento.
A derradeira missão é, todavia, tornar a primeira fase de construção resistente à pressão. Para isso, poderão ser necessárias apostas de risco e decisões corajosas, tal como na sua primeira temporada na Luz."

Do topo à depressão


"A abertura tem contribuído para quebrar a ilusão do atleta-herói

O mundo do desporto é frequentemente associado à glória e ao sucesso. No entanto, por detrás do brilho das medalhas e das vitórias, muitos atletas enfrentam batalhas invisíveis, mas desafiantes, como a depressão. Nos últimos anos, atletas de renome têm exposto as suas lutas pessoais com a saúde mental, trazendo à luz uma questão que, por muito tempo, permaneceu nas sombras. Exemplos disso são o caso da ginasta Simone Biles que optou por se retirar de várias competições em prol da sua saúde mental. E também dos futebolistas Iniesta e Henry que falaram da sua depressão. Esta abertura tem contribuído para quebrar a ilusão do atleta-herói e mostrar que os momentos de maior glória podem ser acompanhados de sofrimento emocional.
Mas o que é a depressão? A depressão é uma perturbação mental caracterizada por uma sensação persistente de tristeza e perda de interesse em atividades que, normalmente, seriam prazerosas. Ela afeta a forma como a pessoa se sente, pensa e lida com as atividades diárias, podendo interferir na vida pessoal e profissional. Em casos graves pode levar à ideação suicida. Pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. A depressão é muitas vezes desencadeada por eventos stressantes ou por alterações químicas do organismo. É crucial compreender que a depressão é condição de saúde, não fraqueza ou algo que a pessoa possa superar por que sim, por uma questão de vontade.
Alguns estudos recentes apontam para uma prevalência de depressão entre 15% a 23% em atletas de elite. Os atletas, para além de todos os fatores que nos influenciam a todos nós, são uma população específica cujas condições os tornam uma população mais vulnerável. Por exemplo, a pressão para o desempenho de alto nível, as lesões, a exigência constante de superação, o cuidado da imagem pública, a pressão dos media, o número de transições e mudanças, o isolamento e, ainda, o final de carreira precoce elevam os fatores de risco para a depressão.
Apesar da elevada prevalência de depressão entre atletas de elite este é ainda um tema subdesenvolvido. O estigma da saúde mental, o medo de julgamento e a falta de consciencialização sobre perturbações mentais, bem como o receio de consequências negativas a nível desportivo (convocatórias, contratos...) condicionam os atletas a expor com mais frequência a sua saúde."

O meu onze da Liga


"Este vai ficar na história como o campeonato de Gyokeres, mas não faltam cá craques. Muitos

Caiu o pano na temporada 2023/2024 com a final da Taça de Portugal colorida de azul e branco. Um bom momento para fazer o balanço de uma temporada que acabou com um troféu para cada um dos quatro primeiros classificados e também para eleger o meu onze. Vou cingir-me à Liga e apostar num modelo clássico, o tradicional 4x4x2.
Na baliza, Diogo Costa foi indiscutivelmente o melhor guarda-redes do campeonato. O número 1 da Seleção Nacional transmitiu sempre confiança e conseguiu disfarçar muitas debilidades da equipa, que, ainda assim, acabou por ser a melhor defesa do campeonato, com 27 golos sofridos, menos um que o Benfica e dois que o Sporting.
Na direita coloco Geny Catamo, talvez a maior revelação da temporada. Rúben Amorim transformou um extremo irregular num lateral desequilibrador - depois de ter feito do médio Pedro Gonçalves o melhor marcador da Liga, os sportinguistas já devem estar a sonhar com mais uma descoberta… No centro, outro sportinguista, Gonçalo Inácio, um esquerdino sem rival em Portugal e já a pedir outros palcos, e Otamendi, que com a sua experiência segurou a defesa de um Benfica sempre desequilibrado - e disso muito se ressentiu o prometedor António Silva. Na esquerda o lugar é de Nuno Santos, outra adaptação de Amorim que a cada jogo justifica a aposta. Tanto que já muitos questionam o porquê de não estar entre os eleitos de Roberto Martínez.
No meio-campo, a posição de médio mais defensivo é de Hjulmand, com licença de Alan Varela, que também me impressionou. O dinamarquês chegou quase como um desconhecido e pegou de estaca. Um dos que transfigurou o Sporting. À sua frente coloco João Neves, um médio ímpar. Daqueles que faz tudo e faz tudo bem. E o mais impressionante é que só tem 19 anos. Na direita, outro benfiquista: Di María. Um regalo poder vê-lo no futebol português, de onde há muito tinha partido para conquistar o mundo. É de outra galáxia. Não peçam a um craque para defender… Para completar o setor, Rafa, que somou 14 golos e 12 assistências apenas no campeonato. Deixa a Luz após, curiosamente, a melhor época da carreira: 22 golos e 15 assistências! Provavelmente, vai ser daqueles a quem só quando estiver longe lhe vão dar o devido valor.
Na frente, claro, Gyokeres. O vencedor de A BOLA de Prata, com 29 golos, e o melhor jogador da Liga. De longe. O sueco tudo mudou no Sporting. Teve um impacto brutal na equipa e com ele todos melhoraram. Este vai ficar na história como o campeonato do Gyokeres. Não é preciso acrescentar mais nada. Bem, é… neste artigo. Outro avançado. E escolho Jota Silva, pelo trajeto ascendente, pela alma com que joga e pela qualidade que apresenta no Vitória. Já chegou à Seleção Nacional e não vai ficar por aqui. Não há muitos como ele."

