quinta-feira, 16 de novembro de 2023
25 anos
🔙 Há 𝟮𝟱 𝗮𝗻𝗼𝘀, Poborsky fazia esta 𝗼𝗯𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗮𝗿𝘁𝗲! 🎨#EPluribusUnum pic.twitter.com/M3W44ERjjq
— SL Benfica (@SLBenfica) November 15, 2023
‘Joãonevista’, ‘Antóniosilvista’, Benfiquista
"Falar de João Neves ou de António Silva é falar do Benfica naquilo que tem de melhor e mais especial
Devo ser sincero. Não dei a devida importância quando o momento-chave aconteceu. A razão da distração é simples: chegado aos últimos minutos do jogo, estava convencido de que íamos perder. Preparava-me, isso sim, para tirar as mais categóricas conclusões em relação a Roger Schmidt e a mais uma exibição errática. Contava atirar-me a alguns jogadores inoperantes e ao que mais houvesse para criticar nesta noite. Não ia deixar pedra sobre pedra, e não penso que estivesse sozinho na insatisfação. O Benfica esteve a poucos minutos de uma das noites mais longas e desconfortáveis dos últimos tempos.
Mas, de repente, tudo mudou. O momento-chave a que me refiro não foi uma substituição milagrosa nem tão pouco uma indicação tática. Também não foi, devo dizê-lo, o resultado da ação coletiva dos benfiquistas, que na sua maioria iam aceitando a triste sina de uma noite pouco inspirada. Não, o momento-chave deu-se quando os adeptos do Sporting, incapazes de conter o entusiasmo com uma vantagem mínima num estádio onde raramente vencem, decidiram cantar uns quantos olés numa troca de bola no meio campo, à espera que o jogo acabasse e o baile fosse deles.
Não tenho em mim a empatia necessária para saber o que é ser sportinguista. Só sei o que é ser um benfiquista a ver um jogo da sua equipa contra o Sporting. E devia saber que ninguém canta olés ao Benfica, muito menos os adeptos deste eterno rival, muito menos na Luz. Os sportinguistas, plenamente imbuídos do espírito que os leva a auto-denominarem-se «um clube diferente», exibiram os traços dos mesmíssimos adeptos de outro clube qualquer, e deixaram que a bazófia levasse a melhor. Acontece a todos. Dentro de campo, felizmente, houve quem estivesse atento e respondesse à letra. Assim se escreveu a história da noite apoteótica que deixou de rastos um benfiquista de quem gosto muito. Segundo as suas próprias palavras, foi uma das derrotas mais dolorosas da carreira de Rúben Amorim, treinador que espero um dia ver no Benfica. Compreendo o sentimento e, dadas as circunstâncias, só posso desejar que a sensação piore já na próxima jornada. Não é nada de pessoal, Rúben.
Para a dor de uns se tornar a saborosa felicidade dos outros, foi preciso mais do que intervenção divina ou justiça poética. E essa não aconteceu por acaso. Deu muito trabalho e exigiu muito Benfica. Nesta noite de domingo, aconteceu o que aconteceu porque dentro de campo estavam, entre outros rapazes esforçados, dois jogadores que representam o Benfica como mais ninguém neste momento: João Neves e António Silva. Não quero ser injusto em relação a outros atletas importantes do plantel, mas estes dois são diferentes. A cada situação de jogo em que revelam a sua tenacidade, o talento, a crença, a inteligência, ou a combatividade, eu reforço o meu benfiquismo e torno-me um militante joãonevista e antóniosilvista. Felizmente, tudo isto faz parte do mesmo molde criado em 1904. É uma redundância que dá gosto afirmar.
Falar de João Neves ou de António Silva é falar do Benfica naquilo que tem de melhor e mais especial. É um facto que falamos de um clube do tamanho do mundo, mas sinto que estes miúdos jogam como se fossem vizinhos de todos os Benfiquistas e soubessem que os vão encontrar amanhã de manhã no café do bairro. Há uma pressão e uma responsabilidade de não desiludir os seus. Invoco esta consciência de comunidade para explicar que o Benfiquismo destes miúdos contém um desafio adicional, que eles têm superado com rara distinção.
A João Neves e António Silva não basta apenas serem Benfiquistas e exibirem isso dentro de campo. Pela galhardia e pela paixão que têm demonstrado, os miúdos Neves e Silva conseguem algo que raramente acontece : as suas ações são uma singular junção de átomos que dá mais vida ao Benfica. Isto pega-se. O espírito exibido por eles dentro de campo reforça a paixão e o entusiasmo de todos os outros adeptos. Não é apenas representar o Benfica. É, de certa forma, aquilo que ao longo de mais de 119 anos, nas ações de muitos magníficos, fez o Benfica e lhe somou grandeza. É diferente de passar por cá. É passar por cá com a tremenda ambição, e igual dose de humildade, de pensar que deixarás o clube melhor do que quando lá chegaste. Eu acho que estes dois trabalham todos os dias por isso. Aliás, tenho a certeza. É uma sorte. É a nossa sorte. Não é todos os dias que damos de caras com a essência de um clube tão bem refletida em dois adolescentes nascidos para liderar.
É inconcebível para um João Neves ou para um António Silva que não deixem tudo no relvado e não façam tudo para vencer. É inconcebível que um deles não admita os erros cometidos quando estes acontecem. Há quem seja bom contador de histórias, há quem seja bom político e há quem seja bom em marketing, e depois há quem pratique a verdade. Se um pula de alegria, o outro vai ter com ele lá acima. Se um beija o emblema, o outro grita o nome do clube. Se João Neves se deixa levar na loucura do momento que dá o empate, logo aparece um António Silva a empurrá-lo para o centro do relvado porque há um jogo para vencer. Não é por acaso que há tantas imagens bonitas da noite de domingo. É mesmo por amor ao Benfica.