FC Porto e Benfica: os dados estão lançados


"No Dragão respiram-se os ares da aurora; na Luz só bons resultados na próxima época podem arejar a casa

André Villas-Boas tomou conta, finalmente e na plenitude, do FC Porto, mais de um mês depois de ter sido eleito e ainda a gozar o prazer da conquista da Taça de Portugal. Já sabia ao que ia, mas só talvez a partir de agora começará a ter a verdadeira noção do enorme desafio que o espera e da dimensão real dos problemas, de que a «situação muito difícil de tesouraria», como chegou a dizer, pode ser a ponta do iceberg.
Fazer muito, depressa e bem com o espartilho de uma situação financeira superdelicada não será fácil e é previsível que demore pouco tempo até apelar à compreensão dos adeptos. Nada melhor do que ser transparente, será sempre essa a arma mais adequada, sobretudo para quem aproveitará todas as oportunidades para lembrar o anterior presidente.
Villas-Boas terá de começar pela anunciada substituição do treinador. E seja quem for o escolhido será complicadíssimo calçar as botas de Sérgio Conceição. Admitindo-se que sete temporadas possam ter causado desgaste em alguns sócios e adeptos, é impossível ignorar a dificuldade de encontrar alguém com um perfil que case tão bem como o de Conceição casou com o FC Porto, para o bem e para o mal, alguém que compreenda as idiossincrasias do clube e do futebol português e que delas tanto proveito consiga tirar, alguém que consiga sobreviver na escassez e conquiste troféus — 11 no caso de Conceição, entre os quais três campeonatos. Villas-Boas, com Zubizarreta e Jorge Costa, terá depois de construir um plantel competitivo. Haverá, provavelmente, grande transformação, dentro dos condicionalismos financeiros conhecidos, será um FC Porto, praticamente, a começar do zero. Mas com o benefício de as expectativas não serem exageradas.
O novo presidente do FC Porto tem a favor dele a força da mudança e o ar fresco de uma aurora de liberdade. Mas, como outros em qualquer lugar, cedo ou tarde, também precisará da bola que entra na baliza para que tudo posso fazer ainda mais sentido.
A entrevista de Rui Costa na última semana — saúda-se o ar fresco de ter sido com vários órgãos de comunicação social e não fechada para dentro e no canal de televisão do clube — dificilmente terá mobilizado os benfiquistas mais descrentes em Roger Schmidt.
Se a legitimidade de manter o treinador é indiscutível e inatacável, as justificações para mantê-lo, como o sucesso na primeira época, a paixão dele pelo trabalho no Benfica ou a estabilidade do projeto, são ligeiras para a profundidade das feridas de parte significativa de sócios e adeptos.
Também explicar que houve erros na contratação de jogadores e prometer corrigi-los parece pouco para quem gostaria de saber mais. O presidente do Benfica, por outro lado, também não deveria ter chegado ao fim da época sem saber se Di María fica ou sai.
Quanto a José Mourinho já aqui o disse e repito — seria imprudente para não dizer irresponsável se o presidente do Benfica não considerasse a contratação dele. Saúda-se, também, que, mesmo não podendo dizer tudo, Rui Costa tenha neste caso dito tanto.
Os dados estão lançados no FC Porto e no Benfica. Mas na Luz, mesmo depois das palavras de Rui Costa, só bons resultados na próxima época podem arejar a casa. Até a bola entrar na baliza o ar continuará a ser pesado para quem não foi suficiente o que Rui Costa disse."

Protocolo do VAR e o mau exemplo da NBA


"Quando uma boa decisão por vias tortas tem de ser alterada para tremenda injustiça

«Uma falta pessoal não é passível de revisão quando uma equipa pede a revisão de uma saída de bola, nem a não marcação de uma falta é um evento que pode ser contestado»
Informação da NBA no relatório dos dois últimos minutos do jogo Timberwolves-Mavericks

Centro da direita, o defesa faz-se à bola e corta de cabeça, o árbitro acha que foi com a mão. Penálti! Hoje seria revertido pelo VAR, em 1997/1998 valeu castigo máximo ao SC Braga contra o Belenenses. Mas e se fosse fora da área, e se valesse o segundo cartão amarelo ao jogador que cortara de cabeça? O VAR nada poderia fazer, apesar da evidência do erro e do peso que poderia ter no resultado final.
Mas este texto não é sobre futebol. Porque se o protocolo do VAR precisa de ser afinado, há modalidades onde as injustiças são ainda mais gritantes.
No jogo 2 da final de Oeste da NBA, os Minnesota Timberwolves venciam por dois pontos quando Jaden McDaniels recebeu a bola junto à linha de fundo. Segurava-a quando recebeu uma forte palmada no pulso esquerdo dada por Kyrie Irving, dos Dallas Mavericks. A bola saiu pela linha de fundo e a equipa de arbitragem considerou que Irving a tocara, mantendo a posse com os Wolves. Só que, no banco, o especialista em revisão de vídeos dos Mavericks viu que Irving não tocara na bola, e pediu que a jogada fosse revista. E o protocolo não permite alterar faltas não assinaladas – apenas as que são marcadas inicialmente pelos árbitros. Ou seja, a bola saiu porque McDaniels foi atingido e com a revisão vídeo os árbitros, vendo o seu erro, ainda foram obrigados a tirar a bola aos Wolves. Os Mavericks venceram por um ponto com triplo de Doncic a três segundos do fim.
Critique-se o VAR à vontade, porque há muito que criticar, mas uma vez por outra lembrem-se de que há modalidades onde funciona muito pior."

Pois!!!

This season has been anything but TOP. We can’t accept this!


"A época desportiva 2023/2024 do SL Benfica foi medíocre. Sim, foi uma das piores da história. Face ao contexto competitivo do nosso campeonato, tendo em conta o nosso brutal investimento e as expectativas criadas pela temporada anterior, ficar a 10 pontos do campeão, não chegar sequer à final da Taça de Portugal ou à final da Taça da Liga e realizar uma campanha europeia muito fraca, só pode ser considerado um fracasso total! Assumir esta realidade é o primeiro passo para se ganhar no ano seguinte.
Como em qualquer organização, há que perceber os motivos que levaram a esse insucesso. Só dessa forma se podem corrigir os erros e evitar que os mesmos se repitam no futuro. São 4 as causas desta terrível temporada desportiva: falta de planeamento; insuficiente qualidade de jogo/má gestão do plantel; ineficiente comunicação e falta de liderança.
O SL Benfica fez uma boa época em 2022/23 com a conquista do 38 e uma excelente campanha europeia, tendo falhado a presença na decisão das taças internas. Vencer um campeonato tem de ser uma normalidade no clube de Eusébio, Chalana, Cardozo ou Jonas. Não pode ser encarado como algo excecional. Isso fica apenas para grandes conquistas europeias ou épocas de “tripletes”. Falta ao Glorioso estar sempre “esfomeado” por títulos e troféus.
Como vem sendo hábito após o triunfo na maior prova nacional, o treinador, ligado a essa conquista, passou a ser um “herói” para os adeptos e a solução dos problemas para a estrutura. Tudo errado. Ele tem de ser parte da solução e não deve recair sobre ele a decisão de tudo na época seguinte. Por conseguinte, a escolha de nomes como o Jurásek para integrar o plantel devia ter sido imediatamente rejeitada quando a sua contratação foi pedida por Roger Schmidt. Mas os problemas de planeamento estiveram longe de se quedar apenas pelo internacional checo. Quem trabalha diariamente com o alemão tem a obrigação de o conhecer minuciosamente, nos seus defeitos e virtudes. Não é preciso ser um grande “expert” de futebol para perceber que o alemão não é um técnico que goste de trabalhar com plantéis muito extensos. Logo ter 18-19 titulares à sua disposição passou a ser um problema. Bem sei que temos épocas de 50-60 jogos, mas, como se viu, oferecer um plantel extenso a Schmidt foi um erro crasso, com consequências nefastas para o rendimento da equipa. Roger Schmidt somente encontrou um “11 base” em abril de 2024, algo que já havia sido alcançado na pré-época de 2022/23. A esta dificuldade acresce a falta de um lateral direito que constituísse um forte concorrente a Bah, a contratação de um avançado como Arthur Cabral que não preenche os requisitos que Schmidt estabelece para o seu “9” e a inclusão de uma estrela como Di María que “não trabalha sem bola”. Todas estas circunstâncias vieram desconfigurar a identidade de jogo do alemão. Roger Schmidt provou ser um treinador unidimensional, que não é capaz de adaptar a sua fórmula ao tipo de jogadores que tem à sua disposição. Não soube dar o passo em frente.
Sem prejuízo de tudo quanto antecede, o aspeto essencial que determinou o insucesso desta época foi qualidade de jogo miserável que a equipa apresentou em 80% dos jogos. Fred é “joker” no lado esquerdo do meio campo e nunca jogou nessa posição, facto do qual o coletivo se ressentiu de forma brutal, atentos os princípios de jogo de Schmidt. O “gegenpressing” nunca funcionou. Faltava o norueguês na posição certa. Di Maria e Kökçü “tinham” de jogar. E não havia uma “réplica” de Ramos sem bola. As nossas debilidades defensivas ficaram mais expostas e, muitas vezes, não ficaram traduzidas no resultado final porque o nível médio das equipas da Liga Portuguesa ainda é muito sofrível. No momento de jogo com a posse de bola melhorámos com Trubin a sair a jogar, mas em ataque posicional continuámos a revelar fraquezas (tal como já se tinha visto em 22/23). O único momento onde fomos realmente fortes foi a transição ofensiva em campo aberto, onde elementos como Neres, Rafa ou Di María fizeram valer as suas capacidades de decisão, velocidade e qualidade de passe, conseguindo, dessa forma, fazer muitas vezes a diferença.
Não posso deixar de dedicar uma palavra ao trabalho de análise ao adversário. Notou-se em pormenores (que são “pormaiores”) que o trabalho de análise ao adversário não é devidamente valorizado por Roger Schmidt. O que, claro, principalmente perante estrategas como Amorim ou Conceição, paga-se bem caro. Basta atentar no duplo confronto perante a Real Sociedad de Fútbol (que o alemão apelidou de equipa de transição!). Podíamos ter saído desses dois desafios vergados a duas goleadas. Quando o nível de exigência subiu, em 11x11, raramente demos uma resposta a condizer com a valia de um plantel dotado de muita qualidade. A exceção foi mesmo o “derby” na Luz para a Taça de Portugal.
Como se tudo isto já não fossem erros graves, também na gestão do plantel antes, durante e após os jogos assistimos a um mar de equívocos. Basta pensar em Arthur Cabral, que estava numa série boa de jogos a marcar e, sem nenhuma explicação, saiu do “11 inicial”. Ou atentar no caso de Tino, tido como jogador essencial e que esteve de fora das escolhas principais de Schmidt ao longo de meses decisivos da época. Ou recordar que jogámos vários meses com Morato como lateral esquerdo tendo Carreras como opção e, amiúde, mexemos na equipa só após os 80 minutos. De resto, também a gestão de Di Maria foi aberrante, prejudicando a equipa e até o atleta. Em suma foram sempre as individualidades a esconderem um fraco coletivo, o que quase sempre redonda numa época sem títulos.
Erros todos nós cometemos ao longo da nossa atividade profissional, é certo. Mas é preciso assumi-los para, depois, os corrigirmos. E, aqui, entramos na questão da comunicação. Assisti a todas conferências de imprensa de Roger Schmidt. Era sempre tudo “Top” quando todos víamos que era tudo menos “Top”. Quase nunca o ouvi a dizer que falhou. Não sabia, portanto, como havia de corrigir os erros que foi cometendo. Nunca falou do jogo. Refugiou-se sempre em lugares comuns em relação a cada adversário. Nunca o ouvi falar de um jogador do rival, nunca o ouvi explicar como jogava o seu opositor. Quase nunca o ouvi falar daquilo que interessa: futebol! Embora a maioria das questões fossem extrajogo, outras houve a incidir sobre o jogo e, em face de tais questões, Schmidt recusou-se a ir pelo melhor caminho. Mais a mais, acabou a época em “guerra” com os adeptos. Algo completamente surreal! Foram várias as oportunidades em que dirigiu contra a bancada. Tudo errado! Nunca vi um treinador ganhar essa luta (que nem deve ter!) com quem esteve sempre no estádio a apoiar a equipa do seu coração. A comunicação do clube, a todos os níveis, é um desastre, mas aquela que foi protagonizada por Roger Schmidt ultrapassou, em larga medida, os limites do admissível.
E quem é que lidera o clube? O presidente. É ele o principal responsável pelo estado atual do SL Benfica. Rui Costa não tem perfil para liderar a maior instituição desportiva de Portugal. É alguém que coloca a gravata de Presidente, mas quer o fato de treino de Diretor Desportivo. Ele quer ser o líder do futebol do SL Benfica, mas nem para isso tem sido competente. Pecou sempre pela ausência na defesa do treinador do seu projeto. Falou sempre em reação à contestação e nunca por sua iniciativa. Nunca ajudou o seu treinador a ter sucesso, o que podia traduzir-se na contratação de um adjunto mais estratega para a sua equipa técnica ou em “dar o peito às balas” na “guerra” com os adeptos, como bem espelhado pela sua postura no final de jogo em Vila do Conde. Como se viu no enfadonho “Media Open Day” de final de época, Rui Costa é um Presidente pouco convicto nas suas opções, que incorre em inúmeras incoerências e lugares comuns e que tudo faz menos unir os adeptos.
Last but not least, uma palavra para os melhores. A minha mulher, os amigos, os companheiros de bancada que tive nos estádios ao longo destes quase 50 jogos que assisti ao vivo. Foi uma época incrível de benfiquismo nas roulottes com o carinho dos amigos do Benfica Independente e, claro, nos convívios realizados em cada região por onde o Manto Sagrado passou, jornada após jornada. Vocês são o meu Benfica. Obrigado! ❤️
1904! 🔴⚪️"