Todos sabemos que a época não tem sido fácil, mas o facto é que o Benfica segue em primeiro lugar na liga. Por outro lado, falhou um objetivo muito importante na Liga dos Campeões e terá agora de redobrar esforços para elevar o nível exibicional, ainda aquém da revelada em 2022, e arrancar de vez para o que falta desta época, que é muito e muito importante. Depois de um jogo como o de domingo, em que a vitória sorriu a quem nunca deixou de acreditar, só posso esperar que todos, começando por Roger Schmidt, e passando pelos jogadores, acreditem que a época vai ter o final feliz que todos merecemos. Que façam cada vez mais por isso. Na dúvida, já sabem: sigam o exemplo dos miúdos. Se depender deles, vai acontecer."
A guarda pretoriana
"O que aconteceu na Assembleia Geral abortada do FC Porto só pode ser surpresa para quem tem andado desatento ao longo das últimas quatro décadas, onde o conceito de guarda pretoriana, levado sempre que necessário à prática, no clube, foi constante, mudando apenas, por questões geracionais, os lugares-tenentes
As eleições de abril no FC Porto, onde existe a possibilidade real de Pinto da Costa ser derrotado - e é disso que se trata, nada mais -, colocaram o clube, primeiro em estado de alerta, depois em estado de sítio, e agora em estado de emergência. E, provavelmente, quem mais quer a continuidade de Pinto da Costa nem é o próprio, que ocupa a cadeira do poder no dragão desde 1982, mas sim quem gravita, com estatuto de parasita, em torno dele, uma fauna plural, que abrange áreas diversas da vida portista, e que sabe que sem nova vitória do atual presidente a torneira das benesses será fechada.
Tais criaturas não lutam por ideais desportivos, nem sequer, stricu sensu, pelo FC Porto, apenas pretendem garantir que a galinha dos ovos de ouro irá continuar do seu lado da vedação. O que aconteceu na Assembleia Geral abortada do FC Porto só pode ser surpresa para quem tem andado desatento ao longo das últimas quatro décadas, onde o conceito de guarda pretoriana, levado sempre que necessário à prática, no clube, foi constante, mudando apenas, por questões geracionais, os lugares-tenentes.
E as vítimas desta intimidação com mais de 40 anos, que começaram por ser os jornalistas, depois os adeptos dos outros clubes, e finalmente toda e qualquer voz, mesmo vinda de portistas insuspeitos (de quem vou respeitar a privacidade e a memória…), que se erguesse contra a política do regime, uns antes, muito antes, e outros agora, só agora, foram testemunhas de uma realidade que nunca fez sentido, por opressiva, intimidatória e profundamente anticivilizacional.
Porém, há sempre um tempo de dizer «basta», e esse parece ter chegado ao FC Porto, onde procedimentos como os que aconteceram na última segunda-feira deixaram de ser tolerados.
Na próxima semana, em condições de normalidade - espera-se - os portistas serão chamados a pronunciar-se sobre matérias candentes para a vida do clube, naquilo que poderá ser um primeiro passo que desemboque em eleições realmente livres e muito participadas em abril de 2024, algo que a acontecer será sempre um sintoma de vitalidade do clube.
Há realidades, por mais evidentes que sejam, que só quando nos tocam pessoalmente são devidamente valorizadas.
O que reveste de atualidade, a propósito de quem só agora sentiu na pele a guarda pretoriana, o poema de Martin Niemoller: «Primeiro levaram os comunistas, mas não falei, por não ser comunista. Depois, perseguiram os judeus, nada disse então, por não ser judeu, Em seguida, castigaram os sindicalistas decidi não falar, porque não sou sindicalista. Mais tarde, foi a vez dos católicos, também me calei, por ser protestante. Então, um dia, vieram buscar-me. Nessa altura, já não restava nenhuma voz, que, em meu nome, se fizesse ouvir.»"
FC Porto: o que se viu no Dragão é um problema de todos nós
"Engana-se quem pensa que o episódio diz só respeito aos outros: sim, hoje foram eles, e amanhã? É mesmo isto que queremos para o nosso futebol?
1. As tristes imagens que o país acompanhou durante a última noite só encontram paralelo no que se viveu em Alcochete naquela tarde de 15 de maio de 2018.
Curiosamente, os dois episódios têm o mesmo denominador comum. Obviamente, claques.
O que me obriga a fazer a pergunta de sempre: o apoio que dão nas bancadas justifica o preço a pagar?
Tornou-se evidente, e não é de agora, que as claques são demasiado perigosas para fazermos de conta que não, que afinal são fofinhas, e apoiam a equipa, e dão cor ao espetáculo.
Não duvido que tenham no seu seio pessoas pacíficas, que gostam do convívio, mas acima delas, na cúpula, estão geralmente pessoas agressivas. São elas que contam, que decidem, que orientam. Gente violenta, que à custa da claque adquiriu uma dimensão financeira e uma relevância social de quais não aceita abdicar. Até porque depois disso sobra-lhe muito pouco.
Por isso, porque não aceitam perder esses privilégios, luta por eles com a força da única lei que conhece: a lei da ameaça, da intimidação e da agressão.
Ontem foram os sócios do FC Porto que o perceberam. Amanhã podem ser os do Benfica ou os do Sporting. Porque o que se passou no Dragão Arena não é um problema só deles: é um problema de todos nós.
É mesmo isso que queremos para o nosso futebol?
2. A direção do FC Porto demorou doze horas a reagir aos deploráveis acontecimentos de segunda-feira à noite. Doze horas para escrever um texto em que afirma que os desacatos «são condenáveis e mancham a história centenária» e que vai recorrer «aos meios que tem ao seu alcance para identificar os responsáveis».
No fundo é um comunicado cheio de lugares-comuns, para colocar água na fervura e acalmar os adeptos, que ficaram naturalmente revoltados com o que se passou.
Se os órgãos sociais estivessem mesmo envergonhados e quisessem acabar com a terrorismo que se viveu, teriam chamado a polícia, por exemplo. Teriam reforçado a segurança. Teriam interrompido de imediato a Assembleia-Geral, até ao dia em que conseguissem reunir as condições mínimas de segurança. Mas não, não foi isso que fizeram.
De braços cruzados, deixaram tudo acontecer e doze horas depois emitiram um comunicado.