Os diamantes de Roger Schmidt


"O Benfica tem no plantel talentos com menos de 23 anos suficientes para formar um 11 competitivo

Roger Schmidt continua no comando das águias em 2024/2025. Rui Costa assim decidiu, mesmo que, na estrutura da SAD do Benfica, muitos quisessem ver o alemão pelas costas. Arrumada a questão, presidente e treinador já trabalharão, decerto, na nova temporada, procurando corrigir os defeitos da anterior e, ao mesmo tempo, potenciar as qualidades que se foram percebendo ao longo de um ano. Porque, analisando friamente, nem tudo foi mau.
Certo é que, depois de um verão de 2023 com investimentos na ordem dos 100 milhões de euros em reforços, a hora agora é de encontrar formas de potenciar esses valores adquiridos na última pré-época. Mas também de olhar para a prata da casa e para a academia encarnada.
Nesse aspeto, não pode o Benfica queixar-se de falta de diamantes prontos para serem trabalhados ao mais alto nível. Alguns estão ainda em processo de lapidação, sim, mas já é possível vislumbrar o brilho em potência que deles emana.
E, no clube da Luz, não é preciso ir às profundezas da mina para encontrar algumas das pérolas mais preciosas. Basta ir… ao plantel que começa a desenhar-se para a nova temporada, onde não há escassez de jovens sub-23 de enorme qualidade para praticamente todas as posições. Jovens que, na sua maioria, puderam crescer na última época e se preparam para explodir em todo o seu potencial na que se segue…
Deixamos uma pequena lista de 11: Anatoly Trubin, guarda-redes, tem 22 anos; na defesa, António Silva tem 20, Álvaro Carreras e Tomás Araújo 21 e Morato 22; no meio-campo, há João Neves com 19 e Kokçu com 23; e prontos para atacar no viveiro da Luz estarão Gianluca Prestianni, 18 anos, Schjelderup, 19, Marcos Leonardo, 21, e Tiago Gouveia, 22. São os diamantes de Schmidt."

Fazer mais com menos


"Rui Costa terá de contratar melhor e mais barato; Villas-Boas parte atrás dos rivais mas isso nem sempre é mau: basta recordar Sérgio Conceição

Das muitas ideias que passaram para a opinião pública da ronda de perguntas e respostas de Rui Costa aos jornalistas na última quinta-feira, houve uma que retive a propósito do comportamento que as águias terão neste defeso prestes a iniciar: haverá um refreamento no investimento comparativamente aos dois anos anteriores, período em que a SAD investiu perto de 200 milhões de euros em reforços para conquistar dois títulos em nove possíveis. O presidente do Benfica prometeu maior contenção, justificando a decisão com o facto de muito do trabalho já estar feito, tal como prova a média de idades do atual plantel (25 anos), num processo de rejuvenescimento levado a cabo em quatro janelas de mercado.
Por outras palavras: desta vez Roger Schmidt não pode esperar futebolistas tão caros. Apesar de a base estar feita, há ainda muita parede para encher. Serão contratados pelo menos três jogadores para cumprir exigências óbvias e imediatas (dois laterais e um ponta de lança), mas isso não chega: Trubin precisa de melhor concorrência na baliza e dependendo do que aconteça a nível de vendas não será surpreendente se chegar à Luz mais um médio (mediante saída de João Neves ou Florentino), mais um avançado (se saírem Arthur Cabral e Tengstedt) e um central (se saírem António Silva e/ou Morato).
Ainda é cedo para antever qual será o encaixe das águias poderão fazer no mercado estival, mas é evidente que as vendas terão de ser superiores às compras porque os atuais custos da SAD assim o obrigam (caso a administração pretenda continuar a apresentar contas positivas). Ora, imaginando que o Benfica poderá ter de contratar pelo menos meia dúzia de reforços e gastando muito menos do que o fez nos últimos dois anos significa que terá de pagar, em média, menos por cada cara nova – talvez metade. E esta é, precisamente, a maior mudança que se adivinha (ou que se exige) à estrutura: fazer mais e melhor com menos. Por exemplo, contratar um goleador por muito menos que custou Cabral. Esta é a única vantagem da derrota: chamar de volta à terra quem pensa ter asas resistentes a todos os ventos.
Mas se no Benfica já se percebeu quais são as diretrizes – tal como no Sporting, cuja ordem é para bater recorde de investimento – no FC Porto reside uma grande curiosidade sobre a forma como o clube, agora sob a liderança de André Villas-Boas, vai movimentar-se no mercado. Mais: quais são as reais capacidades financeiras dos dragões para reforçar a sua equipa. Porque é agora que tudo vai começar a doer: os sorrisos (muitos forçados) da transição darão lugar ao estudo das contas da SAD e é dessa profunda análise que o novo presidente fará as contas ao que pode ou não gastar, sabendo desde já que num mundo tão concorrencial os dragões partem atrás dos rivais, que teoricamente já estão em campo há mais tempo, muito embora pertença ao treinador que agora se vai embora o feito de ter conquistado um título em condições financeiras talvez ainda mais penosas. Esta é vantagem de viver com a míngua: mais eficiência e melhor reação à adversidade."

Muito para ver


"São vários os temas nesta edição da BNews, incluindo a agenda desportiva para amanhã e a divulgação de vários conteúdos de benfiquismo publicados nos últimos dias nas plataformas de comunicação do Benfica.

1. "A Hora do sonho pela mão de Roger Schmidt"
Diogo Spencer, João Rego e Varela, formados no Benfica Campus, partilham o que sentiram por cumprirem o sonho de se estrearem pela equipa A do Benfica.

2. Temporada da equipa B em análise
As reflexões de Nélson Veríssimo sobre a época da equipa B do Benfica e o papel determinante que este escalão tem na evolução dos jogadores formados no Clube.

3. A FIFA no Estádio da Luz
Com vista à realização do Mundial de futebol em 2030, uma comitiva formada por responsáveis técnicos da FIFA visitou o Estádio da Luz.

4. Começam as meias-finais
Benfica e Oliveirense encontram-se nas meias-finais do Campeonato Nacional de hóquei em patins e o primeiro jogo é já na quinta-feira, na Luz, às 17h00. Nuno Resende conta com o apoio dos Benfiquistas: "Queremos tirar proveito do fator casa e da nossa qualidade, e começar bem."

5. Pensamento na vitória
Nas meias-finais do Campeonato Nacional de futsal, o Benfica está obrigado a vencer dois jogos em Braga. O próximo embate é amanhã, às 21h00. Mário Silva acredita que a equipa pode ganhar as partidas e explica como: "Acima de tudo, é impormos a nossa intensidade e agressividade, porque temos qualidade mais do que suficiente para vencer."

6. Título decide-se na negra
A equipa feminina de polo aquático procura sagrar-se pentacampeã nacional. O jogo decisivo é amanhã, às 15h00, em Algés.

7. Na final
O Benfica eliminou a Oliveirense nas meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional de basquetebol vencendo por 3-0. O outro finalista é o FC Porto, e a primeira partida, no Dragão Arena, está agendada para 5 de junho.

8. Votação em aberto
O golo do Benfica frente ao Eintracht Frankfurt, da autoria de Marie Alidou, está entre os 10 finalistas para melhor da Liga dos Campeões 2023/24 no feminino. Saiba como pode votar.

9. Benfica 120 anos
O Site Oficial do Sport Lisboa e Benfica inclui um novo separador na secção de notícias dedicado a conteúdos relativos à comemoração dos 120 anos de vida do Clube.

10. Benfica 1 Minuto
A atividade desportiva benfiquista dos últimos dias em 60 segundos.

11. Casa Benfica Sabugal
Esta embaixada do benfiquismo comemorou o 25.º aniversário."

Sorriso para Walton


"Tinha sorriso e simpatia do seu tamanho, 2,11m, e gostava da vida e de pensar diferente

Faleceu Bill Walton. Morreu um homem bom. Tinha 71 anos e não resistiu ao último jogo da vida, contra o cancro no colón. Noutro houve em que foi imbatível: da amizade e adoração de todos. Mesmo dos fãs dos clubes por quem nunca atuara e até derrotara em finais para se sagrar campeão em duas ocasiões.
Primeiro pelos Blazers (1976/77), onde liderava uma equipa que tinha na tranquilidade e coletivismo a força e um reflexo da também versatilidade e simplicidade do seu poste. Depois pelos Celtics (1985/86), como que a recompensar, em campo — atuou em 80 jogos da regular season e 16 do play-off, mas com números bem mais baixos do que valera —, as épocas em que ficara limitado por sérias lesões nos pés.
Pela alegria como saboreava a vida, o continuar a estar junto das estrelas da Liga e a sua outra paixão, a música, da clássica ao Jazz, foi um MVP. Tal como quando foi eleito melhor do campeonato de 1977/78 e dos Finals de 1976/77, membro das equipas do 50.º e 75.º aniversário da NBA e do Basketball Hall of Fame.
Tendo atuado na NBA entre 1974/75 e 1986/87, depois de brilhante passagem pelo basquete universitário na UCLA, nunca vi Walton jogar, apenas através de vídeos ou documentários, mas, devido à sua segunda e não menos brilhante carreira como comentador/analista na televisão, ou pela simples e habitual presença nos pavilhões, permitiu que me cruzasse com ele inúmeras vezes em All-Stars, Finals ou jogos da temporada.
Creio que nunca o vi zangado ou demasiado sisudo, a recusar uma fotografia — mesmo antes das selfies —, dispensar uma conversa ou esquivar-se de uma pergunta ou cumprimento. Tinha um sorriso da sua altura, 2,11m, e gostava que lhe oferecêssemos outro, mesmo não sendo tão grande.
Superfã dos Grateful Dead, razão pela qual em momentos mais informais, ou até em trabalho, surgia invariavelmente com as famosas t-shirts multicoloridas da banda californiana, Bill era como a música daqueles, uma fusão. Era um homem diferente e que gostava de ser diferente. O commissioner Adam Silver escreveu, depois de conhecida a sua morte, que era uma pessoa «realmente única».
Por tudo o que vivera e tivera oportunidade de desfrutar, considerava-se «o homem mais sortudo do mundo» e foi esse o título que a ESPN deu ao documentário que, em 2023, realizou sobre a vida do poste que também jogou nos San Diego Clippers.
Contava que era de uma família da classe média que nada tinha com desporto e os principais hobbies eram música clássica, literatura e arte, mas que os pais nunca deixaram de o levar todos os fins de semana para que se divertisse a jogar basquetebol em ligas de miúdos.
Quando estava no 7.º ano e o pai o levara uma vez mais a um jogo de carro, prometeu que um dia seria MVP da NBA e nessa altura lhe compraria um carro novo, da marca que ele gostava, ao que o pai terá virado a cabeça para trás e perguntado: «O que é a NBA?» Bill cumpriu a promessa.
Faleceu Bill Walton. Morreu um homem bom. Para mim, com a idade da eternidade."