O que me conduz a uma de duas conclusões: ou estão reféns do monstro que criaram ou foram coniventes com ele. Qualquer das hipóteses é muito má.
3. Há coisa de duas décadas, quando estava em início de carreira, fui fazer a cobertura de um jogo de andebol entre o FC Porto e o Sporting no pavilhão da Póvoa de Varzim. Salvo erro, eram umas meias-finais do campeonato. O Sporting festejou, no final da partida houve distúrbios e a polícia carregou sobre os adeptos do FC Porto.
O que, sim, recordo bem, foi de ver Pinto da Costa completamente transtornado, com os olhos cobertos de lágrimas, a puxar-nos pelo braço, a mim e ao outro jornalista presente no jogo, para ir ver como tinham ficado alguns adeptos vítimas da carga policial.
«Vejam, vejam, isto é intolerável», gritava.
Nesse dia fiquei verdadeiramente impressionado com a defesa, genuína e apaixonada, que Pinto da Costa fez dos seus adeptos.
Ao ver as imagens de ontem, não pude deixar de me questionar sobre o que aconteceu a esse Pinto da Costa de há vinte anos."
Preocupante!
"Conseguirão os sócios do FC Porto exercer livremente o poder que têm?
O que sucedeu no FC Porto, na noite de segunda-feira, não deveria envergonhar apenas o FC Porto, deve envergonhar também o País desportivo e a imagem lá fora de um Portugal europeu, porque mostra como uma das maiores instituições desportivas nacionais não é capaz de promover uma reunião de sócios sem resvalar para a cultura de ódio, desrespeito e atentado às liberdades e garantias de cada um promovidos pelo comportamento de membros de uma claque que mais do que apoiar desportivamente o emblema azul e branco, se tornou o verdadeiro e temido braço armado à guarda do regime do presidente do clube.
A ofensa, pressão, chantagem, intimidação e, por fim, a violência tornam inqualificável, inaceitável e insustentável o que se viveu na promovida, e, por fim, suspensa Assembleia Geral do FC Porto. Não é nada que não se esperasse, mas a ação das autoridades é agora tudo o que se impõe. Pode e deve lamentar-se, mas ninguém pode dizer-se surpreendido. Talvez a única surpresa tenha sido mesmo a impressionante moldura humana que se dispôs a participar e a mostrar como está realmente preocupada com a vida do FC Porto.
De resto, as ações atribuídas a elementos da claque portista Super Dragões (com inconfundível histórico de práticas censuráveis) refletem apenas o exercício de poder de verdadeira guarda pretoriana, como tão bem lhe chamou André Villas-Boas, que há muitos anos lhe tem sido convenientemente conferido pela estrutura dirigente do FC Porto e pelo grande líder da instituição azul e branca.
O que deve, porém, preocupar os sócios do FC Porto não é apenas o que sucedeu; é perceberem que aquilo que sucedeu voltará, impunemente, a suceder sempre que o poder vigente se sentir em causa. O monstro defende quem o alimenta e, por isso, não é possível anular o monstro sem alterar o poder. Em qualquer clube, o poder está na mão dos sócios, mas isso leva-nos à questão central: conseguirão os sócios do FC Porto exercer livremente esse poder?!...
Roger Schmidt já vinha dando vários sinais de estar progressivamente a perder uma certa noção da realidade. Afirmações como as que «no Benfica, o mais importante são os jogos com o FC Porto» ou a «vantagem de não falar português» para passar ao lado das críticas ou contestação dos adeptos, ou a permanente atribuição de responsabilidades aos jogadores sempre que as coisas não correm bem, têm mostrado na realidade o que já muitos temiam na época passada, o outro lado de Roger Schmidt, precisamente quando o vento não sopra, como não tem soprado, de feição.
Agora, mesmo após uma épica, estrondosa, explosiva, surpreendente e tão impactante vitória sobre o mais histórico dos rivais, Roger Schmidt mostrou, porém, estar a perder não apenas a noção da realidade como ainda algum sentido de profissionalismo e de responsabilidade. Como qualquer treinador de topo, Roger Schmidt não é principescamente pago apenas para treinar a equipa; é pago para treinar a equipa e para gerir jogadores que valem milhões, e é pago, entre algumas outras coisas, para representar o clube, para comunicar com os adeptos e para se relacionar com os meios de comunicação.
Ora o modo como Schmidt reagiu, na sala de imprensa do Estádio da Luz, a uma questão de um jornalista, foi de alguém que não está a ser capaz de dominar a pressão que dá claramente a ideia de acusar. E se não a domina, então não está a ser capaz de desempenhar bem parte das suas responsabilidades como treinador.
A sobranceria revelada perante o jornalista, o mau gosto na escolha das palavras e o péssimo tom usado quase fizeram de Schmidt um derrotado numa noite de tão empolgante sucesso para os encarnados. O treinador alemão mostrou falta de grandeza, de noção da realidade e do tal sentido de responsabilidade.
Não soube, enfim, ganhar, ao contrário de Rúben Amorim, que teve enorme grandeza a perder!"
Segredos que não são segredos!
"O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) condenou os jornalistas Carlos Rodrigues Lima e Henrique Machado por violação do segredo de justiça, anulando assim a absolvição de ambos no julgamento na primeira instância, em fevereiro.
🗣️ Próximo...
Motivos de segurança!
"O portista autor da petição para destituir o Madureira como sócio do FC Porto cancelou a petição, que já levava 12 mil assinaturas, alegando “motivos de segurança” como razão. Traduzindo, foi ameaçado ou já levou nos cornos. E é isto. Uma autêntica máfia que controla este país."
Ora aí está a RECICLAGEM!
"Foi tornado público que o "Processo dos Vouchers" foi arquivado.
A Justiça Portuguesa levou 8 anos, repito, 8 anos a investigar e a chegar à conclusão que não existem provas de que o SL Benfica foi beneficiado com as ofertas do "kit Eusébio", denunciado por Bruno de Carvalho, então presidente do Sporting CP. Não se provou a causa/efeito dos mesmos.