Miguel Candeias, in A Bola

Pausa (momentânea) na desconsideração


"A ‘emocionalidade racional’ transporta-nos para um universo de permissão que dificilmente se vê noutras áreas

A final da Taça de Portugal encerrou a intervenção dos chamados grandes esta época. Este é um momento importante, sobretudo para as equipas de arbitragem, porque durante as próximas semanas terão algum descanso em relação à forma como são habitualmente tratados nestas bandas. Depois de dez meses de exposição pesada, um merecido time-out para recuperarem baterias.
Parece-me importante que sejamos claros nesta matéria: enquanto povo, somos poucochinho em termos de cultura desportiva. Sabemos que somos almas boas, honestas e solidárias e que aquele é o reflexo de uma forma genuína de ser e estar, mas somos excessivos quando o tema é escaldante. E o da bola é, sobretudo quando em causa estão Sporting, Benfica e FC Porto. É como é e não vale a pena negá-lo.
O problema é que essa emocionalidade irracional, tantas vezes mascarada de latinidade, transporta-nos para um universo de permissão que dificilmente se vê noutras áreas. Muito do que se diz e faz em torno de um jogo de futebol é, senão ilícito, demasiado imoral. E o que francamente incomoda é que parece que ninguém se importa. A normalização da ofensa, das ameaças e da perseguição está tão enraizada que parece não ser crime. Mas é.
O maior alvo da ira desenfreada desses adeptos (também de alguns comentadores e de vários jornalistas na reforma) são quase sempre os árbitros. É certo que também são os treinadores ou diretores desportivos, os guarda-redes ou avançados, os defesas ou médios, mas nunca da forma como são os árbitros.
Isso acontece porque, repito, há permissão. Ninguém impõe, de forma clara e objetiva, uma linha que separe crítica técnica (legítima) de ataque à idoneidade. E é por isso que aqueles que têm a missão mais ingrata em campo são o alvo predileto dos abusadores. É por isso que são injuriados reiteradamente nas redes sociais, no bairro ao pé de casa ou em qualquer lugar que estejam sozinhos ou em família.
Nenhum profissional devia passar por isto. Nenhum. É desumano e criminoso. Ninguém devia ver a sua vida pessoal afetada por aquilo que faz no âmbito das suas funções. Os erros, as responsabilidades e consequências dos maus desempenhos deviam ficar limitados ao foro desportivo. Mas não ficam. E na ressaca dos jogos grandes, tal como foi o do Jamor no passado domingo, há quase sempre insinuações que colam árbitros a clubes, que relembram erros passados, que levantam dúvidas sobre caráter, que sugerem desonestidade. Mais ou menos camufladas, mais ou menos vociferadas, mais ou menos contidas, acontecem recorrentemente e, repito... no passa nada.
Os árbitros, sem proteção devida, baixam a cabeça para evitarem ser reconhecidos na rua, escolhem locais de férias pouco populosos, afastam-se de cafés e restaurantes com multidões e tentam nunca responder às bocas que vão ouvido. E a malta acha normal que eles tenham que fugir do normal. Obviamente que quem pensa assim - e quem contribui para esse estado das coisas - nunca pôs um apito na boca nem viu futebol sem palas.
Tenho para mim que há vários responsáveis por este estado das coisas: quem, podendo impedir, permite e quem usa o seu espaço de intervenção pública - sabendo que influencia a forma de pensar de uns quantos - para denegrir o bom-nome de pessoas que nem sempre decidem como o seu coração queria. Fazem-no com leviandade ou apenas de forma inconsciente e irresponsável. De forma ignorante. Mas, de uma maneira ou de outra , causam dano. Ferem, magoam, deitam abaixo. E não deviam.
A ver se até agosto (e com a nossa Seleção a nos dar uma grande alegria pelo meio) a rapaziada modera, põe a mão na consciência e percebe que o futebol não pode permitir tudo. Haja respeito e dignidade."

Duarte Gomes, in A Bola

Os jogadores deviam falar mais


"1. Rafa esteve 8 anos no Benfica, e nunca e conhecemos na verdade. É pena. Noutros tempos, bem distantes, os adeptos 'conheciam' os jogadores. Não, obviamente, das páginas do Instagram, mas das entrevistas que iam dando com a maior naturalidade ao longo da carreira. Hoje as coisas não se passam assim.

2. Volto a dizer que é pena. Essa prática antiga de jornalismo não esbarrava em limitações de fala nem em agentes ou gestores de imagem. Os jogadores falavam com os jornalistas, os adeptos ganhavam uma proximidade afetiva com os jogadores, e, no fim, ficavam todas a ganhar.

3. Rafa deu a sua primeira entrevista depois de se despedir do Benfica e disse isto: 'Eu sou benfiquista, sim. É verdade. Não tenho problema nenhum em dizer isso. Hoje em dia, faz-me muito confusão que o que interessa sejam as fotos nas redes sociais, o que interessa é beijar o símbolo ou a maneira como se festeja um golo quando se devia olhar para o que a pessoa é, para o que a pessoa faz, para o que a pessoa sente pelo Clube'.

4.  Se conhecemos Rafa quando Rafa se foi embora. E isso foi um grande desperdício. Porque Rafa tinha muitas coisas para dizer e muita coisa que os benfiquistas gostaram de ouvir: 'Acho que a maneira como eu estive no Benfica é a maneira certa, é a minha maneira de ser, é a minha maneira de estar. Eu gosto do Benfica e amo o Benfica à minha maneira, e vai ser sempre assim'. Os jogadores deviam falar mais.