O jornal Record, ao contrário da restante (pouca) comunicação social que chamou o assunto aos escaparates, aproveitou para tentar lançar mais suspeitas, num assunto que acabou de ser arquivado e que já em 2016 fora arquivado pela UEFA. Uma clara demonstração de ressabiamento, uma vez que foi a publicação (Cofina) que mais eco deu ao tema.
O que o Record não conta é que o voucher - que incluía um jantar no Museu da Cerveja - , não tinha valor descritivo. O Record não conta, igualmente, que os beneficiários do vouchers, não tinham poder de escolha sobre a refeição. Ou seja, eram colocados numa mesa em privado, não escolhiam os pratos nem as bebidas e muito menos tiveram acesso ao valor da conta final, segundo os relatos dos mesmos. Eram servidos, usufruíam de um jantar e iam embora. A conta era enviada diretamente para o SL Benfica na maior das descrições.
O engraçado é esta notícia sair em modo Premium, ou seja, tem que se pagar para ler. E sai no dia em que se conhece o arquivamento por parte das entidades competentes.
Mais uma vez , fica descredibilizada uma classe profissional (jornalismo) que já anda há muito pelas ruas da amargura. Agradeçam ao Record...
Com mais esta reciclagem apenas concluímos que #OBenficaEstáEmCrise"
Não podia ser de outra forma. Mais uma derrota para os Dragartos!!
"Para a UEFA, o arquivamento foi em 2016...
Em semana de vitória sobre o eterno rival, em descalabro na vida associativa no FC Porto e paragem do campeonato, as "notícias" sobre o Benfica vão sair em catadupa.
Não se deixem levar pela merda da comunicação social vendida que temos.
#OBenficaEstáEmCrise"
«Programa Regressar»: o adeus às estrelas do futebol?
"A Assembleia da República aprovou na generalidade, no dia 31 de outubro, a Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2024 que procede à alteração, entre outros, do regime legal do designado ‘Programa Regressar’.
Ao abrigo destas alterações, deixa de ser necessária a residência anterior em Portugal, incluindo todos os que aqui passem a residir nos anos de 2024 a 2026, desde que não tenham sido considerados residentes em território português em qualquer dos cinco anos anteriores, para além de impor como limite à exclusão da tributação o montante anual de €250.000,00.
Este ‘Programa Regressar’, aprovado em 2019 pelo Governo Português, visa apoiar os nossos emigrantes que pretendam regressar a Portugal, estabelecendo assim um regime fiscal benéfico para ex-residentes regressados a Portugal entre 2019 e 2023, na medida em que estão excluídos de tributação 50% dos seus rendimentos do trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais, desde que abrangidos pelo regime previsto no artigo 12.º-A do Código do Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares.
Este regime tem a duração de cinco anos, iniciando-se no ano em que o cidadão se torne, de novo, residente em Portugal e nos quatro anos subsequentes.
O ‘Programa Regressar’ nasceu precisamente para regenerar os quadros de recursos humanos e revitalizar o nosso tecido empresarial, captando ex-residente com altos rendimentos.
Foi este objetivo que esteve na origem do regresso ao nosso campeonato de várias estrelas de futebol em final de carreira, sendo Di Maria o exemplo mais recente, uma vez que a exclusão da tributação de 50% dos seus rendimentos promove Portugal como um autêntico ‘paraíso fiscal futebolístico’ até 31 de dezembro de 2023.
No entanto, é fácil de antecipar que as alterações ao ‘Programa Regressar’ serão tidas em conta na tomada de decisão dos trabalhadores no estrangeiro com altos rendimentos, de que são exemplo os jogadores profissionais de futebol.
Na verdade, a partir de 1 de janeiro de 2024 existirão menos vantagens fiscais para competir nos campeonatos em Portugal, o que poderá ter reflexos no padrão de qualidade dos plantéis e, consequentemente, da competitividade dos clubes.
Sem prejuízo de uma análise das alterações quando a proposta de Lei Orçamento de Estado de 2024 for objeto de debate na especialidade e votação final global, a 29 de novembro, a manter-se o calendário anunciado pelo Senhor Presidente da República, não podemos deixar de mencionar o coro de vozes dissonantes, lideradas pelo Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença.
Com efeito, as críticas conhecidas apontam esta nova versão do ‘Programa Regressar’ como fator decisivo para afastar do nosso país os melhores jogadores profissionais de futebol ou estrelas de futebol em final de carreira.
Reconhecemos os fundamentos para o referido receio, mas importa considerar, caso se mantenha a vontade do legislador na aprovação da versão final do Orçamento de Estado para 2024, se a aplicação de tais medidas poderá culminar numa profunda alteração das práticas dos clubes de futebol.
Antecipamos a necessidade de criação e adaptação dos meios dos clubes para captação e formação de jovens jogadores estrangeiros, visto que desaparece o requisito de serem ex-residentes em Portugal e o limite máximo anual de €250.000,00 para a isenção de tributação do ordenado anual parece não ser obstáculo para quem está no início de carreira e ainda não tem rendimentos tão elevados como algumas estrelas de futebol.
Acreditamos que muitos clubes de futebol terão a capacidade de responder adequadamente às referidas alterações ao ‘Programa Regressar’, que corresponde a um convite para jovens talentos estrangeiros pisarem os relvados nacionais, bem como para alguns jogadores de futebol em final de carreira que já tenham garantido uma ‘reforma dourada’ e que poderão seguir apenas a paixão clubística para regressar a Portugal, desconsiderando a aplicação de benefícios fiscais na tomada de decisão."
Mas que mar não saberia chorar pela morte de Platko?
"Rafael Alberti escreveu Ode a Plakto em sua honra – Ferenc, o guarda-redes que desconhecia o medo
Platko mergulhou corajosamente e agarrou a bola com as suas mãos que pareciam tenazes. Por pouco, por muito pouco, as botas do adversário não lhe arrancaram a cabeça. Mas Ferenc Plattkó, nome com que foi batizado em Budapeste, na Hungria, a 2 de dezembro de 1898, era assim: desconhecia o medo. Ergueu-se com a dignidade de uma estátua, uma daquelas estátuas nas quais os pombos têm vergonha de cagar, e olhou em volta, dominando o jogo com o seu olhar perscrutador. Paulino Alcântara, o jogador do Barcelona que disputara com ele a bola assassina, deu-lhe uma palmada no ombro. Reconhecimento de herói para com um seu igual. Pouco meses jogavam juntos com a camisola do clube da Catalunha. Foi aí que Ferenc Plattkó passou a ser chamado de Francisco Platko. O poeta Rafael Alberti, uma das vozes de prata da literatura castelhana, deixou-se encantar pelos gestos valentes de Plattkó. Dedicou-lhe uma ode em 1957. Ode a Platko:
“Ni el mar, que frente a ti saltaba sin poder defenderte
Ni la lluvia. Ni el viento, que era el que más rugía
Ni el mar, ni el viento, Platko
rubio Platko de sangre
guardameta en el polvo
pararrayos”.
O futebol está cheio de poesia. Há que procurá-la nas páginas das suas figuras inesquecíveis. A poesia está cheia de futebol: reparem no ritmo, no balanço, na musicalidade de fazer de um verso uma finta. Plattkó, em 1957, estava de regresso a Barcelona, agora para ocupar o lugar de treinador. Correra o mundo. Desde que começara a defender as balizas do Vasas de Budapeste, ainda quase infantil, depois de se ter feito inesquecível no Hungária e ser uma das maiores figuras da história do Barça, depois de ter passado pelo Académico do Porto como treinador, vindo precisamente da sua primeira experiência como técnico na Catalunha, viajou por toda a América, dos Estados Unidos ao Chile e à Argentina, regressando volta e meia à Europa para aceitar contratos em França, na Roménia e em Espanha. Ferenc Plattkó perdia-se na vertigem das viagens. Não era mais o guarda-redes audaz que mergulhava aos pés de avançados de nomes inesquecíveis. Tinha alma e sangue de cigano e caminhava sempre, sem parar, pela mesma medida com que a Terra roda teimosamente em redor do Sol. E Alberti continuava a escrever sobre ele:
“Camisetas azules y blancas, sobre el aire
camisetas reales,contrarias, contra ti
volando y arrastrándote
Platko, Platko lejano
rubio Platko tronchado
tigre ardiente en la yerba de otro país
¡ Tú, llave, Platko, tu llave rota!
llave áurea caída ante el pórtico áureo!
No nadie, nadie, nadie,
nadie se olvida, Platko”.
Não, nunca ninguém se esqueceria de Ferenc Plattkó, o homem que substituiu nas balizas do Barcelona, o lendário Ricardo Zamora. Foi lenda por lenda, como num negócio de deuses menores e, no entanto, de valores incalculáveis. Não Plattkó, nunca ninguém te esquecerá!
Os irmãos Plakto eram três como os mosqueteiros, só que, ao contrário das personagens de Alexandre Dumas Pai, foram mesmo três sem d’Artagnan dependurado. O d’Artagnan dos Plattkó era Ferenc. Os outros ganharam os nomes espanhóis de Estebán e Carlos. Não tiveram carreira como jogadores no país aqui ao lado, apenas como treinadores, no Valladolid, no Granada, no Maiorca, no Girona e no Sporting de Gijón. Só havia um lugar entre os grandes para um dos Plattkó. É asssim que a História funciona quando escolhe os seus preferidos. Ferenc morreu em Santiago do Chile, a cidade em que chove. Choveu na tarde em que Plattkó, com 84 anos, caminhou de frente, de peito aberto, para os portões da imensa eternidade. Uma ventania bruta fez voar as folhas das árvores da Avenida Bernardo O’Higgins e um vento gelado desceu dos Andes pelo morro de San Cristobal enquanto as águas do Mapocho se tornavam mais escuras do que nunca.
“El mar, vueltos los ojos
se tumbó y nada dijo
Sangrando en los ojales
sangrando por ti, Platko
por ti, sangre de Hungría
sin tu sangre, tu impulso, tu parada, tu salto
emieron las insignias
No nadie, Platko, nadie
nadie se olvida”.
Também em Santiago ninguém se esqueceu do dia em que morreu Ferenc Plattkó, o guarda-redes imarcescível: 2 de setembro de 1983! Com ponto de exclamação. Trinta anos anos antes, Plattkó tinha sido treinador do ColoColo e da seleção nacional do Chile. Depois partiu, como sempre fazia, a caminho do Barcelona que chamava por ele como uma mãe chama o filho pela janela da infância. Alberti chorou a sua morte, dizem. À distância, o seu poema fazia eco:
“¡ Oh, Platko, Platko, Platko
tú, tan lejos de Hungría !
¿ Qué mar hubiera sido capaz de no llorarte ?
Nadie, nadie se olvida
no, nadie, nadie, nadie”."
Jogadores ‘salvam’ Schmidt
"Roger Schmidt não esperava ir para intervalo a perder (Gyokeres, 45’) e ser obrigado a alterar a mensagem que teria preparada. Rúben Amorim não contava perder o jogo porque esteve a três minutos de ficar com seis pontos de vantagem.
É o futebol, meus senhores, como dizem os treinadores quando os jogos não lhes correm de acordo com as suas pretensões. Escrevi há uma semana que o treinador leonino só tinha olhos para o título, porque sentia a sua equipa confiante, forte e a jogar bem. Ganhar na Luz era o objetivo próximo para dar asas ao sonho de segundo título no seu consulado.
Circunstâncias recentes, tradutoras de notória intranquilidade na casa do vizinho, fizeram-no acreditar no sucesso do plano, que seria cavar um fosso pontual e colocar os restantes candidatos a distância significativa.
Este dérbi surpreendeu muita gente, em que me incluo, e suscitou problemas ao leão que ninguém foi capaz de resolver. Culpa da equipa, sim, mas, primeiro, de uma abordagem deficiente de quem decide, o treinador, o qual entrou cedo de mais em fase de gestão de uma vantagem que, apesar de instável, considerou suficiente para o que verdadeiramente pretendia, que era sair da Luz com mais três pontos.