5. A história da temporada de 2023/2024 do futebol feminino do Sport Lisboa e Benfica conta-se assim... Supertaça, Taça da Liga, Campeonato, Taça de Portugal. Destas histórias é que gostamos todos de ouvir e de contar. Quatro finais felizes, mas não obra do acaso. Reconhecerão, alguns com grande esforço, o mérito do Benfica na transformação do futebol feminino em Portugal num crescente fenómeno de popularidade. Neste ano, dirigentes, equipa técnica e jogadoras viram os seus esforços magnificamente recompensados. Aliás, nada de grande se faz sem esforço.

6. O Benfica despediu-se deste campeonato no fim de semana passado com um empate bisonho em Vila do Conde. Foi um jogo sem história com a vitória a escapar nos últimos instantes do tempo de compensação. No entanto, a equipa do Benfica protagonizou um belíssimo momento coletivo quando se uniu à homenagem a Ukra, jogador do Rio Ave, fazendo guarda de honra à saída do jogador de campo. São estes os valores do Benfica, e quem não entender isto entende muito pouco de grandeza do nosso clube.

7. Vem aí o Europeu, e o Benfica contribui com António Silva e com João Neves para a seleção nacional de Roberto Martinez. As maiores felicidades para os nossos jovens jogadores nessa competição de altíssimo nível são o que, certamente, todos os benfiquistas mais desejam."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Uma Taça de Honra para José Maria Nicolau


"Em Outubro de 1932, o estradista foi homenageado no Cartaxo, a sua terra natal

A III Volta a Portugal não correu de feição a José Maria Nicolau. Apesar da vitória coletiva da equipa benfiquista, o estradista terminou a prova em 2.º lugar, a 3 minutos e 8 segundos do seu rival e amigo Alfredo Trindade, da União Ciclista do Rio de Janeiro. Nicolau conquistou 12 das 19 etapas da prova, mas um problema mecânico fê-lo perder a vantagem de mais de 9 minutos que tinha na 8.ª etapa, para passar e um atraso de 26 minutos e 22 segundos ao fim da 10.ª etapa. Ainda assim, os seus admiradores prestaram-lhe vários homenagens.
Em 27 de Outubro de 1932, ainda ao rescaldo da III Volta e Portugal, que havia terminado em Setembro, José Maria Nicolau foi recebido na sua terra natal, o Cartaxo. Aí, foi alvo de uma sentida homenagem por parte dos seus admiradores e amigos: 'A laboriosa vila do Cartaxo vestiu (...) as suas melhores galas para prestar homenagem ao forte e brioso estradista José Maria Nicolau, nado e criado naquela localidade, onde todos o distinguem, com especial estima e acrisolado carinho'.
Foram muitos os que se deslocaram ao 'mais importantes estabelecimento da terra', para apreciar os troféus individuais que aí se encontravam expostos. 'À noite, no cineteatro, reuniu-se uma multidão, que enchia por completo a sala, e onde se misturavam a gente do povo (...) e (...) todas as figuras representativas da terra, irmanadas no mesmo desejo de homenagear o 'seu' Nicolau'.
Na sessão solene de homenagem, tomou a palavra o sr. Correia dos Santos, em nome da comissão organizadora. O elogio a José Maria Nicolau foi feito por Raul de Oliveira, diretor do jornal Os Sports, que lhe dirigiu palavras de admiração e incitamento. Seguiu-se uma oferta a José Maria Nicolau: 'Usou depois da palavra o sr. Correia dos Santos, que entregou a José Maria Nicolau uma artística e valiosa taça, pedindo-lhe que recebesse esse troféu como testemunho simpatia e da amizade que os seus conterrâneos lhe consagram. 'O dia terminou com uma ceia na qual estiveram cerca de cinquenta convivas 'num ambiente de autêntica confraternização, tendo sido trocados, no final, entusiásticos brindes'.
Saiba mais sobre José Maria Nicolau na área 2 - Joias do Ecletismo, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Marisa Manana, in O Benfica

O melhor golo de Rafa


"Depois de 8 anos, Rafa sai do Benfica, mas o Benfica não vai sair dele. Fiquei com esta noção depois de ouvir a entrevista que o jogador português deu ao BPlay. Mas ganhei outras certezas. Na hora da despedida, o avançado driblou, fez assistências e marcou golos de bandeira, um atrás do outro, só com palavras. E tudo em cerca de 20 minutos de conversa gravada nos campos de treino do Seixal.
O homem que quase nunca abriu a boca em público, que foi lacónico nas conferências de imprensa e nas flash interviews, deu uma cátedra de benfiquismo e de cultura desportiva. Bravo, Rafa.
Com as frases certas, num discurso muito próprio, sem floreados e direto ao assunto, Rafa explanou muito do que vai mal na relação entre adeptos, jogadores e clubes no Glorioso e no futebol português (e não só). Falou dos bons momentos, das grandes conquistas, dos treinadores com quem trabalhou e daquilo que sofreu na pele com os maus momentos: os insultos, a desconfiança, as mentiras, o duvidar das suas capacidades e dos seus colegas de equipa.
O homem e o jogador que dispensa o mediatismo, que abandonou a selação nacional (quem sabe, justamente por isso...) e que agora deixa o SL Benfica fez mais pela comunicação do Clube do que dezenas de comunicados. Atenção, também os comunicados fazem parte do processo e têm a sua importância, mas a forma como Rafa apontou o dedo aos adeptos que não têm cultura desportiva (e que arrasam os jogadores, o treinador e a direção sempre que há um empate ou uma derrota) é uma lição de maturidade. Já o tinha feito no último jogo realizado na Catedral, quando (depois de substituído) pediu apoio ao grupo organizado de adeptos em vez dos incompreensíveis insultos, fogo de artifício e habitual comportamento delinquente.
Que golaço, Rafa! Como uma correria desenfreada, com a bola controlada e a fazer 'cuecas' a quem lhe aparecesse pela frente. Obrigado, campeão."