Rúben Amorim cometeu o erro de subavaliar o adversário, ao vê-lo ansioso e a jogar mais com a alma do que com a cabeça. Em teoria, apenas precisava de controlar e consumir em lume brando os minutos restantes, porque o ambiente no estádio ficava cada vez mais pesado, por motivos óbvios. Facilitou, e retirar do campo Pedro Gonçalves para fazer entrar Trincão foi-lhe fatal, por ter ferido o orgulho dos encarnados, que viram nessa troca uma espécie de desconsideração.
Coincidência ou não, Di Maria despertou, fez a diferença, a história do último quarto de hora foi completamente diferente e explica a vitória do Benfica. O treinador alemão afirmou no final que os seus jogadores mostraram grande mentalidade, mas também podia ter dito que lhe salvaram a pele, porque foram eles, os jogadores, apoiados pelo seu público, que venceram este dérbi e permitiram a Rui Costa uma noite mais tranquila e uma sensação de alívio que só ele saberá explicar.
De algum modo, o que se passou no domingo fez recordar a última época, quando o curto plantel começou a fraquejar e a família benfiquista respondeu à chamada, na Luz e em todos os campos, jamais lhe faltando com o seu apoio e assumindo contribuição decisiva na conquista do título 38. Schmidt não é bom de assoar, já o referi neste espaço, o que não quer dizer que seja má pessoa. Nada disso, se calhar é um mecanismo de proteção.
Mas uma coisa é resguardar-se das surpresas dos resultados, outra é ser um treinador teimoso, que erra, insiste no erro e reage com rudeza se lhe chamam a atenção. Por exemplo, não gostou da pergunta que um jornalista lhe colocou, absolutamente justificada, como não tinha apreciado as reações dos adeptos, cansados dos maus desempenhos do clube na Liga dos Campeões.
Foi uma deselegância que inspirou o talento de Luís Afonso no seu ‘Barba e Cabelo’ de 3 de novembro, em A BOLA. «Roger Schmidt diz que não falar português é uma vantagem porque assim os protestos dos adeptos passam-lhe ao lado…/Ele que não subestime os adeptos do Benfica…/São bem capazes de aprender alemão».
Anteontem, passou ao lado da referida questão porque, segundo ele, devia ter sido feita por alguém do Sporting ou do FC Porto. Imagine-se se lhe tivessem perguntado a razão de só se ter lembrado de Gonçalo Guedes aos 87 minutos, depois de apenas o ter chamado aos 85, no desastre de San Sebastián, com a Real Sociedad.
Não alinho nas teorias que dão conta de uma alteração comportamental de Schmidt a partir da altura em que o contrato lhe foi renovado. Se bem, se mal, o futuro dirá. O saldo continua a ser positivo no plano interno, embora a ambição de recuperar o estatuto de grande clube europeu, em mais de uma ocasião confessada por Rui Costa, tenha sofrido súbita e penosa interrupção, a trazer à memória a vergonha de 2017/2018, com seis derrotas em seis jogos e apenas um golo marcado.
Nesta altura, esse receio permanece e atormenta o universo benfiquista. Sobre o dérbi, tudo dito. Foi intenso e empolgou até ao último minuto. Vai ser recordado por muitos anos. Venceu o Benfica porque marcou dois golos e o Sporting apenas um. Ponto final.
NOTA - No mesmo dia em que se assistiu a um empolgante Chelsea-Man. City (4-4), disputado em ritmo diabólico, parece-me que, por cá, estamos a voltar ao tempo dos toques e dos contactos, desvalorizando-se os contextos. Em jogo de elevado grau de dificuldade, considero que Artur Soares Dias assinou muito bom trabalho."
Fernando Guerra, in A Bola
O início do fim
"Tão grave quanto os socos e pontapés no Dragão Arena foi o silêncio de Pinto da Costa sobre uma das noites mais negras da história de um grande clube
As cenas de violência verbal e física que se registaram na noite e início de madrugada no Estádio do Dragão e no Dragão Arena tiveram tanto de deploráveis como esperadas. Nada do que se passou surpreendeu quem acompanha minimamente o fenómeno da bola e o modus operandi do FC Porto.
Em mais de 40 anos à frente dos destinos do maior clube do Norte do país e um dos melhores da Europa, ao mesmo tempo que criou uma cultura vencedora Pinto da Costa também fomentou ódios de todo o género, como se uma coisa dependesse da outra, como se a afirmação de um emblema só fosse possível numa lógica de confrontação tribal, contra tudo e contra todos.
Chega a ser penoso assistir, em 2023, a comportamentos que não diferem assim tanto de muitos atos nas décadas de 80 e 90 do século passado contra adversários, jornalistas ou com quem ousasse questionar o líder dos azuis e brancos. Só que desta vez o inimigo (palavra tantas vezes atirada para a frente como a cenoura para fazer andar o burro) veste as mesmas cores. De repente, a narrativa deixou de fazer sentido.
A história mostra-nos que a queda de todos os grandes impérios começa por dentro. É isso que parece estar a acontecer na Invicta. É bom lembrar que nas eleições de 2020 e em plena pandemia, o advogado José Fernando Rio conseguiu, sem qualquer estrutura e apenas com um discurso racional, apontando para os buracos que já estavam à vista na nau, atingir quase 30 por cento dos votos. O sinal estava dado. Mais de três anos depois, com contas desastrosas e sem a gravitas do passado, Pinto da Costa deverá ter, em 2024, um adversário como André Villas-Boas, que reúne tudo aquilo que o FC Porto não tem atualmente: um horizonte de modernidade. Tão grave quanto os socos e pontapés do Dragão Arena foi o silêncio, cúmplice, do presidente do clube, refugiando-se num comunicado onde se faz referência, pasme-se, à «cultura democrática». Se há coisa que não desaparece é o famoso sentido de humor refinado de PdC.
A «noite negra» no Dragão, para citar Villas-Boas, aconteceu não muitos dias depois do comportamento vergonhoso de uma minoria de adeptos do Benfica que deflagaram tochas no estádio da Real Sociedad, em San Sebastián, chegando ao ponto de interromper a partida, poucas horas depois de muitos deles terem participado em lutas de rua com ultras espanhóis. Ainda não se sabe qual será a pena aplicada pelo hooliganismo dos benfiquistas, admite-se apenas que a UEFA deverá ter mão pesada (as águias podem vir a ter de jogar à porta fechada nas competições europeias), o que expõe mais uma vez um problema das Direções do grandes clubes portugueses. Uns por pouco ou nada fazerem, outros porque transformaram as claques em aliados, o radicalismo continua a tomar conta de muitos acontecimentos oficiais dos emblemas em causa.
Mas se nos jogos oficiais, apesar de tudo, ainda há alguma capacidade de controlo, numa Assembleia Geral a conversa é outra, permitindo-se o uso de poder descricionário de quem não quer perder o status quo.
Há 25 anos lembro-me de estar a cobrir uma Assembleia Geral do Benfica no tempo da Direção de Vale e Azevedo e de o presidente à data virar-se para os adeptos e dizer o seguinte: «Sabem de quem é a culpa dos problemas do nosso querido clube? São destes senhores!» Os «senhores» eram os membros da imprensa, sentados numa mesa lateral, que por muito pouco não sentiram fisicamente a ira que sócios como Rui Gomes da Silva, Torres Couto e outros foram vítimas em Assembleias Gerais vulcânicas.
Como exercício de curiosidade, recordo-me de ter perguntado a muitos benfiquistas, nos anos seguintes, se tinham votado em Vale e Azevedo. Tirando uma ou outra exceção, todos disseram que não. O espírito de sobrevivência leva muitas vezes o ser humano apagar certas imagens da memória e talvez daqui a 25 anos não haverá ninguém a admitir ter participado numa AG do FC Porto que ficará para a história, muito provavelmente, como o início do fim de um reinado."
Demasiado pesado...
Barcelona 5 - 0 Benfica
Resultado pesado, para uma boa exibição do Benfica, contra a melhor equipa do mundo da atualidade... actuais Campeãs Europeias. O Barça tem as melhores jogadores do Mundo (e são várias!), ainda na última final do Mundial, estavam bem representadas nos dois lados!!!
Não recuámos as Linhas, jogámos o jogo pelo jogo (são poucas as equipas que se atrevem a jogar assim contra o Barça...), e nos primeiros minutos, tivemos várias oportunidades, mas com o passar do tempo, fomos perdendo folego, algo que a falta de competitividade interna, não permite às nossas jogadoras ganhar...
Tenho sido bastante crítico da Patão no passado, mas creio que hoje merece um elogio. Jogámos sem a Carole, sem a Pauleta... além da Christy e da Svava, com a Norton fora de forma esta época, e com a Seiça a recuperar recentemente de lesão, que por acaso fez uma excelente exibição!
A questão da eficácia na área, e falta de robustez física e de velocidade nas nossas avançadas, faz muita diferença! Mas se compararmos com a derrota do ano passado (onde jogámos muito desfalcadas...), melhorámos muito...
Surreal...
Benfica 35 - 36 Rhein-Neckar Lowen
15-19
Mais um momento, surreal no andebol do Benfica! Depois de tanto esforço para recuperar uma desvantagem que chegou a ser considerável, empatamos, temos uma bola para vencer a poucos segundos do fim, com o adversário reduzido a 5 jogadores, e ainda conseguimos perder a partida, com um golo sofrido no último segundo!!!
Estes Alemães são em teoria a equipa mais forte do grupo, tem grandes jogadores, creio que poucos benfiquistas tinham esperanças para esta partida, mas perder desta forma, é muito frustrante...
Esta mistura de lesões em jogadores importantes, com 'azares' destes, torna impossível pensar que esta época, teremos alguma alegria na secção!
Este lance 😅pic.twitter.com/ODjsI8TTZS
— Cabine Desportiva (@CabineSport) November 14, 2023
🎥🤾 O resumo da 3.ª jornada do #AndebolBenfica na EHF European League.#MetroNumbers #GTC #KellyPortugal #Hama @adidas pic.twitter.com/hCRzmYLWg0
— SLBenfica Modalidades (@modalidadesslb) November 15, 2023
Derrota em Istambul...
Galatasaray 98 - 78 Benfica
11-20, 31-19, 27-19, 29-20
Entrámos muito bem, mas na primeira rotação, quebrámos, e nunca mais conseguimos atingir o nível inicial... Além disso, o Gala começou a acertar tudo, não conseguimos atingir níveis de intensidade defensiva altos, e para terminar nos poucos momentos onde podiamos ter reentrado na partida, os árbitros não deixaram: condicionaram o jogo do Carter, e na parte final chegámos a assistir a um jogador do Gala a levantar o braço, ao assumir uma falta, e os árbitros a não marcar nada! Surreal a este nível...
🦅 𝑻𝒉𝒆 𝑭𝒍𝒊𝒈𝒉𝒕 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒐𝒓 - 1982 BBC TV series
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🦅 𝑻𝒉𝒆 𝑭𝒍𝒊𝒈𝒉𝒕 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒐𝒓, also - @ifalmeida's unreal dunk in Istanbul.#BasketballCL | @modalidadesslb pic.twitter.com/DPxCMLz3OB
🎥🏀 Os 𝗵𝗶𝗴𝗵𝗹𝗶𝗴𝗵𝘁𝘀 do jogo entre o #BasketBenfica e o Galatasaray na 3.ª jornada da #BasketballCL.#Ramirez #GTC #KellyPortugal #Europcar @adidas pic.twitter.com/4yNWWxI3O3
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Outro grande derrotado de domingo
... encararam o dérbi de domingo.
1. Na 3a feira, para o "Record", o Rúben Amorim ia à Luz para atingir a vitória 100 como treinador do Sporting e ser o primeiro treinador leonino a vencer duas vezes na casa do Benfica nos últimos 70 anos. Ignoraram, obviamente, que o Rúben Amorim não tinha ganho nenhum dos últimos 9 clássicos e dérbis! (Passaram a ser 10!)