Ricardo Santos, in O Benfica

O golo é quem mais ordena


"O último jogo do campeonato mostrou-nos um retrato fiel daquilo que foi a época benfiquista: inúmeras oportunidades de fechar o resultado e uma total ineficácia diante da baliza.
Fala-se do treinador, fala-se de laterais, fala-se de muitas coisas. Mas na verdade, sobretudo se olharmos para as competições domésticas, o que faltou ao Benfica foi um finalizador.
Os nossos melhores marcadores na Liga foram Rafa e Di Maria. O primeiro ponta-de-lança (Marcos Leonardo, que foi titular só em 3 ocasiões) surge no 25.º lugar na tabela dos artilheiros com 7 golos. Arthur Cabral (titular 13 vezes) aparece na 32.ª posição com 6 golos. E Tengstedt (titular 8 vezes), na 58.º com apenas 4 golos. De sublinhar que o Benfica anotou menos 19 golos do que o campeão Sporting. E que só espanhol do Arouca (Rafa Mujica) festejou mais vezes (20) do que a soma dos 3 pontas-de-lança encarnados, o que não deixa de ser embaraçoso.
Se olharmos para a última década, encontramos avançados como Cardozo, Jonas e Darwin, mas também Lima, Jiménez, Mitroglou, e mesmo Seferovic ou Vinícius. Na última época tínhamos Gonçalo Ramos, que, além de marcar, era o primeiro defensor assim que a equipa perdia a bola.
Toda a temporada 2023-24 foi uma busca infrutífera para encontrar soluções credíveis para o eixo do ataque. Sem o conseguir, o Benfica, mesmo equilibrando o confronto directo com o Sporting, acabou por ceder 16 pontos perante não candidatos ao título - o que se revelou fatal nas contas finais.
No fim do dia, os resultados e as classificações resumem-se a números. Sem eficácia, não há títulos.

PS: Quem não tem problemas desses é a equipa feminina, que fez história ao vencer todos os títulos nacionais em disputa. Então de parabéns as meninas de Filipa Patão, que não se cansam de nos dar alegrias."

Luís Fialho, in O Benfica

Acreditar nos jovens!


"Investir no futuro é, só pode ser acreditar nos jovens, alimentar os seus sonhos e investir no que de melhor temos, que é o nosso capital humano. Portugal é um país pequeno, com pouca gente, envelhecido e com sonhos de igualdade e abundância que, verdadeiramente, nunca conseguiu realizar. Mas quem nos conhece sabe que a persistência é o segredo de quase mil anos de existência nacional e sabe também que não desistimos, nunca desistimos de nós. Foi com esta mesma atitude e com esta crença inabalável nos jovens que o Sport Lisboa e Benfica e transformou uma reunião de farmácia e uma bola de cauchu em segunda mão no colosso que hoje conhecemos e que é, por direito próprio, um dos maiores e mais icónicos clubes do mundo.
É incontestável que onde há jovens, há talento, e onde há talento, há valor, desportivo e não só. O futebol sabe acreditar nos jovens e fazê-los revelar e desenvolver o seu potencial, por isso, quando a Fundação Benfica chega aos bairros da cidade de Lisboa com a Gebalis e as juntas de freguesia, os jovens acolhem de braços abertos esta oportunidade de criarem as suas equipas para jogarem muito e bom futebol e para melhorarem, pelo trabalho comunitário, o lugar onde vivem.
Mais do que desporto e melhoramentos no bairro, o que os jovens ganham é prestígio e reconhecimento de todos, afirmando o seu valor social e reforçado as suas capacidades de liderança, cooperação e concretização. Mostram aquilo que são: jovens de valor!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"2
 Em futebol no feminino, o Benfica conquistou a 2ª Taça de Portugal do seu palmarés, perfazendo o inédito pleno de triunfos nas competições nacionais numa só temporada;

A equipa B do Benfica terminou na 8ª posição da Liga 2;
São 8 as convocadas pela seleção nacional de futebol para os próximos compromissos;

10
O Benfica é campeão nacional de andebol no feminino pela 10ª vez, a 3ª consecutiva conseguindo um inédito tri;

22
Rafa despede-se do Benfica como o 22º com mais jogos oficiais (326) pela primeira equipa do Benfica, sendo, também, o 22º mais goleador (94);

35
Com as estreias de Gustavo Varela e Prestianni, subiu para 35 o número de jogadores utilizados por Roger Schmidt em competições oficiais na presente temporada;

50
João Neves atingiu a marca dos 50 jogos pelo Benfica no Campeonato Nacional;

18124
No desafio entre Benfica e Racing Power foi estabelecido o novo recorde de espectadores numa final da Taça de Portugal de futebol no feminino;

6310
O 17º encontro nacional das Escolas de Futebol do Benfica, realizado no estádio da Luz, contou com a participação de 6310 alunos;

56248
Em 2023/24, o estádio da Luz teve uma média de 56248 espectadores por jogo no Campeonato Nacional, o que dá um total de 956219, somente 14618 abaixo da temporada anterior, de comemoração de título. A média da Luz é superior ao total de 8 clubes. 32,86% do total de espectadores da Liga marcou presença nos 34 jogos do Benfica, foram 1199548, mais do que o total nos 210 jogos sem participação de Benfica, Porto ou Sporting (1038579)."

João Tomaz, in O Benfica

Espetador com privilégios!!!


"Perto do final do jogo da Taça de Portugal, Sérgio Conceição foi expulso pela enésima vez, desde que é treinador do FC Porto.
Até aqui nada de novo, não fosse dar-se o caso do treinador portista ter dado uma mini palestra aos jogadores, durante a pausa antes do tempo de prolongamento. Na verdade o que vimos foi Conceição mudar de lugar, deixando o banco de suplentes e colocando-se na bancada mais próxima. Ninguém o impediu de continuar o seu trabalho mesmo tendo recebido ordem de expulsão de Fábio Veríssimo.
Veremos se isto será objeto de relatório do árbitro. Veremos que dirá o CD da FPF sobre este incumprimento de uma regra punitiva.
Veremos, igualmente, o que dirá o Sporting - o maior prejudicado - uma vez que até agora não se pronunciaram."

Alberto Mota, in Facebook

Estamos na Final...

Oliveirense 64 - 77 Benfica
14-20, 17-15, 16-26, 17-16


E ao terceiro jogo, a terceira vitória, e carimbada a presença na Final... sem grandes problemas!