2. Na 6a feira, o "Record" considerou o jogo da Liga Europa, no qual o Sporting jogou em Alvalade contra dez desde os 12 minutos e ganhou pela diferença mínima (2-1) graças a dois penáltis, consideraram, dizia, o jogo da Liga Europa um treino para o dérbi. Veja-se bem a soberba: para eles, tal o nível da equipa, um difícil jogo europeu não passou de um treino.
3. No sábado, véspera do jogo, além da provocação "como o Benfica perdeu Gyökeres", cujo objetivo era virar benfiquistas contra o Benfica, escreveram que "Schmidt tenta domar leão", isto porque nunca tinha ganho ao Sporting enquanto treinador do Benfica. Acontece que também nunca tinha perdido: os dérbis da época passada saldaram-se em dois empates pelo mesmo resultado: 2-2.
O balanço de Rúben Amorim nos confrontos com o Benfica para a Liga é, aliás, bem sugestivo: 8 jogos - 2 vitórias - 2 empates - 4 derrotas. E com Roger Schmidt tem 2 empates e 1 derrota. Mas Schmidt é que ia tentar domar o leão."
O VAR tem dores de crescimento, mas é um caminho que jamais terá volta
"Por esta altura, parece-me evidente que a importância do VAR - Video Assistant Referees - deixou de ser tema mesmo para quem tinha dele visão mais conservadora, temendo que o jogo perdesse dimensão humana, fluidez e entusiasmo.
Hoje em dia são incalculáveis o número de decisões bem retificadas em sala, fruto de análise posterior capaz de detetar e corrigir falhas in loco.
O jogo da última 5ª feira em Alvalade, Sporting - Raków Czestochowa, foi apenas o exemplo mais recente: o internacional albanês Enea Jorgji, que até é bom árbitro, não detetou duas infrações claras cometidas pela equipa polaca na sua área. Estamos a falar de dois pontapés de penálti que potencialmente resultariam (como resultaram) em golo e que não teriam sido sancionados não fosse a oportuna intervenção do vídeo árbitro.
Antes deste e praticamente em todas as outras jornadas europeias e domésticas, foram aos milhares as decisões bem revertidas ou que, passando sem sanção em campo, acabaram por ser punidas com acerto. A maioria teve impacto na definição do resultado, logo na verdade do jogo.
Naturalmente que nem tudo são rosas e a ferramenta, como muitas outras, não é perfeita.
Em Portugal os meios tecnológicos utilizados ao serviço do VAR podem e devem continuar a evoluir dentro da disponibilidade financeira existente. Refiro-me, por exemplo, ao nível da tecnologia do fora de jogo (devemos tentar sempre obter a mais eficaz e credível), da aquisição de uma goal line technology que sane dúvidas que um dia podem ser determinantes ou tão simplesmente da melhoria de qualidade do sinal/definição das imagens rececionadas em sala.
O protocolo deve manter-se aberto a evolução constante (tal como está agora a ser estudado pelo IFAB) e a escolha, preparação e formação de quem exerce a função tem que ser cada vez mais exigente e seletiva: um árbitro despromovido pode até ser VAR mas apenas se provar, com avaliações constantes, que tem competência para desempenhar a função, nunca para manter um posto de trabalho ou uma ligação pós-carreira ao setor. A arbitragem não é a Santa Casa da Misericórdia.
As exigências e responsabilidades da alta competição só permitem lugar aos mais capacitados e qualificados. É assim no futebol como em qualquer outra empresa que se espere de sucesso. É a meritocracia que deve prevalecer, não a perceção (ainda que errada) de que algumas funções são atribuídas para silenciar frustrações, um pouco ao estilo de jobs for the boys.
Em suma, sou defensor convicto da vídeo arbitragem e acho que esse caminho jamais terá volta, embora perceba algumas dores de crescimento (técnicas e humanas) inerentes ao trajeto.
Não tenho a mínima dúvida que a introdução do VAR no futebol profissional trouxe maior precisão e acerto a lances importantes, maior sensação de imparcialidade e mais justiça e verdade ao jogo.
O que não trouxe ainda (e devia ter trazido) é redução do ruído e controvérsia exteriores, deduzo que por duas razões distintas: primeiro pelo facto das decisões continuarem a ser tomadas por pessoas, logo sujeitas a interpretações diferentes e a erros de análise; depois devida a questões culturais inerentes a um povo que, no caso do nosso, vive o futebol de forma demasiado intensa e tantas vezes excessiva, não tendo capacidade emocional para ver e aceitar aquilo que, não raras vezes, está mesmo à frente dos seus olhos.
A única coisa negativa que a vídeo arbitragem expôs é a incompetência pontual de alguns árbitros, que somam erros de avaliação de forma muito regular e padronizada, algo que só não tem consequências piores devido ao auxílio que recebem da ferramenta.
Em todos os jogos - ou praticamente todos - são cometidos equívocos técnicos e disciplinares relevantes, que redundariam em prejuízo direto no marcador, não fosse a intervenção de quem tem meios para os corrigir.
É certo que muitos resultam de análises difíceis de fazer em tempo real (algumas até impossíveis de detetar), mas também é verdade e devemos reconhecê-lo com humildade, que vários são fruto de maus posicionamentos, desconcentração constante, inexperiência, falta de qualidade técnica ou apenas ausência de tato e sensibilidade para ler e perceber o jogo.
É preciso continuar o caminho do mérito e isso pressupõe definição clara e muito transparente (para todos) de como devem ser preparados, acompanhados, nomeados e avaliados os agentes de arbitragem."
Grande...!!!
Sportinguistas, o @aa9skillz tem mais uma vez uma coisinha para vos dizer 😁
— ИИ Fᴀʙʀɪᴢɪᴏ 🦅 (@fabriziolampiao) November 14, 2023
I love this man 🔴⚪️ pic.twitter.com/W5hDUjDDMp